Corais, manguezais, florestas. Robôs voadores permitem acesso a áreas perigosas ou de difícil acesso. À DW, a pesquisadora Karen Joyce conta como drones mudaram seu trabalho e mostra imagens aéreas deslumbrantes.
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Drones lançam novo olhar sobre a Grande Barreira de Corais
Imagens de robôs voadores contribuem para a ciência e também para a preservação ambiental. A DW mostra fotografias aéreas fascinantes do maior recife de corais do mundo.
Foto: Karen Joyce/James Cook University
Visão ampla para a ciência
Durante o seu trabalho, a pesquisadora ambiental Karen Joyce pode apreciar uma bela vista da vida marinha na Grande Barreira de Corais, na Austrália. Esta fotografia mostra a Ilha de Heron. No canto inferior direito da imagem podem ser vistos os corpos achatados de duas arraias.
Foto: Karen Joyce/James Cook University
Missão de descobrimento
Joyce envia seu robô voador a uma missão previamente programada. Ela opera o drone com um controle remoto e um computador. As imagens tiradas pelo aparelho eletrônico podem ser baixadas após a missão. Esta mostra a parte sul do recife de Heron e o mar aberto em direção ao recife de Wistari.
Foto: Karen Joyce/James Cook University
A natureza como artista
A Grande Barreira de Corais reúne diferentes habitats marinhos. Esta imagem mostra corais e algas em frente à Ilha de Heron, vistos de uma altura de 20 metros. A transmissão ao vivo daquilo que o drone avista é mostrada no computador de Joyce, porém somente em baixa resolução.
Foto: Karen Joyce/James Cook University
Tubarões a uma distância segura
Na parte esquerda da imagem pode-se ver tubarões nadando no canal da Ilha de Heron. Já no lado direito, nota-se a densa presença de corais. Para Joyce, a tecnologia do drone oferece a grande vantagem de poder monitorar regiões perigosas ou de difícil acesso. Isso permite aos cientistas estudar áreas muito maiores do que por meio do snorkeling ou mergulho.
Foto: Karen Joyce/James Cook University
Informações em alta resolução
Com a ajuda de drones, cientistas podem obter imagens muito mais detalhadas do que as fornecidas por um satélite. Esta imagem mostra um mosaico em alta resolução formado por centenas de fotos do recife de Heron tiradas pelo drone de Joyce.
Foto: Karen Joyce/James Cook University
Proteção necessária
A Grande Barreira de Corais sofre com o branqueamento. Neste fenômeno, os corais expulsam as algas, com as quais vivem em simbiose e que lhes dão suas cores características, e morrem. Pesquisadores como Joyce poderiam ajudar a descobrir o que está por trás do branqueamento. Cientistas acreditam que a principal razão seja o aumento das temperaturas das águas causado pelas mudanças climáticas.
Foto: imago/blickwinkel
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Drones se tornaram uma ferramenta bastante utilizada para pesquisa e proteção ambiental. O uso desses dispositivos voadores permite que cientistas acessem áreas perigosas ou de difícil acesso, além de fornecerem dados em melhor resolução do que os satélites.
"Em vez de ver apenas a árvore, agora eu vejo agora cada folha, por exemplo. No recife posso distinguir os diferentes corais e as diferentes algas", afirmou a pesquisadora ambiental Karen Joyce em entrevista à DW. Ela é professora no Centro para Pesquisa de Água Tropical e Ecossistema Aquático na Universidade James Cook em Cairns, na Austrália.
Joyce lida principalmente com o mapeamento de corais por meio de sistemas de sensoriamento remoto – e agora também com a ajuda de drones. Os robôs alados permitem o uso de câmeras térmicas, por exemplo, e fornecem uma gama de imagens panorâmicas espetaculares.
DW: O fato de a ciência usar a tecnologia dos drones é relativamente novo. Quais são as vantagens que os drones trazem para o seu trabalho?
Karen Joyce: A tecnologia dos drones transformou o nosso trabalho ao longo dos últimos três a cinco anos – e ainda o transforma. Um dos maiores benefícios para nós cientistas é que o robô voador nos permite examinar áreas que são de difícil acesso. Eu trabalho, entre outros locais, em manguezais. Eles são muitas vezes de difícil acesso, cheiram mal e não são completamente seguros – há crocodilos. Então é super vantajoso enviar um drone ao ar para ver o que se passa nessas áreas.
O mesmo se aplica à Grande Barreira de Corais [na Austrália]: os drones nos permitem examinar uma área muito maior do que seria possível por meio de snorkeling ou mergulho.
