Lista com detalhes sobre detidos revela sistema de monitoramento e espionagem que abrange famílias inteiras. Prisões são justificadas por uso de barba, véu islâmico ou violação da política de natalidade.
Anúncio
Em maio de 2017, um uigur foi levado a um "campo de reeducação" na região de Xinjiang, no noroeste da China. Ele foi detido porque sua esposa cobriu o rosto com um véu muçulmano e por ter "muitos" filhos. Ele nunca chegou a ser julgado.
De acordo com um documento vazado, o homem passou por "uma grande transformação ideológica" no campo e "percebeu seus erros e mostrou arrependimento". Os quatro meninos e duas meninas da família tinham um "bom comportamento". Em junho de 2017, foi a vez de a mãe ser mandada para a prisão por seis anos, acusada de participar de "atividade religiosa ilegal".
A história da família é semelhante a outras centenas de casos, descobertos devido ao vazamento de dados que revelam os motivos de detenções, além do uso de vigilância de alta tecnologia e trabalhadores para rastrear identidades, locais e hábitos de membros da minoria muçulmana dos uigures.
A lista revela o destino de 311 enviados para a reeducação por motivos inócuos, como deixar a barba crescer, jejuar ou pedir um passaporte. Todos foram levados a campos entre 2017 e 2018. O documento também dá detalhes sobre centenas de outras pessoas ligadas aos detidos, incluindo crianças.
A DW, juntamente como as emissoras alemãs NDR e WDR e o jornal Süddeutsche Zeitung, passou semanas traduzindo e analisando a lista de 137 páginas. Quase nada indica que as medidas contra os uigures seriam voltadas a combater o extremismo, como afirma Pequim. Apenas três pessoas da lista pertenceriam à organização islamista Hizb-ut-Tahrir. Pelo contrário, os dados mostram que a China persegue sistematicamente a minoria devido à sua religião e cultura.
Documento vazado revela perseguição religiosa a uigures
02:35
Depois de um ataque a bomba na capital de Xinjiang, em maio de 2014, as autoridades chinesas instalaram um sistema de vigilância e criaram campos de detenção em massa, chamado oficialmente de Centros de Treinamento em Formação Profissional.
Segundo um relatório secreto do Ministério do Exterior alemão de dezembro do ano passado, pelo menos 1 milhão dos quase 10 milhões de uigures que vivem no país foram enviados a esses locais. O documento se refere aos centros como "campos de reeducação" com "cursos de treinamento ideológico draconiano".
A China alega que esses campos são uma ferramenta eficaz na luta contra o terrorismo. A lista sobre os presos, porém, não indica que Pequim tenha como alvo potenciais terroristas.
A análise do documento confirma algo que muitos observadores internacionais de direitos humanos temiam: uma campanha sistemática de perfil étnico e de encarceramento arbitrário.
A lista mostra o monitoramento de pequenos detalhes, como o download de um vídeo há seis anos ou mensagens trocadas no WeChat com amigos no exterior. A análise revela como uigures são submetidos a métodos draconianos de monitoramento e prisão. Famílias da minoria são constantemente controladas por uma rede de espiões, visitas repetidas às suas residências e interrogatórios coletivos.
O documento contém nomes completos, números de identificação e comportamento social de mais de 1,8 mil familiares, vizinhos e amigos dos 311 detidos. Outras centenas também aparecem com menos detalhes. Um grande número de servidores públicos trabalha na coleta destes dados com o auxílio de tecnologia moderna, como aplicativos de monitoramento e câmeras de reconhecimento facial.
A lista concentra casos de uma região do país que fica na fronteira entre a Índia e Tibete, onde vivem cerca de 650 mil habitante e onde há ao menos cinco destes campos. O documento menciona quatro deles.
A DW recebeu a informação sobre esse documento em novembro de 2019, pelo informante Abduweli Ayup, um acadêmico uigur exilado na Noruega. Ele recebeu o PDF de uma fonte anônima. Apesar de não ter carimbos oficiais ou assinatura, o novo vazamento é semelhante aos "Papéis de Xinjiang", revelados pelo jornal americano The New York Times, e pelos "China Cables", publicados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ).
