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Donald Trump aponta nomes-chave de sua administração

14 de novembro de 2016

Reince Priebus será o chefe de gabinete da Casa Branca, e o barão da mídia Stephen Bannon, o principal conselheiro do novo governo. Nomeações sugerem que Trump manterá lealdade ao atual círculo de assessores.

Donald Trump e Reince Priebus se abraçam em evento que celebrou a eleição presidencial em Nova York
Donald Trump e Reince Priebus em evento que celebrou a eleição presidencial em Nova YorkFoto: Getty Images/M. Wilson

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, apontou dois nomes centrais para compor sua equipe de governo: Reince Priebus, líder do Partido Republicano, será o novo chefe de gabinete da Casa Branca, ao passo que Stephen Bannon, diretor de campanha de Trump, será estrategista-chefe e principal conselheiro da futura administração.

Priebus, que atualmente preside o Comitê Nacional Republicano (CNR), foi o principal aliado do magnata nova-iorquino durante a campanha e agora deverá dirigir toda a equipe do novo presidente. Ao escolher Priebus, Trump volta-se para um veterano de Washington, muito próximo da liderança republicana, especialmente do presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan.

A equipe de transição anunciou ainda a indicação de Stephen Bannon, diretor do portal de notícias da extrema direita Breitbart News e notório por seu posicionamento crítico ao establishment. Segundo a agência de notícias AP, o futuro conselheiro do presidente já foi comparado a Leni Riefenstahl por Andrew Breitbart, finado fundador Breitbart News. Riefenstahl foi uma cineasta alemã que ficou famosa por fazer propaganda para Adolf Hitler e o nazismo.

"Estou muito satisfeito por manter a minha equipe ao meu lado na liderança do nosso país", disse Trump em comunicado neste domingo (13/11). "Steve e Reince são líderes altamente qualificados, que trabalharam bem em conjunto na nossa campanha e nos conduziram a uma vitória histórica. Agora irão trabalhar ambos comigo na Casa Branca para tornar a América grandiosa novamente", continuou.

Priebus, por sua parte, agradeceu a oportunidade de poder trabalhar em uma "economia que funcione para todos", proteger as fronteiras, revogar e substituir a legislação de saúde conhecida como Obamacare e "destruir o terrorismo islâmico radical".

Bannon também reagiu à indicação: "Quero agradecer ao presidente eleito Trump pela oportunidade de trabalhar com Reince na condução da agenda dele", afirmou em comunicado. "Tivemos uma parceria excelente na campanha, uma que levou à vitória".

A campanha de Trump informou que Bannon deverá trabalhar de "igual para igual" com Priebus. A composição sugere que o presidente eleito será leal ao seu círculo já existente de assessores.

Deportação imediata

Em sua primeira entrevista após a eleição, Donald Trump afirmou que seguirá adiante com uma de suas promessas de campanha mais polêmicas e que poderá deportar até 3 milhões de imigrantes ilegais com antecedentes criminais.

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"O que faremos é pegar as pessoas que são criminosas e têm ficha criminal, membros de gangues, traficantes, um monte dessas pessoas, provavelmente dois milhões, ou até três milhões – e tirá-las do país ou encarcerá-las", afirmou Trump em trechos antecipados do programa 60 minutes, da CBS.

No início da campanha, Trump sugeriu que deportaria todos os imigrantes ilegais dos EUA – estimados em cerca de 11 milhões. Com a aproximação da eleição, porém, o discurso foi suavizado, com ele afirmando que expulsaria estrangeiros "criminosos e ilegais". Quem for deportado e entrar ilegalmente nos EUA, deve pegar, segundo ele, pelo menos dois anos de prisão.

Muro na fronteira com o México

Trump prometeu também construir um muro na fronteira com o México para conter a imigração ilegal. A barreira, segundo o magnata, seria paga pelos próprios mexicanos, através do aumento nas tarifas de fronteira e do Tratado Norte-Americano de Livre-Comércio (Nafta).

Neste domingo, ele voltou a abordar o tema e disse que, em alguns trechos, em vez de muro haverá cercas. "Pode haver cercas", afirmou Trump, em sua primeira entrevista desde eleito. "Mas para algumas áreas, um muro é mais apropriado. Eu sou muito bom nisso: se chama construção."

Desde a eleição, quando Trump perdeu o voto popular, mas ganhou no Colégio Eleitoral (uma particularidade do sistema eleitoral americano), milhares de pessoas têm ido diariamente às ruas protestar contra o presidente eleito. A questão migratória é, em geral, o principal alvo das manifestações.

IP/lusa/efe/ap

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