Atos tiveram apoio de parte da esquerda, mas tom "Nem Bolsonaro, Nem Lula" afastou PT. Analistas apontam erro tático do "centro democrático" e ressaltam diversidade ideológica na Avenida Paulista.
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As manifestações contra Jair Bolsonaro realizadas neste domingo (12/09), convocadas por grupos de direita como o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem pra Rua, tiveram baixa adesão. Os atos foram menores do que os organizados pela esquerda contra o presidente em maio e junho e dos realizados em apoio a Bolsonaro no feriado de 7 de Setembro.
O MBL convocou atos em 16 capitais, e em nenhuma delas houve multidões. Na manifestação pró-Bolsonaro de 7 de Setembro, cerca de 125 mil pessoas foram à Avenida Paulista, segundo a Polícia Militar de São Paulo, abaixo da estimativa de 2 milhões do presidente, mas o suficiente para encher diversos quarteirões. Neste domingo, a Secretaria de Segurança Pública paulista estimou o público em 6 mil pessoas – havia três trios elétricos e a aglomeração não preenchia o vazio entre eles.
Foi a primeira vez que movimentos de direita que organizaram grandes atos pelo impeachment de Dilma Rousseff realizaram uma manifestação de rua contra Bolsonaro. Apesar de eles terem retirado o apoio ao presidente já no ano passado, a pandemia e o receio de engrossar atos que fortalecessem Lula o afastaram de atos oposicionistas anteriores.
Tentativa de agregar esquerda e direita
Os atos desde domingo mobilizaram expectativas após sinalizações dos organizadores para tentar atrair movimentos e partidos de esquerda. O MBL retirou o mote "Nem Bolsonaro, nem Lula" de sua convocatória e convidou Ciro Gomes, do PDT, para falar em seu caminhão de som na Paulista.
A iniciativa teve recepção mista na esquerda. Além do PDT, o PCdoB também decidiu apoiar o ato deste domingo. A presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Bruna Brelaz, filiada ao PCdoB, chamou pessoas ao protesto e defendeu a necessidade de unir pessoas de correntes ideológicas diversas para pressionar pelo impeachment de Bolsonaro.
O PT, o PSOL e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) decidiram não participar. Mas houve algumas exceções, como a deputada estadual por São Paulo Isa Penna, do PSOL.
Em sua fala, Ciro referiu-se aos familiares de vítimas da pandemia de covid-19, aos brasileiros desempregados e às pessoas sem direitos, e afirmou: "Essa é a minha razão moral superior de amar o Brasil, e de correr qualquer risco de assumir qualquer contradição para defender o povo trabalhador (...) Nós somos diferentes, temos caminhadas diferentes, temos um olhar sobre o futuro do Brasil diferente, mas o que nos reúne é a ameaça da morte da democracia".
Além de Ciro, discursaram em São Paulo o governador paulista, João Doria (PSDB), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), a senadora Simone Tebet (MDB-MS), a deputada Tábata Amaral (Sem partido-SP) e o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP).
Algumas centrais sindicais, como Força Sindical, Nova Central Sindical Trabalhadores (NCST) e União Geral dos Trabalhadores (UGT), também aderiram aos atos, mas não houve presença em massa de seus membros.
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Agressões a Lula
Apesar da decisão do MBL de tirar foco de Lula em sua convocação, houve diversas manifestações agressivas contra o petista nas manifestações. Na Avenida Paulista, havia ao lado do trio elétrico do Vem Pra Rua um grande boneco inflável com a representação de Lula em roupa de presidiário como gêmeo siamês de Bolsonaro em uma camisa de força.
Uma tenda erguida pelo Partido Novo na Paulista trazia a faixa "Nem Lula, nem Bolsonaro". Discursos no carro de som do Vem Pra Rua também criticaram o convite a Ciro e ao PCdoB para se juntarem no protesto.
No Rio de Janeiro, o Vem Pra Rua trazia a imagem Bolsonaro e Lula em roupas de presidiário e atrás das grades, e a convocatória para o ato de Florianópolis mostrava ambos os políticos como equivalentes e alertando para o risco de um "bolsopetismo".