Ambos revelam a dimensão da opressão a uigures no noroeste da China. O novo documento mostra os motivos das detenções e fornece um olhar mais atento ao cotidiano da minoria. A DW conseguiu entrar em contato com familiares de alguns detidos e consultou especialistas para atestar a veracidade das informações.
Para Rian Thum, especialista em política chinesa para os uigures da Universidade de Nottingham, esse monitoramento da vida privada é "impressionante" nos níveis de detalhes. "É interessante imaginar que essas coisas existem além de Xinjiang. Os dados devem ser espantosos".
Motivos banais
O destino dos uigeres nos campos também depende das ações de quem está em liberdade. Em alguns casos, a conduta de parentes é usada como referência direta para uma possível soltura.
Em alguns casos, a DW encontrou referências sobre um sistema de trabalho forçado em fábricas. Um deles envolveu um homem detido em maio de 2018 por ter entrado em contato como o irmão que fugiu para a Turquia. Segundo o documento, ele representava "certo nível de perigo para a sociedade" e a recomendação da "comunidade" seria mantê-lo "numa fábrica nos campos de reeducação".
O motivo mais recorrente para a prisão é a violação da política oficial de natalidade. Segundo a legislação, uigures e outras minorias que vivem em áreas urbanas podem ter dois filhos e os das regiões rurais, três. Um número muito maior de homens do que mulheres foi detido por ter mais filhos do que o permitido.
Essa disparidade poderia indicar que o governo chinês considera os homens a principal ameaça na região. "Em termos de islamofobia, homens em geral, especialmente os mais jovens, são sempre alvos e vistos como potenciais terroristas", afirma Darren Byler, especialista da Universidade de Colorado. "Acredito que Pequim quer enfraquecer ou diminuir a população uigur como forma de reduzir a percepção de ameaça".
Alvos jovens
A análise do documento indica que o governo chinês tinha como alvo a geração mais jovem. Termos como "pessoa preocupante" ou "pessoa não confiável" eram usados para nascidos entre 1980 e 2000. Mais de 60% dos detidos tinham entre 20 e 40 anos.
"Isso tem uma implicação fundamental na taxa de natalidade e demográfica. Se pegar uma porção, ou até mesmo todos os jovens de uma vila, haverá basicamente uma pausa no crescimento da comunidade", avalia Thum.
Dezenas de listados foram presos por terem amizade com "um suspeito que vive no exterior" ou por terem participado de uma peregrinação muçulmana em Hajj ou Meca. Em cerca de 40 casos, pessoas foram detidas também por solicitar um passaporte.
A China também classificou 26 países como "sensíveis", quase todos são de maioria muçulmana, como Argélia, Paquistão e Arábia Saudita, ou ainda o vizinho Cazaquistão, onde muitos uigures têm família, além de laços culturais e étnicos. Qualquer contato com esses lugares é passível de detenção.
"Se o Partido Comunista Chinês for capaz de eliminar a influência do islã em todos os elementos da vida uigur, a cultura desta minoria certamente será esvaziada", disse Timothy Grose, do Instituto de Tecnologia Rose Hulman, nos Estados Unidos.
Para especialistas, Pequim só irá parar quando eliminar as raízes religiosas e a herança cultural de uigures e outras minorias muçulmanas em Xinjiang.
Em uma entrevista recente à DW, durante uma visita a Berlim, o ministro do Exterior da China, Wang Yi, disse que qualquer reportagem sobre "campos de concentração" para os uigures é "notícia completamente falsa" para prejudicar o desenvolvimento do país e descartou haver "perseguição" em Xinjiang.
