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Eduardo Bolsonaro é destituído da presidência do PSL em SP

6 de dezembro de 2019

Decisão foi tomada pela direção nacional do partido e divulgada no sistema do TSE. Deputado federal, que deve deixar a sigla junto com o pai, já havia sido punido com afastamento das atividades partidárias por 12 meses.

Deputado Eduardo Bolsonaro atrás de seu pai, Jair Bolsonaro
Filho do presidente, deputado Eduardo Bolsonaro foi um dos 18 deputados punidos nesta semana pelo PSLFoto: Getty Images/AFP/S. Lima

O deputado federal Eduardo Bolsonaro foi destituído do cargo de presidente do PSL em São Paulo pela direção nacional da legenda, de acordo com registro publicado nesta quinta-feira (05/12) no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A destituição ocorreu nesta terça-feira, mesma data em que o Diretório Nacional do PSL confirmou a punição a 18 deputados da sigla ligados ao presidente Jair Bolsonaro, pai de Eduardo.

As sanções vão de advertência a suspensão das atividades partidárias. Eduardo recebeu suspensão de 12 meses, tendo, portanto, que deixar o posto de líder da bancada do partido na Câmara dos Deputados, cargo que conquistou no mês passado após uma batalha de listas de apoio contra o deputado Delegado Waldir (GO). Ao conquistar a liderança, Eduardo desistiu da indicação para ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos. 

Alguns dos punidos já indicaram que pretendem deixar o PSL e migrar para o partido que Bolsonaro tem intenção de criar, a Aliança pelo Brasil. A criação da sigla, no entanto, depende do recolhimento de 500 mil assinaturas, coletadas em ao menos nove estados. Essa lista de apoio deve ser apresentada no momento em que o pedido de abertura for protocolado no TSE, que analisará a questão.

A decisão de Bolsonaro de deixar o PSL ocorreu após uma disputa entre o clã Bolsonaro e o presidente nacional da sigla, Luciano Bivar, pelo controle da legenda, que é alvo de uma série de acusações de candidaturas laranjas.

A disputa envolve também o poder sobre os imensos fundos partidários aos quais o partido tem direito depois de ter se tornado a segunda maior bancada da Câmara – a previsão é que a legenda receba 110 milhões de reais neste ano.

Oficialmente, o grupo de Bolsonaro no PSL manteve o discurso de que está insatisfeito com Bivar por causa da falta de transparência no comando da sigla e a eclosão das suspeitas em torno das candidaturas de fachada em Pernambuco.

Ainda assim, o próprio presidente da República insiste em manter no cargo o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que também é suspeito de comandar um esquema similar de candidaturas laranjas em Minas Gerais.

MD/ots

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