"Centro erra ao submergir na pauta do MBL"
O sociólogo Marco Aurélio Ruediger, da FGV, afirmou à DW Brasil que a baixa adesão aos atos deste domingo indica que o "centro político democrático" errou ao "submergir" na pauta do MBL e do Vem Pra Rua, "que colocam Bolsonaro e Lula no mesmo nível". "Como é que o PT iria aderir a um movimento liderado pelo MBL e cuja palavra de ordem era 'Nem Lula, Nem Bolsonaro'?", questiona.
A participação de Ciro, diz, faz parte do seu esforço para crescer na corrida ao Planalto, mas ele considera que o pedetista tem pouco espaço à esquerda, devido à presença de Lula na disputa, e terá dificuldade à direita, que nutre "desconfiança" sobre seu projeto.
Ele afirma que os atos esvaziados também revelam a dificuldade que o "centro político" tem hoje para mobilizar uma base relevante para ir às ruas. "O centro não está conseguindo se constituir como força política. Há nomes esparsos, que não conseguem crescer", como Doria e Eduardo Leite, governador tucano do Rio Grande do Sul, ambos com dificuldade para se projetar para fora de seus estados.
Ele avalia que Bolsonaro não sofrerá impeachment se não "avançar decisivamente" contra as instituições, e que a esquerda tende a "caminhar para o centro à medida que o centro não conseguir consolidar um nome". A interrogação que fica, diz, é a capacidade que a esquerda terá para mobilizar pessoas em seus próximos atos de rua.
"Ato mais diverso desde 2013/4"
O cientista político Pablo Ortellado, professor da EACH-USP e coordenador do Monitor do Debate Político Digital, foi à Paulista neste domingo para fazer uma pesquisa de campo sobre o perfil das pessoas que participaram do ato, cujo resultado ainda não foi tabulado. A partir de uma análise visual, ele diz que foi uma manifestação "bem mais jovem" do que a de 7 de Setembro.
Ele também avalia que o ato foi "bem menor" do que os da esquerda em maio e junho e do que o ato pró-governo da terça-feira passada, mas ficou surpreso com a diversidade dos participantes. "Do ponto de vista ideológico, foi a manifestação mais diversa que vi desde 2013/14. Mais diversa que eu esperava. Um fenômeno novo", diz.
Ortellado fazia referência aos atos de junho de 2013, que começaram com grande diversidade ideológica e assim seguiram por mais um período, até se polarizarem com o início dos protestos pelo impeachment de Dilma. Hoje, diz, a direita formada nos atos contra a petista está rachada, e a parte mais mobilizada segue com Bolsonaro, mas a parte que se voltou contra o presidente "não é insignificante".
Contudo, ele vê grandes obstáculos para a formação de uma "frente ampla" pelo impeachment do presidente, tanto à esquerda, manifestada pela recusa do PT e da CUT em participar dos atos deste domingo, como à direita, como mostraram os ataques contra Lula.
O mês de setembro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Alan Santos/PR
Brasil tem recorde de geração de energia térmica
O Brasil teve recorde na geração de eletricidade em centrais termelétricas em agosto deste ano. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostram que 14.143 gigawatts-hora (GWh) foram produzidos no período, 12% a mais que o total registrado em 2015. País tem atualmente em operação 3.099 centrais térmicas, segundo estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). (30/09)
Foto: Alan Santos/PR
À CPI, Hang confirma que mãe tomou "kit covid" e que morreu da doença.