Os jornalistas da DW Naomi Conrad, Cherie Cham, Julia Bayer, Mathias Stamm e Wesley Rahn também contribuíram para essa reportagem.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Reuters/Heo Ran
Luxemburgo e o transporte público gratuito
O ministro dos Transportes de Luxemburgo, François Bausch, celebrou o que classificou como um "grande dia" para o Grão-Ducado, que se tornou oficialmente o primeiro país do mundo a implementar a gratuidade do transporte público em todo o seu território nacional. Antes da iniciativa luxemburguesa, apenas algumas cidades da Europa tinham executado um plano semelhante. (29/02)
Foto: picture-alliance/dpa/O. Dietze
Filme brasileiro é premiado na Berlinale
O filme "Meu nome é Bagdá" ganhou o prêmio do júri de melhor longa na mostra Generation, dedicada ao público infanto-juvenil, do Festival de Cinema de Berlim, a Berlinale. Dirigido por Caru Alves de Souza, o filme retrata o cotidiano da jovem skatista Bagdá, interpretada por Grace Orsato, na cidade de São Paulo. O júri afirmou que foi unânime na escolha do vencedor. (28/02)
Foto: Camila Cornelsen
Vitória ambiental
Um tribunal de apelação no Reino Unido barrou o controverso projeto de ampliação do aeroporto Heathrow, em Londres. A decisão representa uma vitória para ativistas que entraram na Justiça contra a construção de uma terceira pista, devido a seu enorme impacto ambiental. O tribunal considerou haver incompatibilidade com os compromissos britânicos assumidos no Acordo de Paris. (27/02)
Foto: Imago Images/Zuma Press
Suprema corte da Alemanha permite suicídio assistido
Tribunal Constitucional Federal declara inconstitucional lei que penalizava assistência ao suicídio "em caráter comercial". Médicos e pacientes terminais saúdam decisão. O Bundestag criara a lei em dezembro de 2015 com a intenção de proibir associações ou indivíduos de "fazerem negócios com a morte". (26/02)
Foto: picture-alliance/dpa/O. Berg
Hosni Mubarak morre aos 91 anos
O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, que governou o país com mão de ferro por três décadas até ser deposto em 2011 após protestos da Primavera Árabe, morreu aos 91 anos. Mubarak lutava contra uma doença e estava internado em uma unidade de terapia intensiva. Ele tomou o poder no Egito em 1981, após o assassinato do ex-presidente Anwar Sadat, e foi aliado sólido dos EUA. (25/02)
Foto: Reuters/A. Abdallah Dalsh
Bolsonaro satirizado no Carnaval alemão
Jair Bolsonaro foi tema de carros alegóricos nos tradicionais desfiles da Rosenmontag, ponto alto do Carnaval de rua alemão, famoso por suas sátiras políticas. Em Düsseldorf, uma alegoria trouxe um boneco do presidente na posição de Cristo Redentor, mas com serras elétricas no lugar dos braços. Nelas, lia-se "assassino do clima". Em Colônia, outro carro satirizou o líder brasileiro. (24/02)
Foto: Getty Images/AFP/I. Fassbender
Carnaval nos tempos do coronavírus
Fortes rajadas de vento provocaram o cancelamento de desfiles carnavalescos na Alemanha. Particularmente afetados pelo mau tempo foram os eventos na região do Reno. Mas também foram canceladas paradas nos estados de Hessen e Turíngia, além de blocos de rua na Saxônia. Enquanto isso, em Veneza (foto), alguns foliões comentaram o medo do momento: o contágio com o novo coronavírus. (23/02)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/M. Romano
Hanau: luto e protesto
Três dias apos os atentados racistas que mataram nove concidadãos, população de Hanau se manifesta em massa contra o avanço da extrema direita na Alemanha. A aliança Solidariedade Em Vez de Divisão, organizadora do evento, contou um total de 6 mil participantes. Houve também protestos em diversas outras cidades do país (22/02)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Probst
França desativa sua usina nuclear mais antiga
A França deu início à tão esperada desativação de sua mais antiga usina nuclear ainda em operação, a usina de Fessenheim, perto da fronteira com a Alemanha. A instalação existe há 43 anos e contava com dois reatores em operação. Autoridades francesas de energia desligaram agora o primeiro reator, e a desativação do segundo deve ocorrer em junho. (21/02)
Foto: picture-alliance/dpa/V. Kuhn
"O racismo é um veneno"
