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Diplomatas empenham-se por cessar-fogo no Oriente Médio

19 de novembro de 2012

Temor de invasão israelense na Faixa de Gaza leva palestinos a abandonarem a fronteira. No campo diplomático, países negociam cessar-fogo com as duas partes do conflito. Ban Ki Moon participa de reuniões no Cairo.

Foto: JAAFAR ASHTIYEH/AFP/Getty Images

Os esforços diplomáticos para pôr fim ao conflito entre o Hamas (movimento palestino que controla a Faixa de Gaza) e Israel continuam nesta segunda-feira (19/11). O conflito já causou a morte de ao menos 90 palestinos e três israelenses desde a quinta-feira passada.

No Cairo foram iniciadas negociações com representantes dos dois lados, afirma a agência de notícias AFP. Há grandes expectativas em relação à mediação por parte do Egito, pois o presidente do país, Mohamed Morsi, mantém boas relações com o Hamas. Morsi é oriundo da Irmandade Muçulmana, grupo que possui afinidade ideológica com o movimento radical palestino.

O líder do Hamas no exílio, Khaled Meshaal, disse nesta segunda-feira que Israel precisa dar o primeiro passo se quiser uma trégua no conflito em Gaza. "Quem começou a guerra tem que encerrá-la", disse Meshaal no Cairo.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, também deverá desembarcar em breve no Cairo para participar das negociações.

Guido Westerwelle: viagem à regiãoFoto: dapd

Já o ministro alemão do Exterior, Guido Westerwelle, viaja nesta segunda-feira para Israel. Na terça, ele vai se encontrar com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e com o presidente Shimon Peres. Depois, ele irá para Ramallah, na Cisjordânia, onde se encontrará com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas.

Uma guerra em Gaza poderia desencadear um conflito de ordem maior na região. A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente dos EUA, Barack Obama, acentuaram o direito de defesa do Estado de Israel. Ao mesmo tempo, os dois líderes disseram ao governo israelense, em conversa telefônica, que é preciso fazer algo para atingir um cessar-fogo o mais rápido possível.

Sobe número de mortos

Os ataques continuaram na manhã desta segunda-feira. Israel disse ter executado mais de 80 ataques desde a madrugada.

Desde a última quarta-feira, os militantes palestinos atacaram Israel com mil foguetes, segundo informações de Tel Aviv, sendo que 540 foram interceptados nas cidades de Ashkelon, Beersheva e Sderot, e 287 outros foram bloqueados ainda no ar, alguns a pouca distância de Tel Aviv. Outros se desviaram ou caíram no mar.

Israel, por sua vez, atacou a Faixa de Gaza em mais de 1100 lugares, destruindo unidades administrativas e a central do Hamas. As infomações oficiais registram a morte até agora de mais de 50 civis palestinos e três israelenses.

Palestinos verificam danos provocados por ataquesFoto: Reuters

Entre os moradores da Faixa de Gaza aumentam os temores de um ataque terrestre. Segundo informações veiculadas pela mídia, milhares de palestinos fugiram da região de fronteira com Israel. A razão da apreensão está também no pronunciamento de Netayahu de que "a operação na Faixa de Gaza continua e estamos dispostos a expandi-la". Os preparativos continuam e 75 mil reservistas já foram convocados. Além disso, Israel estacionou tanques de guerra na fronteira com a Faixa de Gaza.

Anonymous invade servidor israelense

Através de uma ação surpreendente, o grupo de hackers Anonymous envolveu-se no conflito. Segundo dados fornecidos pelo próprio grupo, foram hackeadas páginas israelenses na internet, em sinal de protesto aos ataques militares do país a Gaza.

Mais de 650 instituições públicas e privadas israelenses foram atacadas. O site do ministério do Exterior, por exemplo, ficou paralisado por um curto espaço de tempo, e o banco de dados do Banco de Jerusalém, um dos maiores do país, foi supostamente deletado.

SV/dw/dpa/afp/rtr/dapd
Revisão: Alexandre Schossler

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