Altamente dependentes da exportação de commodities, países da região assolados por crises políticas vivem fim de ciclo de bonança econômica, que abala a popularidade de quem está no poder, afirma pesquisadora.
Anúncio
O continente sul-americano viu em 2019 convulsões políticas e protestos de rua eclodirem em diversos países. O Chile discute elaborar uma nova Constituição, o presidente da Bolívia renunciou e se exilou no México, o governo do Equador se transferiu temporariamente para uma nova cidade para evitar manifestações, e a Colômbia viveu nesta semana sua terceira greve geral em um mês.
Há algo em comum entre tais processos? Segundo pesquisa realizada por dois cientistas políticos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), sim. A economia de todos esses países sul-americanos tem alta dependência da exportação de commodities, cujos preços flutuam de forma mais abrupta do que produtos industrializados ou serviços. A queda dos preços das commodities a partir de 2011 reduziu a entrada de recursos e piorou a condição de vida da população, que agora pressiona por mudanças de governo.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores Daniela Campello e Cesar Zucco elaboraram o que chamam de Índice de Bons Tempos Econômicos, que mede a variação do preço das commodities no mercado internacional e da taxa de juros nos Estados Unidos.
Desde a década de 1960, sempre que houve queda consistente no índice, e o continente enfrentou atribulações políticas três vezes: na primeira, eclodiram os golpes militares; na segunda, a redemocratização dos países; e a terceira se desenrola agora.
"É o que chamamos de maldição da volatilidade. As receitas fiscais variam brutalmente, e há falta de continuidade de políticas", diz Campello em entrevista à DW Brasil. O trabalho será publicado em livro pela Cambridge University Press em 2020.
Ela considera que economias tão dependentes do cenário internacional trazem prejuízos à democracia. "Os presidentes que calham de estar no governo num período de bonança, independentemente de agenda política ou nível de corrupção, têm apoio popular, e os presidentes em período de crise têm baixa popularidade […] O eleitor não consegue comparar a competência dos governos", afirma.
Para superar a volatilidade e seus efeitos políticos, ela recomenda que os países adotem políticas econômicas anticíclicas, para economizar durante os bons momentos e gastar mais nos períodos de crise, e diversifiquem a cesta de produtos de exportação.
Campello interpreta a queda brusca da popularidade de Dilma Rousseff após os protestos de junho de 2013 e seu impeachment em 2016 como um sinal antecipado do que viria a se espalhar depois pelo continente.
DW Brasil: O que as recentes crises políticas em países da América do Sul têm em comum?
Daniela Campello: Esses países estão atravessando um processo econômico parecido, o fim de um ciclo de bonança, com consequências políticas. Em comum, eles têm inserção internacional como exportadores de commodities e importadores de capital privado externo. Por isso, as economias são muito sensíveis aos preços das commodities e às taxas de juro internacionais, que determinam o quanto o capital vai ou não para países emergentes.
Nós criamos o que chamamos de Índice de Bons Tempos Econômicos, que resume as flutuações desses dois fatores. O preço das commodities flutua muito mais que o de produtos industrializados, e ficamos reféns desses ciclos. O último período de bonança começou em 2003, quando houve a entrada da China no mercado internacional e o preço das commodities subiu, e acabou por volta de 2011. Nessa fase, você vê todos os presidentes da região, da esquerda do [Hugo] Chávez à direita do [Álvaro] Uribe, bem-sucedidos, com as pessoas satisfeitas, redução de pobreza e os ricos não perdendo.
Esse ciclo se inverteu quando a China começou a desacelerar. O preço das commodities caiu, e o crescimento e o investimento diminuíram. Se antes estava todo mundo ganhando, passa a ser alguns ganham e outros perdem, há mais conflito distributivo. A pobreza e a desigualdade aumentam.
Por que depender da exportação de commodities é um problema?
A gente fica muito exposto, é o que chamamos de maldição da volatilidade. As receitas fiscais variam brutalmente, e há falta de continuidade de políticas. E existe pouco incentivo para o governo não gastar no período de boom, então quando quando chega a crise ninguém economizou. Os períodos de bonança geram expectativas altas que se frustram no período de crise.
