Doações milionárias de empresas alemãs
30 de dezembro de 2004
Além da ajuda prometida pelo governo alemão, de 20 milhões de euros, também a classe econômica está engajada no auxílio à região atingida pela catástrofe, seja através da doação de milhares de euros, do apoio humanitário ou da reconstrução da infra-estrutura. Na área destruída pelo maremoto de domingo, a economia alemã havia feito investimentos da ordem de 6 bilhões de euros e empregava 200 mil pessoas.
A Telekom alemã e a Deutsche Vermögensberatung (empresa de consultoria financeira e patrocinadora de Michael Schumacher) doarão um milhão de euros cada uma a organizações de ajuda humanitária. A cadeia de lojas de departamentos C&A doou 250 mil euros à Terre des Hommes para construção de acampamentos aos desabrigados, enquanto a DaimlerChrysler dispôs 100 mil euros a título de ajuda imediata para a Tailândia e outros 150 mil euros para os demais países.
As linhas aéreas Condor e TUI disponibilizaram suas aeronaves para o transporte de pessoal e de mais de 50 toneladas de ajuda material. Até quarta-feira (29/12), a ONG Ação Alemanha Ajuda (ADH) já havia recebido 3,6 milhões de euros em doações.
Firmas dobram doações dos funcionários
O apelo por doações à área assolada pela catástrofe partiu de vários representantes do empresariado alemão, como o presidente da Comissão Ásia-Pacífico e presidente da Siemens, Heinrich von Pierer; de Michael Rogowski, que preside a Confederação Alemã da Indústria (BDI), e de Ludwig Georg Braun, da Confederação Alemã das Câmaras de Indústria e Comércio.
A Siemens, representada em 11 países atingidos pelo maremoto, está prestando assistência direta na área atingida, com apoio técnico e financeiro. Esta ajuda se dá através do abastecimento de energia, água, medicamentos e telefonia, esclareceu Peter Gottal, porta-voz da empresa.
Da mesma forma a DHL, subsidiária de entrega de pacotes do Deutsche Post (correios), faz a entrega direta dos bens adquiridos pela empresa para serem doados à população. Já a Bayer enviou 20 mil caixas de antibióticos ao Sri Lanka, enquanto as empresas farmacêuticas Merck, Boehringer Ingelheim e Schering coordenam a ajuda através das subsidiárias locais.
Também outras empresas, como a Deutsche Bank, a SAP e a companhia ferroviária Deutsche Bahn, apelaram aos funcionários para que façam doações, ao mesmo tempo em que se comprometem a dobrar a soma arrecadada. A Siemens e a Deutsche Bahn garantem engajar-se com pelo menos 50 mil euros como ajuda imediata.