Antes dos drones, eu utilizava principalmente dados de satélites. Mas com os drones eu recebo dados com muito mais detalhes. Em vez de ver apenas a árvore, agora eu vejo agora cada folha, por exemplo. No recife posso distinguir os diferentes corais e as diferentes algas. Posso até mesmo visualizar com bastante clareza estrelas do mar, areia, peixes e tubarões – coisas que não consigo ver nas imagens de satélite.
Que informações os drones fornecem sobre os recifes? Foi possível descobrir algo que até então era desconhecido para você?
Um dos meus projetos é usar câmeras térmicas especiais para medir a temperatura da água. Este é um dos primeiros estudos que usam um drone para este fim. Com a câmera especial posso tirar fotos de águas quentes e frias, e ver como elas se movem por meio dos corais.
Isso nos permite definir a dinâmica do fluxo de água e como isso afeta os corais e outras criaturas que vivem nos recifes. Isso é muito interessante, porque não tínhamos como analisar antes da existência dos drones.
O que se destaca nas suas fotos tiradas com um drone é a beleza. Em particular as fotografias da Grande Barreira de Corais se parecem com obras de arte.
As fotos são incríveis. É realmente muito bom estar lá fora e capturar essas imagens coloridas. É muito inspirador. Dá-me grande prazer compartilhar as fotos, porque elas são realmente lindas.
No começo do ano passado eu passei uma semana na Ilha de Heron, no sul da Grande Barreira de Corais. Por meio de vídeo e fotografias capturados com o drone vi tartarugas marinhas, tubarões e arraias. Quando o robô está no ar nem suspeitamos, mas quando fazemos o download das imagens conseguimos ver o tanto de vida que há nos corais – e isso é realmente incrível. Durante o snorkeling pode-se perder uma coisa aqui e acolá – ver tudo a partir do ar é fantástico.
Drones lançam novo olhar sobre a Grande Barreira de Corais
Imagens de robôs voadores contribuem para a ciência e também para a preservação ambiental. A DW mostra fotografias aéreas fascinantes do maior recife de corais do mundo.
Foto: Karen Joyce/James Cook University
Visão ampla para a ciência
Durante o seu trabalho, a pesquisadora ambiental Karen Joyce pode apreciar uma bela vista da vida marinha na Grande Barreira de Corais, na Austrália. Esta fotografia mostra a Ilha de Heron. No canto inferior direito da imagem podem ser vistos os corpos achatados de duas arraias.
Foto: Karen Joyce/James Cook University
Missão de descobrimento
Joyce envia seu robô voador a uma missão previamente programada. Ela opera o drone com um controle remoto e um computador. As imagens tiradas pelo aparelho eletrônico podem ser baixadas após a missão. Esta mostra a parte sul do recife de Heron e o mar aberto em direção ao recife de Wistari.
Foto: Karen Joyce/James Cook University
A natureza como artista
A Grande Barreira de Corais reúne diferentes habitats marinhos. Esta imagem mostra corais e algas em frente à Ilha de Heron, vistos de uma altura de 20 metros. A transmissão ao vivo daquilo que o drone avista é mostrada no computador de Joyce, porém somente em baixa resolução.
Foto: Karen Joyce/James Cook University
Tubarões a uma distância segura
Na parte esquerda da imagem pode-se ver tubarões nadando no canal da Ilha de Heron. Já no lado direito, nota-se a densa presença de corais. Para Joyce, a tecnologia do drone oferece a grande vantagem de poder monitorar regiões perigosas ou de difícil acesso. Isso permite aos cientistas estudar áreas muito maiores do que por meio do snorkeling ou mergulho.
Foto: Karen Joyce/James Cook University
Informações em alta resolução
Com a ajuda de drones, cientistas podem obter imagens muito mais detalhadas do que as fornecidas por um satélite. Esta imagem mostra um mosaico em alta resolução formado por centenas de fotos do recife de Heron tiradas pelo drone de Joyce.
Foto: Karen Joyce/James Cook University
Proteção necessária
A Grande Barreira de Corais sofre com o branqueamento. Neste fenômeno, os corais expulsam as algas, com as quais vivem em simbiose e que lhes dão suas cores características, e morrem. Pesquisadores como Joyce poderiam ajudar a descobrir o que está por trás do branqueamento. Cientistas acreditam que a principal razão seja o aumento das temperaturas das águas causado pelas mudanças climáticas.