O Chile tem um esquema fiscal anticíclico em que eles forçam o governo a economizar na bonança para gastar na crise. Mesmo assim, o país sofreu o resultado de uma redução à metade do crescimento econômico nos últimos anos, pois é uma economia muito dependente do cobre. Falta de diversificação não é bom.
Como isso se reflete na política?
O eleitor tende a votar baseado no seu bem-estar. Os presidentes que calham de estar no governo num período de bonança, independentemente de agenda política ou nível de corrupção, têm apoio popular, e os presidentes em período de crise têm baixa popularidade, independentemente de serem bons ou ruins. O eleitor não consegue comparar a competência dos governos.
A gente teve três ciclos fortes na América do Sul no pós-guerra. Nos anos 1960, a reversão foi justificativa para alguns golpes militares, e nos anos 1980 contribuiu para uma virada para a democracia. Estamos agora na terceira reversão de uma bonança.
Como sua pesquisa interpreta o caso brasileiro?
O Brasil não é dos países mais dependentes de exportação de commodities da região, [o valor das exportações de commodities sobre o total de exportações] está na faixa de 55%. É um valor alto, mas não é dos mais altos. Porém é um país muito dependente de capital externo.
No começo dos anos 1990, houve melhora do cenário internacional, com queda nos juros americanos. Adotamos a âncora cambial, que só seria possível num processo de grande entrada de dólares, o que beneficiou a estabilização econômica e o fim da inflação. O começo do primeiro governo Fernando Henrique [Cardoso] foi beneficiado por esse cenário externo. Já no seu segundo governo, houve alta dos juros americanos, as crises russa e asiática e o fim da âncora cambial, e houve frustração no país.
No período Lula [Luiz Inácio Lula da Silva] houve uma bonança fantástica. A popularidade que ele ainda tem está ligada ao bem-estar que aconteceu durante seu governo, e parte à sua autoridade pessoal e capacidade política dele. Mas a sorte do Lula e o azar da Dilma [Rousseff] são uma realidade indiscutível. Para os apoiadores do PT, a leitura é que o Lula foi competente e a Dilma teve azar, e para os economistas ortodoxos o Lula foi sortudo e a Dilma é incompetente. Para nós, a verdade está no meio do caminho.
O colapso do governo Dilma é associado a uma reversão desse ciclo internacional. Houve uma queda brusca de popularidade e ela perdeu o diálogo, não teve sucesso na retórica de que não havia uma crise. Havia uma crise, e a oposição conseguiu dizer que aquela crise havia sido produzida unicamente no Brasil. Após a eleição, ela fez aquela virada centrista, e o candidato que perdeu [Aécio Neves] não aceitou o resultado e começou o processo de impeachment, um processo político que se utilizou da crise econômica. Aí o Brasil sofreu mais forte do que no resto da região por conta da desestabilização política gerada.
Como o Índice de Bons Tempos Econômicos se relaciona com a popularidade de um presidente?
Temos séries desde o começo dos anos 1980 para todos os países da América do Sul, com exceção do Paraguai. Analisamos a popularidade mensal dos presidentes, e em todos os países a gente vê uma relação positiva entre o Índice de Bons Tempos Econômicos e popularidade. O cenário internacional fica favorável, a vida das pessoas melhora, e as pessoas respondem apoiando mais o governo.
A exceção é o Chile no último período da Michelle Bachelet, quando a política econômica anticíclica virou uma lei. A correlação entre o nosso índice e a popularidade presidencial era positiva no Chile no período inicial. Quando a política anticíclica se torna uma prática, ela deixa de existir, e quando vira lei, a relação se inverte. É uma exceção que confirma a regra, quando a política anticíclica está na lei, o cenário internacional fica favorável, e a popularidade começa a cair, porque o governo está economizando em vez de gastar.
Qual o impacto desses ciclos econômicos no resultado de eleições?
A probabilidade de um presidente ser reeleito ou eleger o seu sucessor em períodos de cenário internacional favorável é quase 50% mais alta do que em desfavorável. Isso é problemático para a democracia, porque no cenário internacional não há nada que um presidente possa fazer para controlar. Os presidentes são julgados por fatores que eles não controlam.
