Estátua é encontrada fragmentada em grandes pedaços e mede no total cerca de oito metros. Ela seria de Ramsés 2º, que governou o Egito há mais de 3 mil anos.
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Um time de arqueólogos egípcios e alemães encontrou duas estátuas de faraós da 19ª dinastia em uma escavação na área suburbana do Cairo, informou nesta quinta-feira (09/03) o Ministério de Antiguidades do Egito. Segundo o presidente do setor de Antiguidades Egípcias, Mahmoud Afifi, acredita-se que uma das estátuas seja de Ramsés 2º.
A descoberta aconteceu na zona arqueológica de Ain Shams, na antiga cidade de Heliópolis, que agora é um bairro da capital egípcia. A estátua maior, inicialmente atribuída a Ramsés 2º, foi encontrada fragmentada em grandes pedaços de quartzito, e mede no total cerca de oito metros.
A outra peça é a parte superior de uma estátua em tamanho natural do rei Seti, filho de Ramsés 1º e o segundo faraó da mesma dinastia. Ela é feita de caliça e tem aproximadamente 80 centímetros.
O chefe da missão egípcia, Ayman Ashmaui, qualificou o achado como "muito importante" por sugerir que o templo de Oun era uma "estrutura magnífica". "A descoberta das duas estátuas mostra a importância da cidade de Heliópolis, que era dedicada ao culto de Ra", o deus Sol, afirmou Ashmawy.
Ashmawy disse ainda que as escavações e as pesquisas continuam em busca das demais peças para corroborar a identidade da estátua maior, já que a parte encontrada não tem epigrafia que indique a quem pertence.
Os arqueólogos acreditam, no entanto, que poderia ser de Ramsés 2º pelo fato de que foi descoberta em frente ao portal de seu templo. O faraó governou o Egito há mais de 3 mil anos, de 1279 a 1213 a.C., e sua efígie pode ser vista em uma série de sítios arqueológicos espalhados pelo país. O mais famoso monumento a Ramsés 2º se encontra em Abu Simbol, perto do Sudão.
O ministro de Antiguidades, Khaled al-Anani, disse que a estátua será transferida ao novo Museu Egípcio para ser restaurada e exposta em um local que será inaugurado parcialmente em 2018.
IP/afp/efe/ap
Cleópatra, a eterna diva
Artistas barrocos a estilizaram como diva pecaminosa, a cultura pop ocidental a celebra como ícone. Exposição em Bonn segue os passos do mito Cleópatra, a enigmática rainha egípcia.
Foto: London Express/dpa/picture-alliance
A grande sedutora
Intrigante e inteligente, diva pecaminosa, ícone da cultura pop: última rainha do Egito antigo fascina artistas até hoje. Cada época criou sua imagem da eterna diva – também o século 20: em 1963, a estrela Liz Taylor interpretou Cleópatra no filme homônimo como uma grande sedutora – e foi imortalizada por esse papel. A seguir, uma viagem no tempo, nos passos da enigmática soberana.
Foto: imago stock&people
Três poderosos de Roma
Sobre a Cleópatra histórica (69-30 a.C) pouco se sabe. Em vida a última rainha egípcia era considerada a mulher mais rica do mundo. Ela se confrontou com três romanos poderosos: Júlio César (foto), Marco Antônio e Otaviano – que mais tarde se tornaria o imperador Augusto. César a ajudou no caminho para a hegemonia do Egito. Com ele, Cleópatra teve um filho. Mas então veio a catástrofe…
Foto: Hulton Archive/Getty Images
Exuberância celebrada
Cenas da vida de Cleópatra adornavam as paredes das residências senhoriais barrocas. Dois episódios em especial fascinavam a gente da época: o primeiro encontro com o amante Marco Antônio; e o banquete em que Cleópatra supostamente dissolveu em vinagre a pérola mais cara da época, para depois bebê-la.
Foto: Bundeskunsthalle Bonn
Egito Antigo em voga
A partir de 1800, uma onda de entusiasmo pelo Egito varreu a Europa. Os pintores mostravam Cleópatra num ambiente egípcio-oriental, a antiga rainha se transformou numa enigmática "femme fatale". Isso fica especialmente evidente no teatro, o centro da vida cultural burguesa no século 19. Na foto, a atriz francesa Sarah Bernhardt como Cleópatra, em 1891.
Foto: public domain
Regente com "glamour"
Como personagem do cinema, Cleópatra marca até hoje. Sua história foi filmada já na era do cinema mudo. Liz Taylor a interpretou como regente plena de "glamour" e ampla visão política. E 50 anos depois, a atriz segue associada com a imagem de Cleópatra – aqui ao lado de Richard Burton, como Marco Antônio. Mas uma nova versão hollywoodiana está a caminho, com Angelina Jolie cogitada para o papel.
Foto: imago stock&people
Foxxy Cleopatra
Mas também a atriz Halle Berry está sendo cogitada para representar Cleópatra. Há uma razão: desde o final do século 19, os afro-americanos se identificam com a soberana egípcia, pois veem nela uma ligação com a África e a realeza africana. Na foto, a cantora afro-americana Beyoncé como a personagem Foxxy Cleópatra na comédia " Austin Powers – O homem do membro de ouro", de 2002.
Foto: imago stock&people
Cleópatra e seus atributos
Também outros artistas, como a cantora Lady Gaga (foto), gostam de se apresentar como Cleópatra. Para tal, costumam "citar" determinados atributos relacionados às representações da rainha: a maquiagem escura dos olhos de Liz Taylor, as pérolas, o ouro opulento, as poses lascivas. Essas mini-homenagens transformaram Cleópatra num ícone da cultura pop.