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Diretor da HRW é barrado em Hong Kong

12 de janeiro de 2020

Kenneth Roth afirma que foi impedido de ingressar no território ao desembarcar. Ele pretendia apresentar um relatório da ONG sobre ações do governo chinês contra os direitos humanos. 

Kenneth Roth Human Rights Watch
O diretor da HRW informou que assim que chegou ao aeroporto de Hong Kong foi impedido de entrar no territórioFoto: Getty Images/AFP/J. MacDougall

O diretor da ONG Human Rights Watch (HRW), Kenneth Roth, anunciou neste domingo (12/01) que as autoridades de Hong Kong vetaram sua entrada no território semiautônomo.

"Voei para Hong Kong para apresentar o novo Relatório Mundial da HRW. que neste ano descreve como o governo chinês está minando o sistema internacional de direitos humanos. Mas as autoridades bloquearam minha entrada em Hong Kong, ilustrando o agravamento do problema", disse Roth, que é cidadão dos EUA.

"Essa recusa em me deixar entrar em Hong Kong é um exemplo magnífico", acrescentou. Segundo Roth, essa foi a primeira vez que ele teve sua entrada negada em Hong Kong. Nos últimos meses, o território chinês vem sendo sacudido por protestos pró-democracia, que irritaram as autoridades de Pequim.

Por meio de um vídeo publicado no Twitter, o diretor da HRW, que tem sede em Nova York, informou que assim que chegou ao aeroporto de Hong Kong, foi impedido de entrar no território.

Segundo Roth, as autoridades alegaram "razões relacionadas à imigração", sem dar mais explicações.

No início de dezembro, a China anunciou sanções - sem especificar que tipo - contra cidadãos e entidades dos Estados Unidos, incluindo a HRW, em retaliação à votação do Congresso americano sobre uma lei que apoia os manifestantes pró-democracia de Hong Kong.

Na época, o ministro das Relações Exteriores da China acusou as ONGs de "apoiar as forças antichinesas" e "promover atividades separatistas em favor da independência de Hong Kong".

Nos últimos anos, vários professores, pesquisadores, políticos e jornalistas críticos da política de Pequim no enclave foram proibidos de entrar em Hong Kong.

JPS/ap/ots

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