E tem um terceiro aspecto, que são as transições de governo. Codificamos transições desde o final dos anos 1950, e consideramos transição irregular aquela que não acontece segundo as regras ou a data prevista. Num período de reversão, como o que gente está vivendo hoje, tendemos a ter mais transições irregulares, seja na democracia ou da democracia para governos autoritários.
Como superar essa volatilidade e seus efeitos políticos?
É preciso discutir política fiscal anticíclica. Há uma dificuldade dessa agenda com a direita, porque se essa proposta aparecer na mesa hoje vai ter quem diga "estão querendo gastar dinheiro para sair da crise e a gente precisa ter austeridade econômica". Há também uma resistência da esquerda, porque quando se fala em economizar na bonança parece que se está atando a mão dos governos. Nosso teto de gastos foi uma solução simplista, botamos um teto e agora não sobe mais o gasto. Não é essa a ideia.
A outra questão é a diversificação econômica. Existem iniciativas, por exemplo do Banco Mundial e do FMI, para estimular fundos de investimento dos países, que numa primeira etapa funcionem para mitigar esses ciclos internacionais e, numa segunda etapa, para diversificar a economia. Não há nada de muito radical, mas é uma discussão que tem que estar na agenda.
A política anticíclica no Chile não foi suficiente para evitar a atual crise no país.
Há economistas que dizem que sem controle de capital não adianta a política anticíclica, porque os dólares vão entrar e a moeda vai valorizar, o que gera bem estar por si só. Mesmo o FMI, após depois da crise de 2008, começou a se abrir para a possibilidade de controle de capital na entrada. No caso do Chile, mesmo com uma política anticíclica, que mitigou a volatilidade dos ciclos, talvez a dependência tão grande do cobre ainda seja uma questão não resolvida via política fiscal.
Há uma guinada política à direita no continente?
Não leio o que está acontecendo como uma virada à direita, nem o que aconteceu nos anos 2000 como virada à esquerda. Há pouca evidência de que o eleitor latino-americano seja ideológico. Há evidência forte de voto econômico no final dos anos 1990, um cansaço com o modelo e com o crescimento baixo. Houve um voto contra os governos no poder. Da mesma forma, não acho que há uma virada ideológica no Chile contra o governo de direita, mas uma frustração com a perda de poder aquisitivo.
O que se passa em períodos de reversão é que questões latentes nos países emergem. O Chile é um país muito desigual, e existe um desinteresse grande dos jovens pela política. Outras questões latentes são problemas de corrupção, de maus serviços públicos. Num período de bonança, essas questões são mascaradas, mas quando o cenário se reverte, esses problemas voltam para a mesa.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: picture-alliance/Zuma/LaPresse/M. Ujetto
"Os anos 2020 podem ser uma boa década”
"Os anos 2020 podem ser uma boa década”, disse a chanceler federal alemã, Angela Merkel, em seu discurso televisivo de Ano Novo. "Vamos surpreender a nós mesmos mais uma vez com o que somos capazes de fazer. Mudanças para melhor são possíveis quando nos envolvemos aberta e decisivamente em coisas novas.” (31/12)
Foto: Reuters/M. Tantussi
China condena cientista que editou genes de bebês
A China anunciou a condenação de três cientistas que alegam terem criado os primeiros bebês geneticamente editados. He Jiankui recebeu pena de três anos de prisão e dois outros cientistas receberam penas menores. He Jiankui chocou o mundo científico em 2018 ao anunciar o nascimento de duas gêmeas que tiveram seus DNAs alterados para prevenir a infecção por HIV. (30/12)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Schiefelbein
Projeto instala a "pedra do tropeço" de número 75 mil