A chanceler federal alemã, Angela Merkel, condenou os ataques a tiros cometidos na véspera em Hanau, no oeste do país, que deixou dez mortos, além do atirador. Ela disse haver indícios de que o autor agiu com motivação de extrema direita e racista. "O racismo é um veneno, o ódio é um veneno. E este veneno existe na nossa sociedade. E já foi culpado por crimes demais", afirmou. (20/02)
Foto: DW/C. Papaleo
Cid Gomes é baleado no Ceará
O senador Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado na cidade de Sobral, no Ceará, durante um motim de policiais. Um boletim médico informou que ele está lúcido e respira sem auxílio de aparelhos. O parlamentar foi atingido ao tentar entrar em um batalhão da Polícia Militar usando uma retroescavadeira. O local estava com os portões fechados devido a uma paralisação de parte dos policiais. (19/02)
Foto: AFP/Brazilian Senate Chamber/P. Franca
Mudança de comportamento
Depois do inverno na África, as primeiras cegonhas costumavam retornar à Alemanha no início de março para procriar. Assim era antigamente. Agora, muitas passaram a deixar de lado a longa viagem e permanecem na Espanha. Já outras nem até lá vão. No estado de Hessen, ao menos 150 cegonhas passaram o inverno todo na Alemanha e algumas já estão começando a construir seus ninhos. (18/02)
Foto: picture-alliance/dpa/B. Roessler
Início do carnaval
Com o tradicional "Voo do anjo", foi aberto o carnaval de Veneza. Pendurada numa torre de 99 metros de altura na Basílica de São Marcos, a mulher vestida de anjo joga confetes no público. A festa na cidade italiana vai até 25 de fevereiro e reúne visitantes de todo o mundo. (17/02)
Foto: Getty Images/AFP/A. Pizzoli
Floresta interrompe plano de fábrica da Tesla
Um tribunal na Alemanha determinou que a Tesla interrompa imediatamente a derrubada de uma floresta nos arredores de Berlim, onde prepara o terreno para construir sua primeira fábrica na Europa. A decisão, embora provisória, é uma vitória para ativistas ambientais locais. A gigante americana de carros elétricos planeja dar início à produção em Grünheide, no estado de Brandemburgo, em 2021. (16/02)
Foto: picture-alliance/dpa/P. Pleul
Alemães contra a extrema direita
Sob o lema "Sem pacto com fascistas – nunca e em lugar nenhum", milhares de pessoas saíram às ruas da cidade alemã de Erfurt, capital da Turíngia, em protesto contra a extrema direita e a eleição de um governador com apoio de populistas de direita da AfD. Em Dresden, centenas de manifestantes se reuniram para se opor a protesto neonazista em ocasião dos 75 anos dos bombardeios na cidade. (15/02)
Foto: picture-alliance/dpa/B. Schackow
Cinco filhotes
O zoológico de Leipzig apresentou pela primeira vez ao público os filhotes de leão nascidos no Natal. Os cincos estão crescendo rapidamente e começam a receber pequenas porções de carne. Por enquanto, eles estão separados dos outros leões e só irão se juntar ao grupo quando estiverem maiores. (14/02)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Woitas
75 anos dos ataques a Dresden
Em cerimônia em Dresden, alemães lembraram os 75 anos dos ataques aéreos que destruíram a cidade no Leste alemão e deixaram até 25 mil mortos em 1945. Presente no local, o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, buscou um equilíbrio entre homenagear as vítimas e enfatizar o papel da Alemanha na guerra, fazendo ainda um pedido urgente aos alemães para que "defendam a democracia". (13/02)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Büttner
Papa rejeita ordenar homens casados
O papa Francisco não endossou a proposta de permitir a ordenação de homens casados como solução para a falta de padres na Amazônia, deixando de lado uma questão que dominou a Igreja Católica nos últimos meses, desde o Sínodo da Amazônia. Num aguardado documento, Francisco pediu que bispos orem por mais vocações sacerdotais e enviem missionários à região. (12/02)
Foto: Reuters/R. Casilli
Os 30 anos da libertação de Mandela
No dia 11 de fevereiro de 1990, o símbolo da luta da população negra contra o racismo na África do Sul era libertado, após passar 27 anos na prisão por seu engajamento contra o apartheid. (11/01)
Foto: picture-alliance/dpa/B. Curtis
Mortes por coronavírus superam a marca de mil
O total de mortes pelo coronavírus de Wuhan ultrapassa o total de mil e os casos confirmados na China superam 42 mil. OMS afirma que há mais de 300 casos em outros 24 países e alerta para possível aumento das transmissões. (10/01)
Foto: Imago-Images/Xinhua/Xiong Qi
Sabine ou Ciara?
