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Egito abre fronteira com Gaza em Rafah por dois dias

22 de dezembro de 2014

Centenas de palestinos cruzam para o lado egípcio. Única ligação de Gaza com o mundo que não é controlada por Israel foi reaberta temporariamente no mesmo fim de semana em que Israel voltou a atacar o enclave.

Foto: Reuters/I.A. Mustafa

Cerca de 630 palestinos deixaram a Faixa de Gaza com destino ao Egito neste domingo (21/12), segundo um oficial palestino. Cairo abriu temporariamente a fronteira em Rafah pela primeira vez em quase dois meses.

Todos os que cruzaram a fronteira buscavam tratamento médico ou tinham permissão de residência no exterior, de acordo com Maher Abu Sabha, diretor de passagem de fronteira da Faixa de Gaza. Ele disse que, nesta segunda-feira, palestinos que estudam no exterior teriam permissão para entrar no Egito.

Ao mesmo tempo, a mídia egípcia relatou que Cairo deportou 52 palestinos para Gaza através de Rafah neste domingo. Segundo a agência de notícias MENA, 30 deles estavam vivendo ilegalmente no Egito, e os demais haviam tentado entrar no país sem um visto.

A fronteira com Rafah é a única ligação de Gaza com o mundo não controlada por Israel. Ela foi fechada pelo Egito em 25 de outubro, após um atentado suicida na península do Sinai. A passagem foi reaberta no fim de novembro, mas apenas para permitir que palestinos bloqueados no Egito pudessem voltar para casa.

O fechamento da fronteira impediu que milhares de habitantes de Gaza tivessem acesso a tratamento médico ou ao ensino superior no Egito e em outros países. Além disso, impediu que cerca de 3.500 palestinos retornassem para casa, segundo o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários.

Também neste fim de semana, Israel voltou a atacar Gaza – pela primeira vez desde o cessar-fogo firmado em agosto. O ataque deste sábado foi realizado após um foguete atingir o Estado judeu, de acordo com o Exército israelense e testemunhas.

Ambas as investidas não deixaram mortos ou feridos, segundo autoridades. Foi a terceira vez que um foguete foi disparado a partir de Gaza desde a trégua firmada entre Israel e o movimento palestino Hamas em 26 de agosto.

LPF/afp/rtr/lusa

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