O projeto das stolpersteine, os paralelepípedos cobertos com latão que lembram vítimas do regime nazista instalou na cidade de Memmingen, no estado da Baviera, a "pedra do tropeço" de número 75 mil. A stolperstein número 75 mil é uma lembrança ao casal Benno e Martha Rosenbaum, que teve o apartamento saqueado pelos nazistas durante a Noite dos Cristais em 1938 e fugiu da Alemanha em 1941. (29/12)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Puchner
Ataque com carro-bomba mata dezenas na Somália
A explosão de um carro-bomba em uma área bastante movimentada de Mogadíscio deixou ao menos 76 mortos. O atentado na capital da Somália ocorreu em um local de tráfego intenso próximo a um posto de controle. A explosão foi a mais mortal dos últimos dois anos. O ataque foi reivindicado pelo grupo terrorista islâmico Al Shabaab. (28/12)
Foto: Reuters/F. Omar
Ano do Rato
Segundo o horóscopo chinês, está chegando ao fim o Ano do Porco, e em 25 de janeiro de 2020 inicia-se o Ano do Rato. Este leão-marinho treinado, do parque de diversões Hakkeijima Sea Paradise, na cidade de Yokohama, Japão, já se prepara, traçando, com tinta e pincel, o ideograma chinês para "rato". (27/12)
Foto: AFP/K. Nogi
Presente dos céus
Um eclipse solar muito especial: o Sol se esconde atrás da Lua, ficando parcialmente visível como um aro luminoso. Por isso, o fenômeno observado neste Natal, sobretudo na Arábia Saudita e na Ásia, é chamado "anel de fogo". O próximo do gênero a ser avistado na Alemanha será em 10 de junho de 2021. Então, basta dormir mais algumas noites... (26/12)
Foto: picture-alliance/dpa/Saudi Press Agency
Nascidos no Natal
Inspirado nas festas de fim de ano, o Synphaet Hospital, em Bangkok, resolveu mudar radicalmente o visual de sua ala de recém-nascidos. Se os pequenos Papais Noel estão de acordo com o figurino, é possivelmente algo que só se saberá daqui a alguns anos. (25/12)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/S. Lalit
Festas na era da mudança climática
Uma estranha superposição: em primeiro plano, um Papai Noel, a imagem da harmonia e de uma permanência idílica. Mas o cenário é a cidade de Veneza, alagada pela mais recente de uma série de enchentes. Um lembrete de que o planeta está em perigo. (24/12)
Foto: Reuters/M. Silvestri
Putin abre ponte para a Crimeia
Com uma viagem de trem, o presidente russo, Vladimir Putin, inaugura uma ponte ferroviária ligando a Rússia à Crimeia, península ucraniana anexada por Moscou em 2014. Com 19 quilômetros, é a mais longa da Europa. A UE protesta e chama a obra de uma "nova violação da soberania e integridade territorial" da Ucrânia. (23/12)
Foto: picture-alliance/dpa/TASS/M. Metzel
Animais nas alturas
Uma vez por ano, os limpadores de janelas em Tóquio se vestem como signos do horóscopo chinês, conhecidos por serem inspirados em animais. A poucos dias da virada do ano, eles celebram o ano passado, do javali, e o próximo, do rato. (22/12)
Foto: Imago Images/Zuma/R. Reyes
Natal branco garantido
Harbin é considerada a "Cidade do Gelo" da China. A metrópole na Manchúria é famosa por seus festivais de neve e gelo. De fato: com temperaturas quase constantemente abaixo dos 10ºC negativos, ninguém precisa temer pela durabilidade das obras de arte minuciosamente trabalhadas. Elas sobreviverão o Natal, e muito mais. (21/12)
Foto: picture-alliance/Xinhua/Z. Tao
Parlamento britânico aprova acordo do Brexit
O Parlamento britânico aprovou o plano do primeiro-ministro Boris Johnson para o Brexit, o que possibilita ao governo conservador cumprir a promessa de consolidar a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) até 31 de janeiro de 2020. A maioria obtida pelo Partido Conservador de Johnson nas eleições de 12 de dezembro permitiu que o texto fosse aprovado por 358 votos contra 234. (20/12)
Foto: picture-alliance/empics/House of Commons
João de Deus é condenado a 19 anos de prisão por crimes sexuais
O "médium” João Teixeira de Faria, que se apresentava como "João de Deus", foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão por crimes sexuais cometidos contra quatro mulheres. Essa foi a primeira sentença contra João de Deus relacionada à série de acusações de abuso sexual que surgiram contra o "médium" no final de 2018. Ele está preso no Complexo Prisional Aparecida de Goiânia, em Goiás. (19/12)