Empresário bolsonarista é suspeito de financiar notícias falsas sobre "tratamento precoce" e de integrar "gabinete paralelo" do presidente Jair Bolsonaro. Hang não conseguiu explicar porque a causa da morte da sua mãe em hospital da Prevent Senior, que receitava “kit covid”, não consta no atestado de óbito. (29/09)
Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado
Advogada revela à CPI práticas ilegais da Prevent Senior
Advogada Bruna Morato, que representa médicos da rede Prevent Senior que denunciaram práticas ilegais da empresa envolvendo aplicação de "tratamento precoce" contra covid-19, disse à CPI da Pandemia que rede maquiou estudos sobre cloroquina para adequá-los a declarações do presidente Jair Bolsonaro. Senadores veem elo com "gabinete paralelo". (29/09)
Foto: Roque de Sá/Agência Senado Federal do Brasil
Scholz vence eleições, mas pode não suceder Merkel
Social-democrata Olaf Scholz leva o SPD de volta ao topo. Mas, disputa pelo cargo de chanceler ainda está em aberto e dependerá das negociações para formar uma coalizão de governo, que podem levar meses. Não apenas o SPD, mas também os conservadores das uniões Democrata Cristã e Social Cristã (CDU/CSU) poderiam formar uma aliança com o Partido Verde e o Partido Liberal Democrático (FDP). (27/09)
Foto: Lisa Leutner/AP/picture alliance
Alemães vão às urnas escolher sucessor de Merkel
Eleitores alemães foram às urnas escolher quem vai suceder a chanceler federal Angela Merkel após 16 anos de governo. Os primeiros resultados apontaram uma ligeira vantagem de social-democrata Olaf Scholz sobre o conservador Armin Laschet, mas a escolha do próximo chefe de governo vai depender da formação de coalizões. Paralelamente, os verdes obtiveram o melhor resultado de sua história. (26/09)
Foto: UWE LEIN/AFP/Getty Images
Homenagem aos mortos por covid-19 nos EUA
A instalação artística "In America: Remember",em Washington DC, homenageia os centenas de milhares de americanos mortos devido à covid-19. Parentes e amigos podem escrever em bandeirinhas brancas os nomes das vítimas e pequenas mensagens para os falecidos. Já são mais de 660 mil bandeiras - e o número aumenta a cada dia (25/09).
Foto: Yasin Ozturk/AA/picture alliance
EUA esvaziam acampamento de imigrantes haitianos no Texas
Um acampamento precário na cidade de Del Rio, no Texas, onde viviam milhares de imigrantes, a maioria do Haiti, foi completamente esvaziado. Cerca de 15 mil pessoas haviam se dirigido à pequena cidade texana na esperança de obter asilo nos EUA. De acordo com a Casa Branca, alguns foram enviados de volta ao Haiti. Outros foram levados a instalações de processamento ao longo da fronteira. (24/09)
Foto: Julio Cortez/AP/picture alliance
Ato contra fome ocupa sede da Bolsa
Membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e de outros movimentos sociais ocuparam a sede da Bolsa de Valores brasileira, a B3, em São Paulo, em um protesto pacífico contra o desemprego, a inflação e a fome. O local da manifestação foi escolhido por ser "o maior símbolo da desigualdade social" no país, afirmou o MTST. "Enquanto as empresas lucram, o povo passa fome." (23/09)
Foto: Amanda Perobelli/REUTERS
Alemanha cortará auxílio para os não vacinados em quarentena
Os alemães que não se vacinarem contra a covid-19 perderão o direito de receber indenização por perdas salariais se precisarem ficar em quarentena devido às medidas sanitárias da pandemia. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Jens Spahn, e é a mais recente tentativa do governo de apertar o cerco aos não imunizados e encorajar mais alemães a tomarem a vacina. (22/09)
Foto: MICHELE TANTUSSI/REUTERS
Bolsonaro defente "kit covid" em Assembleia da ONU
O presidente Jair Bolsonaro discursou na abertura da 76ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York. Ele defendeu o comprovadamente ineficaz "tratamento precoce" contra a covid-19, atacou o passaporte sanitário, disse que o Brasil estava "à beira do socialismo" antes de seu governo e descreveu os atos de seus apoiadores em 7 de Setembro como a "maior manifestação de nossa história". (21/09)
Nos últimos dias, milhares de haitianos tentaram atravessar a fronteira entre o México e os Estados Unidos, mas centenas foram detidos e deportados de volta ao Haiti, que enfrentou um terremoto e o assassinato de seu presidente recentemente. O governo americano justifica as deportações com base na manutenção da saúde pública na pandemia, sem permitir que eles peçam asilo. (20/09)