O nome da tempestade que atravessa a Europa de norte a sul é controvertido: os alemães a chamam Sabine, os britânicos, Ciara. Certo é que em sua passagem, com chuvas fortes e ventos de até 150 km/h, ela vem causando inundações, apagões e cancelamentos de voos e viagens ferroviárias, assim como de eventos esportivos e culturais. (09/02)
Foto: Imago-Images/J. Eifert
"Sim", mas só se for de máscara
O medo do novo coronavírus já marca todo tipo de reunião pública. Como este matrimônio em massa na Igreja da Unificação – também conhecida como Seita Moon –, na Coreia do Sul. Apesar do medo de contágio, os organizadores não queriam cancelar a cerimônia em Gapyeong, por ocasião do centenário do fundador do movimento religioso, Sun Myung Moon. Todo mundo de máscara – foi a solução. (08/02)
Foto: AFP/Jung Yeon-je
Temperatura nunca foi tão alta na Antártida
A Organização Metereológica Mundial (OMM) divulgou novas temperaturas registradas na Antártida que, se confirmadas, serão recorde para o continente gelado. A estação de pesquisas argentina Esperanza registrou 18,3 ºC no norte da Península Antártica. A marca supera o recorde anterior de 17,5 ºC, registrado em 24 de março de 2015. (07/02)
Foto: Reuters/A. Meneghini
Astronauta americana volta à Terra após recorde
A astronauta americana Christina Koch, que passou quase 11 meses em órbita no mais longo voo espacial já realizado por uma mulher, aterrissou no Cazaquistão, com dois outros colegas tripulantes da Estação Espacial Internacional. Esta foi a primeira viagem da astronauta americana de 41 anos ao espaço. (06/02)
Foto: Reuters/S. Ilnitsky
Senado livra Trump de impeachment
O Senado dos Estados Unidos absolveu o presidente Donald Trump das acusações de abuso de poder e obstrução ao Congresso, no escândalo envolvendo pedidos de investigação contra Joe Biden ao governo da Ucrânia. Todos os republicanos votaram alinhados ao mandatário, com exceção do senador Mitt Romney, que se uniu aos democratas e votou a favor da condenação por abuso de poder. (05/02)
Foto: picture-alliance/AP Photo/Senate Television
Obra polêmica
Um tribunal alemão decidiu que uma obra de arte medieval antissemita conhecida como "Judensau" pode permanecer na fachada da Igreja de Santa Maria, em Wittenberg. "Judensau" significa "porca judia" – um termo altamente ofensivo – e era comum nas igrejas medievais. O tribunal disse que a obra faz parte do edifício antigo, que é Patrimônio Mundial da Unesco e, portanto, não deve ser tocada. (04/02)
Foto: Reuters/A. Hilse
China inaugura hospital construído em 10 dias
Em resposta ao surto de novo coronavírus, a China decidiu erguer dois novos hospitais na cidade de Wuhan. O primeiro foi concluído em extraordinários dez dias e já recebeu os primeiros pacientes. (03/02)
Foto: Imago/C. Min
Música, fogos e festa
Em 2020, Rijeka, na Croácia, é Capital Europeia da Cultura. O evento foi inaugurado com uma espetacular ópera de sons industriais na zona portuária da cidade. Água, trabalho e migração são os pontos focais de seu ano comemorativo. A outra Capital Cultural da Europa em 2020 é Galway, na Irlanda, antiga vila de pescadores e atual centro da música irlandesa. (02/02)
Foto: imago images/Pixsell
Ritual nos tempos do coronavírus
Na cerimônia da troca da guarda do palácio real de Seul, cada detalhe tradicional conta e é meticulosamente ensaiado. Em 2020, porém, foi acrescentado um novo elemento ao traje típico das operárias: máscaras antigermes, para prevenir o alastramento do coronavírus na Coreia do Sul. (01/02)