Clube da capital bávara é o recordista de títulos na Alemanha e atrai uma legião de fãs também no exterior. Documentário da DW vai em busca de explicações para o fenômeno "Mia san Mia".
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Há 50 anos, o Bayern de Munique, clube alemão recordista de títulos, começava sua história de sucesso internacional ao vencer a então Recopa Europeia, antecessora da atual Liga Europa da Uefa. De lá para cá, a "estrela do sul" reuniu 60 títulos nacionais e internacionais.
O Bayern de Munique é um dos clubes esportivos mais bem sucedidos do mundo e, com cerca de 300 mil associados, também um dos maiores. Para comparar: o Real Madrid tem cerca de 100 mil, o Barcelona e o Manchester United, cerca de 150 mil associados. "Começamos com 20 funcionários e 12 milhões de marcos de receita e agora temos 630 milhões de euros de receita e quase mil funcionários", diz o presidente do clube, Uli Hoeness.
Para ilustrar essa história, a DW viajou 50 mil quilômetros pelo planeta e gravou o documentário O fenômeno Mia san Mia. A intenção dos repórteres foi descobrir o que faz esse clube ser tão conhecido e admirado.
Seria o famoso "Mia san Mia" (nós somos nós) um grito de guerra ou um slogan publicitário? Por que o clube conquista tanto torcedores no Brasil quanto em Londres, Nova York, Gana ou Tel Aviv? Quais seriam seus problemas? Um clube de tantos sucessos também sofreu reveses?
O Bayern é um clube arrogante?
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O filme não é um esboço cronológico da história do clube bávaro, mas uma colagem de emoções e fatos. Mesmo sem narrador, é explicativo e informativo. A questão central é encontrar respostas para a pergunta: o que é o fenômeno "Mia san Mia"?
Os repórteres entrevistam pessoas que vivenciaram os principais momentos do clube e acompanham a equipe na disputa pelo título da Liga dos Campeões. Os heróis do filme são personagens que ocupam um lugar na história do clube, como Uli Hoeness, Carlo Ancelotti, Oliver Kahn, Giovane Élber, Sammy Kuffour, Franz Roth e Philipp Lahm.
Ao mesmo tempo, o filme acompanha o dia a dia de torcedores do Bayern em todo o mundo. Como Camila, do Rio de Janeiro, Raffaell, de Nova York, e Kamal, uma palestina em Israel. Os jornalistas Jaime, de Madri, e Andy, de Londres, trabalham como jornalistas para o Bayern quando a equipe joga em suas cidades.
Já Kanata Takumoto, de 14 anos, encarna o futuro do Bayern. O jovem talento japonês joga no Bayern Tsuneishi, um time de um estaleiro japonês.
Com todos esses elementos, o documentário entra pra valer no universo do Bayern de Munique e busca sobretudo uma coisa: não ser previsível.
Dez motivos para visitar Munique
A capital da Baviera tem muito mais a oferecer do que Oktoberfest e cerveja, incluindo obras de arte, música e até surfe.
Foto: picture-alliance/dpa
Música na prefeitura
Quem visita Munique não pode deixar de passear pelo centro da cidade e conhecer o prédio da prefeitura na praça Marienplatz. De duas a três vezes por dia, dependendo da época do ano, os turistas se reúnem diante do prédio neogótico para ouvir música e assistir ao pequeno show no maior carrilhão da Alemanha, com 43 sinos e 32 figuras animadas, tudo movido a energia solar.
Foto: Fotolia/sborisov
Cervejaria Hofbräuhaus
A poucos minutos da prefeitura, fica a famosa cervejaria Hofbräuhaus. Ela foi construída há mais de 400 anos por ordem do duque da Baviera, que queria uma cervejaria que fabricasse cerveja de trigo. Hoje, funciona ali um restaurante com música ao vivo. A atração turística obrigatória chega a receber 30 mil visitantes por dia.
Foto: picture-alliance/dpa/P. Kneffel
Jardim Inglês
Um dos maiores parques urbanos do mundo, com quase 400 ha, o Englischer Garten (Jardim Inglês) atrai o ano inteiro visitantes de todos os lugares, gostos e culturas. No verão, os gramados ficam lotados, seja para praticar esportes ou apenas curtir o sol. Na cervejaria ao ar livre e na Torre Chinesa são oferecidas especialidades típicas, como "Haxn" e "Hendl" (Pernil de porco e frango assados).
Foto: imago/Westend61
Surfar em Munique
O riacho Eisbach faz jus ao nome (Eis significa gelo em alemão). A água é fria mesmo no verão. Mas isso não é obstáculo para os surfistas. A temporada de surfe no riacho que passa pelo Jardim Inglês começa no final de maio.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Müller
Palácio Münchner Residenz
Claro que opulência não poderia faltar em Munique. Por mais de 400 anos, o palácio Münchner Residenz serviu de moradia aos duques, príncipes e reis da Baviera. Desde 1920, está aberto à visitação pública. O salão renascentista foi construído no século 16 por ordem do duque Albrecht 1º, para abrigar sua coleção de esculturas da Antiguidade.
Foto: Fotolia/Clemens Strimmer
Palácio Nymphenburg
Este palácio barroco foi construído a mando do príncipe eleitor Ferdinand Maria, em 1664, como presente para sua esposa. Por um longo tempo, ele serviu como residência de verão da família de nobres Wittelsbach. Hoje em dia, mais de 300 mil pessoas visitam o palácio e seu belo parque a cada ano.
Foto: picture-alliance/dpa/S. Hoppe
Pinacotecas
As Pinacotecas Estatais da Baviera reúnem obras que vão do século 14 até a arte contemporânea, espalhadas nos três principais museus de arte de Munique: Alte Pinakothek (Velha Pinacoteca), Neue Pinakothek (Nova Pinacoteca) e Pinakothek der Moderne (Pinacoteca Moderna). Na Velha Pinacoteca, há 700 itens da Idade Média até meados do século 18, incluindo obras de Dürer, Raffael e Rembrand.
Foto: picture-alliance/dpa
Manter a tradição
Os moradores de Munique adoram suas tradições. Por isso, em qualquer época do ano, seja em festas ou no dia a dia, usam o Dirndl (vestido típico) ou a Lederhose (calça de couro). Há muitas associações que se dedicam à manutenção dessa tradição. Elas promovem, por exemplo, o Kocherlball, baile com trajes típicos que acontece junto à Torre Chinesa no verão europeu.
Foto: picture-alliance/dpa
Oktoberfest, em setembro
A maior festa popular do mundo tem mais de 200 anos e foi copiada em vários países. Com desfiles, muita música, cerveja e um enorme parque de diversões, esta festa que originalmente comemorava o casamento do rei Ludwig 1º com a princesa Therese von Sachsen-Hildburghaus atrai a cada ano 6 milhões de visitantes. Dizem que começa em setembro para evitar o tradicional mau tempo em Munique em outubro.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Müller
Alegria de viver
Há coisas que não se consegue guardar em fotos. Como essa, que torna Munique tão peculiar. O charme da cidade é refletido na "Lebensgefühl", a alegria de viver dos seus moradores. Por isso, para encerrar este passeio, resta dizer: "Minga, I mog Di!" (Munique, gosto de você!)