Foto: Getty Images/AFP/E. Sa
Fusão de Fiat Chrysler e Peugeot cria 4ª maior montadora do mundo
Os conselhos de administração do grupo francês PSA, proprietário das marcas Peugeot, Citroën e Opel, e da montadora ítalo-americana Fiat Chrysler Automobiles (FCA) assinaram um acordo para a fusão que deve criar a quarta maior montadora do mundo. As empresas afirmaram que o novo grupo, a ser sediado na Holanda, será liderado pelo português Carlos Tavares, diretor executivo do grupo PSA. (18/12)
Foto: picture-alliance/AA/A. Unal
Ex-presidente do Paquistão Pervez Musharraf é condenado à morte
O ex-presidente do Paquistão Pervez Musharraf foi condenado à morte por um tribunal do país, considerado culpado por crime de alta traição por ter suspenso a Constituição e impor um estado de emergência em 2007. Este é o primeiro caso do tipo no Paquistão. Musharraf ocupou a presidência do Paquistão entre 2001 e 2008, chegando ao poder por um golpe de Estado. (17/12)
Foto: Getty Images/AFP/A. Qureshi
Presidente alemão condena "nacionalismo exacerbado"
O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, fez um alerta contra nacionalismo e pediu coesão na Europa. "Uma Europa unida e pacífica: essa é a lição que nós, europeus, tiramos do nacionalismo exacerbado e racismo, da guerra de aniquilação", disse em discurso numa cerimônia na Bélgica para lembrar o 75º aniversário do início da Ofensiva das Ardenas pelas tropas nazistas, na 2° Guerra. (16/12)
Foto: Getty Images/AFP/Belga/D. Waem
Relaxando antes das festas
O aquário próximo à capital Heraclion é uma das maiores atrações da Ilha de Creta, na Grécia. Nos últimos dias, uma figura vermelha e branca se mistura inesperadamente aos peixes e tartarugas marinhas. Dizem os boatos que é Papai Noel querendo sair um pouco de circulação e relaxar antes da agitação de fim de ano. (15/12)
Foto: Getty Images/AFP/J. Tavlas
A hora e a vez das sardinhas
Apertados como os proverbiais peixes, dezenas de milhares de cidadãos encheram a Piazza San Giovanni, tradicional local de manifestações de sindicatos e esquerda em Roma. Movimento das Sardinhas completa um mês protestando contra intolerância, nacionalismo e extremismo de direita na Itália. (14/12)
Foto: Getty Images/AFP/A. Solaro
Britânicos optam novamente pelo Brexit
O Partido Conservador do atual primeiro-ministro, Boris Johnson, conquistou a maioria absoluta dos assentos no Parlamento do Reino Unido nas eleições realizadas no país. Esse resultado eleitoral garante ao premiê o número de parlamentares necessários para conduzir o Brexit em 31 de janeiro. Trabalhistas de Jeremy Corbyn têm maior derrota desde 1935.(13/12)
Foto: picture.alliance/Zumapress/D. Haria
Rússia expulsa dois diplomatas alemães
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia convocou o embaixador alemão para comunicar que dois diplomatas da Alemanha serão expulsos de Moscou. O gesto é uma retaliação ao caso dos dois oficiais russos que haviam sido expulsos, na semana passada, pela Alemanha, devido a uma possível conexão com o assassinato de um cidadão georgiano e ex-comandante checheno, em Berlim. (12/12)
Foto: picture-alliance/AA/S. Karacan
Greta Thunberg é eleita Pessoa do Ano pela "Time"
A ativista sueca Greta Thunberg, que virou o rosto de um movimento global entre jovens por uma política climática mais assertiva, foi anunciada como a Pessoa do Ano de 2019 pela revista Time. Uma foto da ativista de 16 anos é a capa da mais recente edição da Time e está acompanhada da manchete "O poder da juventude". (11/12)
Foto: Reuters/Time
Morre Marie Fredriksson
A vocalista da dupla pop sueca Roxette, Marie Fredriksson, morreu depois de uma "longa batalha de 17 anos contra o câncer". Ela tinha 61 anos. Como parte do Roxette, lançou diversos sucessos nos anos 1980 e 1990, incluindo "Listen To Your Heart" e "It Must Have Been Love". (10/12)
