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Economistas lançam carta por voto útil em Lula

27 de setembro de 2022

Grupo ligado a instituições do Brasil, dos EUA, do Canadá e do Reino Unido discorda de políticas passadas do PT, mas afirma que ex-presidente é a melhor opção para o Brasil agora e deve vencer no primeiro turno.

Luiz Inácio Lula da Silva
Lula lidera as pesquisas de intenções de voto desde o início da campanhaFoto: Yuri Murakami/Zumapress/picture-alliance

Um grupo de 38 economistas ligados a instituições de ensino do Brasil e do exterior divulgou uma carta em defesa do voto útil nas eleições presidenciais de 2 de outubro.

Embora não concordem com todas as políticas do PT em gestões passadas, os economistas afirmam que o voto em Luiz Inácio Lula da Silva já no primeiro turno é a melhor opção para o Brasil no momento. 

"Em que pesem sérias discordâncias a respeito de políticas implementadas no passado por governos do PT, reconhecemos no ex-presidente Lula a única liderança capaz de derrotar o atraso maior representado pelo atual governo. Viabilizar a sua vitória em primeiro turno nos parece a resposta mais contundente, segura e efetiva de proteção à democracia no Brasil, aumentando assim o compromisso do futuro governo com políticas que unifiquem o país", diz a carta intitulada Economistas defendem voto em Lula no primeiro turno.

Os economistas estão ligados a universidades brasileiras - FGV, UFF, UFPE, Puc-Rio, USP e Insper - e estrangeiras: George Washington University, Johns Hopkins University, Princeton, University of California - Davis, University of California - Los Angeles, University of California - San Diego, University of Delaware e Yale, dos Estados Unidos; University of Cambridge, University College London e London School of Economics, do Reino Unido; e University of British Columbia, do Canadá.

Onda de voto útil?

07:55

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Os especialistas da área econômica argumentam que "as ações e a inépcia do atual governo causaram um desastre no processo de desenvolvimento institucional e socioeconômico do país, afetando dramaticamente o bem-estar da população brasileira".

Má gestão de Bolsonaro

Sem citar Jair Bolsonaro nominalmente, eles apontam que o atual presidente "promoveu o desmonte do aparato de fiscalização de crimes ambientais; adotou uma política de saúde "calamitosa" , gerindo mal a pandemia de covid-19 e demonstrando "total falta empatia com as pessoas que sofriam com a morte de entes queridos" pela doença; não fez "qualquer avanço na política educacional"; e adotou uma política de segurança pública pautada por "estimular a resolução de conflitos de forma individual e violenta", facilitando o acesso da população a armas de fogo e munições.

Na área econômica, segundo o grupo, Bolsonaro desmontou o orçamento federal e criou "gastos direcionados a grupos de eleitores e interesses específicos meses antes da eleição – uma afronta às instituições eleitorais”.

"Apesar da retórica, houve um desmonte da capacidade institucional de combate à corrupção, e várias denúncias envolvendo o atual governo, o próprio presidente e seus familiares não foram esclarecidas", diz o texto.

Os economistas finalizam a carta dizendo que o atual presidente fez e continua fazendo "reiteradas ameaças à democracia, agredindo o judiciário, afirmando que não respeitará os resultados da eleição e fomentando um clima de profunda instabilidade e o risco real de ruptura institucional”.

Lula lidera pesquisas

Lula lidera as pesquisas de intenções de voto desde o início da campanha.Pesquisa Ipec divulgada na segunda-feira mostra que o petista tem chances de vencer já no primeiro turno.

Lula aparece com 48% dos votos, contra 31% de Bolsonaro. Considerando apenas os votos válidos, que excluem brancos e nulos, Lula teria 52%. Para vencer no primeiro turno, são necessários 50% dos votos mais um.

le/lf (ots)

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