Espaço passou por restauração. Obra faz parte de política de recuperação da herança cultural e religiosa do país para promover a indústria do turismo, além de ser um sinal de tolerância.
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O Egito reabriu nesta sexta-feira (10/01) uma sinagoga do século 14 que foi restaurada em Alexandria. A restauração faz parte da política de recuperação de sua rica herança cultural e religiosa, além de ser um sinal de tolerância no país de maioria muçulmana.
A sinagoga é a maior das duas existentes em Alexandria. Eliyahu Hanavi possui vitrais verdes e violetas e imponentes colunas de mármore. A reforma começou em 2016, depois do colapso do telhado.
Construída em 1354, a sinagoga foi bombardeada durante a invasão francesa do Egito, por Napoleão Bonaparte em 1798, ficando fortemente danificada. Em 1850, um novo edifício foi construído sobre o original.
A obra de revitalização custou 6,2 milhões de dólares, cerca de 25,3 milhões de reais, segundo a imprensa egípcia. De acordo com autoridades a restauração incluiu a fachada, a decoração e o sistema de iluminação.
"A restauração da sinagoga envia uma mensagem ao mundo enfatizando que o Egito está interessado na sua herança islâmica, copta e judaica", afirmou o diretor do museu da Biblioteca de Alexandria, Hussein Abdel-Baseer.
Nos últimos anos, o Egito tem investido na reforma de muitas relíquias de diferentes períodos na busca por revitalizar a indústria do turismo, uma das principais fontes de renda do país.
A cidade de Alexandria chegou a abrigar no passado 40 mil judeus, mas atualmente restam poucos deles no país. O Egito foi o primeiro país árabe a assinar um tratado de paz com Israel em 1979.
As incríveis semelhanças entre Egito e China na Antiguidade
Exposição no Novo Museu de Berlim revela como, apesar de não terem contato, antigos chineses e egípcios tinham mais em comum do que se imagina – de ritos funerários ao consumo de bebidas, cosméticos e o amor pelos cães.
Foto: Ägyptisches Museum und Papyrussammlung, Staatliche
Museen zu Berlin, Margarete Büsing
Uma roupa de jade para a eternidade
Assim como os egípcios, os chineses desenvolveram complexos ritos funerários para proteger seus mortos no além. Esta vestimenta com que um membro da família real foi enterrado consiste de 2.216 placas de jade. Só os fios de prata que os unem já pesam um quilo. A peça faz parte da exposição ''China e Egito: Berços da humanidade", no Novo Museu de Berlim.
Foto: Xuzhou Museum
Máscaras de múmias e seus símbolos
No antigo Egito, as múmias muitas vezes portavam máscaras com traços faciais individualizados. Esta máscara parcialmente dourada de Ta-Sherit-en-Hor ostenta um escaravelho alado sagrado no alto da cabeça .Na testa foi também pintado um olho de Hórus, símbolo da proteção do deus da luz.
Foto: Ägyptisches Museum und Papyrussammlung, Staatliche
Museen zu Berlin, Margarete Büsing
Bebidas e religião
O álcool tinha papel importante para ambas as civilizações na antiguidade. Na China, as bebidas eram produzidas a partir de cereais e consumidas nas cerimônias religiosas. Elas eram armazenadas em preciosas jarras como esta, em formato de coruja, da Dinastia Han Ocidental (206 a.C-8º d.C.).
Foto: Shanghai Museum
Vinho para os ancestrais
Achados arqueológicos e documentos antigos mostram que na China o vinho também era usado como oferenda aos deuses. Ele era aquecido sobre carvão, para que os antepassados apreciassem seu vapor, e despejado sobre pedras e fontes, a fim de aplacar as divindades e espíritos. Este recipiente em forma de boi data do fim do período Shang (século 13-11 a.C.).
Foto: Shanghai Museum
Literatura para os mortos
O Egito e a China constam entre as civilizações mais antigas que desenvolveram um sistema de escrita. Por volta de 3000 a.C., os egípcios já escreviam, em geral sobre papiro. Este Livro dos Mortos pertenceu a Ta-remetch-en-Bastet, no início do Período Ptolomaico. Entre os mais antigos artefatos de escrita chineses, estão tiras de bambu e os assim chamados "ossos oraculares".
Foto: Ägyptisches Museum und Papyrussammlung, Staatliche Museen zu Berlin, Andreas Paasch
Assim se vestiam os servos chineses
As condições climáticas favoráveis ajudaram a preservar por muitos séculos os trajes de linho do antigo Egito. Já na China, roupas produzidas com algas e, mais tarde, algodão não se conservaram. Esta estátua, no entanto, dá uma boa ideia do que trajavam os servos na Dinastia Han Ocidental.