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Diretor de campanha de Fillon renuncia ao cargo

3 de março de 2017

Depois de perder porta-voz, campanha de conservador sofre mais um revés. Partido aliado também retira apoio e prevê derrota se Os Republicanos não escolherem outro candidato para concorrer à presidência da França.

Fillon é investigado por desvio de recursos públicos, tráfico de influência e ocultação de atividades
Fillon é investigado por desvio de recursos públicos, tráfico de influência e ocultação de atividadesFoto: Reuters/B. Tessier

Envolvido em um escândalo de corrupção, o candidato à presidência da França, François Fillon, perdeu mais um aliado nesta sexta-feira (03/03). O diretor de campanha dos conservadores, Patrick Stefanini, anunciou sua renúncia.

Stefanini será substituído no posto a partir de segunda-feira por Vincent Chriqui, conforme o divulgado pela equipe de Fillon, que está sendo investigado pela justiça francesa por desvio de recursos públicos, tráfico de influência e ocultação de atividades.

Leia mais: Quem são os candidatos à presidência da França?

A notícia da renúncia do chefe de campanha de Fillon, considerado o cérebro que o levou à vitória nas primárias da direita, foi rodeada pela mesma confusão que acompanha a candidatura nas últimas horas.

O semanário Le Journal du Dimanche revelou a carta de renúncia de Stefanini, mas minutos depois o próprio Fillon desmentiu a notícia argumentando que o documento tinha sido apresentado, mas que o diretor de campanha havia se retratado.

Stefanini, porém, confirmou ao jornal Libération que sua saída era "irrevogável" e que a tornaria efetiva "a partir do domingo pela noite".

Com esta nova renúncia, Fillon sofre mais um revés vindo do círculo de confiança. Além do diretor, também abandonaram a campanha o porta-voz, dois diretores adjuntos, o tesoureiro e o porta-voz para questões de política externa. Dezenas de deputados retiraram seu apoio ao candidato.

Partido retira apoio

Além de perder aliados pessoais, Fillon ficará sem o apoio do partido de centro-direita União de Democratas e Independentes (UDI). A legenda pediu ainda ao partido Os Republicanos que apontem outro candidato.

"A questão já não é saber se é ou não inocente, quero acreditar na sua inocência. Respeito a sua presunção de inocência. Mas o debate já não está aqui. O inquérito judicial que está em curso faz com que ele já não possa defender e explicar aos franceses o projeto de alternância que é o nosso", disse o presidente da UDI, Jean-Christophe Lagarde, que prevê "um fracasso" nas urnas se a candidatura de Fillon for mantida.

Em meio à crise, Fillon convocou todos os apoiadores para uma manifestação no próximo domingo em frente à Torre Eiffel, para defender sua candidatura, embora alguns de seus correligionários tenham advertido que a mobilização pode acabar de rachar a direita.

O candidato anunciou na quarta-feira que será formalmente investigado por ter supostamente criado empregos falsos para a esposa e os filhos. O anúncio caiu como uma bomba na candidatura do conservador.

CN/efe/lusa/rtr/dpa

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