1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Economia russa sofre maior recuo desde 2009

25 de janeiro de 2016

Dados preliminares apontam que PIB encolheu 3,7% no ano passado, influenciado pelas quedas no preço do petróleo e sanções impostas pelo Ocidente. Putin alerta para utilização cuidadosa dos fundos de reserva do governo.

Foto: Reuters/K. Pempel

A economia da Rússia encolheu 3,7% em 2015, de acordo com dados preliminares sobre a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados nesta segunda-feira (25/01) pelo Serviço Federal de Estatísticas do país (Roosstat). Esta seria a maior queda no PIB russo desde 2009, quando a crise financeira mundial fez a economia do país se contrair cerca de 8%.

A economia russa vem sofrendo com as quedas no preço do petróleo devido ao excesso de oferta do produto no mercado internacional, além das sanções impostas pelos países do Ocidente em razão do envolvimento de Moscou na crise da Ucrânia.

A moeda russa, o rublo, sofreu uma queda recorde em relação ao dólar, e os investimentos estrangeiros no país diminuíram 92% no ano passado, segundo informações da Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad).

O comércio do petróleo e gás contribui com cerca da metade dos rendimentos do Estado. O governo já informou que irá realizar cortes no orçamento de 2016, estabelecido em outubro passado com base na cotação do preço do barril de petróleo, a 50 dólares. Nesta segunda-feira, o barril do petróleo tipo Brent foi comercializado acima dos 31 dólares.

A recessão, que já dura mais de um ano e meio, deverá continuar em 2016 se o preço do barril do petróleo Brent, que serve de referência na Europa, se mantiver abaixo dos 50 dólares, segundo a previsão do governo russo.

O presidente Vladimir Putin alertou que o país deve ter cautela ao utilizar seus fundos de reserva. "É claro que, nas condições que atravessamos, devemos e vamos utilizar com cuidado esses fundos", afirmou. "É exatamente para isso que esses fundos de reserva existem: para financiar as obrigações sociais em tempos de declínio econômico, e é isso que certamente faremos."

RC/ap/dpa/lusa

Pular a seção Mais sobre este assunto