1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Doria renuncia ao governo paulista para disputar Presidência

1 de abril de 2022

Tucano recua e mantém pré-candidatura ao Planalto após carta do presidente nacional do PSDB. Vice Rodrigo Garcia vai assumir o governo de São Paulo e será o candidato tucano ao cargo.

O governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência pelo PSDB, João Doria
Foto: Carla Carniel/REUTERS

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quinta-feira (31/03) sua renúncia ao cargo para concorrer à Presidência da República nas eleições deste ano.

Em pronunciamento para mais de 600 prefeitos no Palácio dos Bandeirantes, o tucano fez um aceno a outros candidatos da chamada "terceira via" e afirmou ser hora de "virar uma frente ampla e um tipo poderoso pelo Brasil e pelos brasileiros".

"Sim, serei candidato à Presidência da República pelo PSDB. Nosso partido. O Partido da Social Democracia Brasileira. E junto, ao lado de outros partidos valorosos, de políticos e de pessoas que têm respeito pela democracia, pela vida e pelos cidadãos, nós vamos vencer, vamos vencer o populismo, a maldade, a adversidade, a corrupção. E juntos, todos nós, vamos ter um novo Brasil", declarou.

Com a saída de Doria, o vice-governador Rodrigo Garcia, ex-DEM, assume o governo paulista a partir de 2 de abril e será o candidato do PSDB a governador do estado. "Daqui pra frente, nosso trabalho continua pelas mãos de Rodrigo Garcia, que, a partir do próximo dia 2, será governador do estado de São Paulo e será reeleito governador do estado de São Paulo", disse Doria.

O governador ainda aproveitou para criticar o presidente Jair Bolsonaro e as gestões petistas no governo federal, que configuram seus principais adversários na disputa pelo Planalto.

"Nesses três anos e três meses da nossa gestão no governo de São Paulo, enfrentamos grandes desafios. A continuidade da crise econômica, iniciada nos governos do PT. A volta da inflação, o aumento do desemprego, o crescimento da fome e da pobreza no governo Bolsonaro. Para piorar, o mundo foi surpreendido pela gravíssima pandemia da covid-19. E, o Brasil, surpreendido pelo negacionismo", atacou o tucano.

Recuo

A renúncia ao governo paulista veio em meio a discussões sobre uma possível desistência de Doria de disputar a Presidência. O anúncio de que, por fim, ele manteria a pré-candidatura ocorreu após o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, reafirmar o apoio do partido a ele em uma carta.

"Sentia a necessidade de ter um apoio explícito do meu partido que foi dado pelo Bruno Araújo, presidente nacional do PSDB. Uma carta incontestável, agora não dá para nenhum outro imaginar que pode surrupiar ou pode copiar as prévias do PSDB. Prévias significam democracia e partidos devem seguir a democracia. Agora estou tranquilo", declarou.

Em novembro de 2021, Doria venceu as prévias do PSDB para concorrer à Presidência, derrotando o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

Mas o governador paulista não teve sucesso nas pesquisas eleitorais desde então. Na última sondagem do instituto Datafolha, na semana passada, Doria aparece com apenas 2% das intenções de voto, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT, 43%), Bolsonaro (PL, 26%), Sergio Moro (então Podemos, 8%) e Ciro Gomes (PDT, 6%).

Na mesma pesquisa, ele foi ainda o terceiro candidato mais rejeitado, com 30% de rejeição, atrás apenas de Bolsonaro (55%) e Lula (37%).

ek (ots)

Pular a seção Mais sobre este assunto