Foto: John Moore/Getty Images
Vulcão em erupção nas Ilhas Canárias
Um vulcão na ilha espanhola de La Palma, no arquipélago atlântico das Ilhas Canárias, entrou em erupção após a ocorrência de uma série de pequenos terremotos na área do complexo vulcânico de Cumbre Vieja há mais de uma semana. O vulcão surgiu em uma área montanhosa desabitada enquanto a população com mobilidade reduzida nas cidades vizinhas estava sendo retirada. (19/09)
Foto: Miguel Calero/Agencia EFE/imago images
Francês percorre 670 metros em fita de slackline
O slackliner francês Nathan Paulin arrancou aplausos ao percorrer 670 metros sobre uma fita de slackline entre a Torre Eiffel e a praça Trocadero, em Paris, a 70 metros de altura. A performance de meia hora se seguiu a quatro anos de prática, contou Paulin, além da superação de seu medo de altura durante a infância. "Durante a apresentação, não senti medo", disse o francês de 27 anos. (18/09)
Foto: Benoit Tessier/REUTERS
Maior árvore do mundo é embrulhada
A sequoia "General Sherman", que fica na Califórnia, tem idade estimada entre 2.300 e 2.700 anos, um tronco com circunferência de 31 metros e é considerada a árvore mais volumosa do mundo, foi embrulhada nesta sexta-feira por bombeiros com cobertores especiais resistentes ao fogo. O objetivo é protegê-la das chamas de um incêndio florestal que tem avançado na reserva onde ela fica. (17/09)
Foto: National Park Service/AFP
EUA vencem torneio equestre na Alemanha
A equipe dos Estados Unidos foi a grande vencedora da CHIO Aachen deste ano, realizada na Alemanha e considerada a competição equestre mais importante do mundo. Um dos destaques foi Jessica Springsteen (foto), filha da estrela do rock Bruce Springsteen, que competiu com seu cavalo Don Juan. Foi a primeira vitória dos americanos no torneio desde 2005. (16/09)
Foto: Uwe Anspach/dpa/picture alliance
Greve de fome pelo clima
Jovens ativistas do grupo "a última geração" acampados próximo ao Reichstag, o Parlamento alemão, afirmaram que seguirão em greve de fome até que consigam falar sobre a emergência climática com os três principais candidatos a chanceler federal da Alemanha, que realiza eleições no dia 26. O grupo está em jejum desde 30 de agosto, e nesta terça um deles desmaiou e foi levado ao hospital. (15/09)
Foto: Kay Nietfeld/dpa/picture alliance
Nova Zelândia ou Aotearoa?
O partido maori da Nova Zelândia lançou uma petição para alterar o nome do país para Aotearoa, uma demanda histórica do povo nativo. A palavra significa "a terra da longa nuvem branca" no idioma Te Reo Maori e com frequência é usada como um segundo nome para a nação insular do Pacífico, inclusive pela primeira-ministra Jacinda Ardern. O povo maori representa 16,5% da população do país. (14/09)
Foto: Getty Images/F. Goodall
Arco do Triunfo é "embrulhado"
O Arco do Triunfo, em Paris, começou a ser coberto com tecido em obra póstuma do artista Christo. No total, serão 25 mil m² de tecido, amarrados por 3 mil metros de corda vermelha. A instalação ficará pronta em 18 de setembro e permanecerá assim por duas semanas. Morto em 2020, Christo foi autor de diversas obras de arte contemporânea e também "embrulhou" o Reichstag, em Berlim, em 1995. (13/09)
Foto: Rafael Yaghobzadeh/AP/picture alliance
Candidatos à sucessão de Merkel travam segundo debate da campanha
Os três candidatos mais bem posicionados nas pesquisas à sucessão da chanceler federal Angela Merkel participaram do segundo debate televisivo da campanha. Em desvantagem nas pesquisas, o conservador Armin Laschet usou a oportunidade para lançar ataques contra o social-democrata Olaf Scholz. A verde Annalena Baerbock criticou os rivais e disse que falta empenho na proteção climática. (12/09)
Foto: Michael Kappeler/AFP/Getty Images
EUA relembram 20 anos dos ataques de 11 de Setembro
Os Estados Unidos relembram neste sábado o vigésimo aniversário dos ataques de 11 de Setembro, com cerimônias para homenagear os cerca de 3.000 mortos nos ataques executados pela rede terrorista Al-Qaeda. Cerimônias foram organizadas nos antigos palcos dos ataques, o Marco Zero, em Nova York, o Pentágono e um campo da Pensilvânia. (11/09)
Foto: Craig Ruttle/REUTERS
Dinamarca suspende todas as restrições anticovid