Foto: Imago Images/TT/C. Bresciani
Rússia é banida de eventos esportivos
A Rússia está banida dos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020 e de todos os grandes eventos esportivos mundiais por um período de quatro anos, anunciou a Agência Mundial Antidoping (Wada). O Comitê Executivo da Wada concluiu que Moscou adulterou dados laboratoriais ao utilizar evidências falsas e apagar arquivos ligados aos resultados positivos de testes antidoping. (09/12)
Foto: picture alliance/dpa/Keystone/J.C. Bott
Aquecimento à la Boris
Antes das eleições parlamentares da próxima quinta-feira, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, tenta angariar pontos – nem que seja treinando um time de futebol de meninas da região de Manchester. A postura não é das mais elegantes, mas assim ele vai se acostumando a aparar bolas pesadas dos adversários. A luta será dura. (08/12)
Foto: Reuters/T. Melville
Fumaça tóxica
Há semanas, incêndios florestais devastam a costa leste da Austrália. Diante da impossibilidade de bombeiros conterem as chamas, os diversos focos estão se fundindo em um mega-incêndio. A fumaça amarelada tóxica já chegou até Sydney, contaminando o ar na metrópole. Apesar do risco para a saúde, esse casal fez o ensaio fotográfico do casamento ao ar livre. (07/12)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Saphore
Merkel visita Auschwitz pela primeira vez como chefe de governo
Ao visitar pela primeira vez o antigo campo de Auschwitz-Birkenau, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, disse ser preciso combater com determinação o antissemitismo. "Não toleramos antissemitismo algum ", afirmou. Em companhia do primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, Merkel depositou uma coroa de flores no chamado Muro da Morte, local da execução de milhares de pessoas. (06/12)
Foto: picture-alliance/dpa/R. Michael
Greve geral na França
Uma greve geral contra a reforma da Previdência planejada pelo presidente da França, Emmanuel Macron, paralisou diversos serviços no país, incluindo trens, aviões, escolas e hospitais. Mais de 800 mil pessoas foram às ruas em protestos que ocorreram em diversas cidades, nas maiores manifestações desde o início da crise dos "coletes amarelos". (05/12)
Foto: Reuters/Tessier
Alemanha expulsa diplomatas russos após crime em Berlim
A Alemanha anunciou a expulsão de dois diplomatas russos após promotores terem afirmado que há indícios de envolvimento de Moscou no assassinato de um ex-combatente rebelde da Chechênia em um parque em Berlim. O crime ocorreu em agosto. O Ministério do Exterior russo prometeu "medidas de retaliação" à decisão de Berlim. (04/12)
Foto: picture-alliance/dpa/C. Soeder
Cemitérios judaicos profanados na França
Desconhecidos profanaram dois cemitérios judaicos na região da Alsácia, na França, próxima à fronteira com a Alemanha. Inscrições antissemitas e suásticas foram encontradas em 107 túmulos do cemitério de Westhoffen. Em Schaffhouse-sur-Zorn, túmulos também amanheceram com pichações antissemitas. A polícia está investigando os casos. (03/12)
Foto: picture-alliance/AP Photo
EUA anunciam sanções contra o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o Brasil e a Argentina de desvalorizarem suas moedas de forma "maciça" e disse que vai voltar a impor tarifas sobre importações de aço e alumínio de ambos os países. O presidente Jair Bolsonaro afirmou que não considera a decisão de Trump retaliação e que se necessário conversará com o mandatário americano. (02/12)
Foto: picture-alliance/AP Photo/S. Walsh
Bomba da Segunda Guerra paralisa Turim
A descoberta de uma bomba da Segunda Guerra Mundial em Turim, na Itália, levou 10 mil pessoas a deixarem suas casas para a remoção do artefato por especialistas. O explosivo de fabricação britânica foi encontrado no centro histórico da cidade Todos os habitantes da "zona vermelha" ao redor da Via Nizza, no coração da cidade, foram evacuados. (01/12)