A Dinamarca se tornou o primeiro país da União Europeia livre de quaisquer restrições relacionadas à pandemia do novo coronavírus. Após 548 dias com restrições e graças a alta taxa de vacinação, os dinamarqueses voltam gradativamente à normalidade. Mais de 80% da população acima de 12 anos está totalmente imunizada, ou seja, 73% da população de 5,8 milhões de habitantes. (10/09)
Foto: picture-alliance/Scanpix Denmark/I. M. Odgaard
Bolsonaro recua e diz que não teve "intenção de agredir" STF
Depois de ameaçar o Supremo Tribunal Federal (STF) e pregar desobediência a decisões da Corte durante os atos de 7 de Setembro, presidente Jair Bolsonaro divulgou "Declaração à Nação" em tom de recuo tático. Ele diz que suas palavras, "por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum" (09/09)
Foto: picture-alliance/AP Photo/E. Peres
Fux rebate ameaças de Bolsonaro
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, respondeu as declarações feitas pelo presidente nos atos pró-governo de 7 de setembro e advertiu que desrespeito a decisões da Corte "configura crime de responsabilidade". Ele também alertou contra "falsos profetas do patriotismo" e disse que o Tribunal não aceitará ameaças. “Ninguém fechará esta Corte”, sublinhou. (08/09)
Foto: SCO/STF /C. Moura
Atos pró-governo marcados por ameaças golpistas de Bolsonaro
Presidente insufla sua base em protestos em Brasília e São Paulo com ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal e ao novamente lançar dúvidas sobre a segurança do sistema eleitoral, preparando o terreno para questionar o resultado da eleição de 2022. Ele também voltou a dizer que só sai de Brasília "morto, preso ou com vitória". (07/09)
Foto: AMANDA PEROBELLI/REUTERS
Morre Jean-Paul Belmondo, ícone da Nouvelle Vague
Jean-Paul Belmondo, um dos principais nomes do cinema europeu, morreu aos 88 anos. Sua carreira se estendeu por meio século, incluindo mais de 80 longas-metragens. Ele foi a personificação do estereótipo masculino nos anos 1960, caracterizado pela virilidade e o carisma. Belmondo trabalhou com muitos dos mais importantes diretores franceses, em especial, Jean-Luc Godard. (06/09)
Foto: picture alliance/KPA
Brasil tem melhor campanha da história em Jogos Paralímpicos
O Brasil encerrou sua participação nos Jogos Paralímpicos de Tóquio com sua melhor campanha da história no evento. Foram 72 medalhas, sendo 22 de ouro, 20 de prata e 30 de bronze, o que garantiu o sétimo lugar no quadro de medalhas. É o maior número de medalhas douradas do país, superando os 21 ouros de Londres 2012. Daniel Dias foi o porta-bandeira brasileiro na cerimônia de encerramento. (05/09)
Foto: Carmen Mandato/Getty Images
Talibã interrompe protesto de mulheres em Cabul
O Talibã dispersou com gás lacrimogêneo e tiros para o ar uma marcha pacífica de mulheres afegãs em Cabul. Dezenas de mulheres saíram as ruas pelo segundo dia consecutivo para protestar por seus direitos e por participação no governo. As manifestantes gritavam frases como "Vocês não têm legitimidade sem os direitos das mulheres" e "Não somos as mulheres de 20 anos atrás". (04/09)
Foto: Bilal Guler/AA/picture alliance
Morre ator Sérgio Mamberti, aos 82 anos
Morreu o ator e diretor Sérgio Mamberti, aos 82 anos, após uma infecção pulmonar. Mamberti fez dezenas de trabalhos na televisão, sendo um dos de maior destaque o Dr. Victor, do Castelo Rá-tim-bum. Mamberti também era um dos maiores articuladores culturais do país e ocupou diversos cargos no Ministério da Cultura durante o governo Lula e no primeiro mandato de Dilma. (03/09)
Foto: Jales Valquer/imago/Fotoarena
ABBA anuncia novo álbum após 40 anos
O lendário grupo sueco ABBA anunciou que lançará um novo álbum após 40 anos e fará shows no próximo ano, em Londres, com o uso de avatares, apelidados de "Abbatars". Intitulado Voyage, o disco contará com 10 músicas e será lançado em novembro. Os quatro integrantes cantaram todas as canções durante cinco semanas perante 160 câmaras para que cada movimento pudesse ser registado. (02/09)
Fogo afetou 85% das espécies em extinção na Bacia Amazônica
Um estudo internacional com a participação de cientistas brasileiros revelou que 85% das espécies consideradas ameaçadas de extinção na região amazônica foram impactadas pelas queimadas de 2001 a 2019. Os resultados foram publicados na renomada revista científica Nature e levam em consideração 11.514 espécies de plantas e 3.079 espécies de vertebrados em toda a extensão da Bacia Amazônica. (01/09)