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EI coloca explosivos em ruínas de Palmira

21 de junho de 2015

Jihadistas colocam minas terrestres em torno de ruínas históricas na cidade síria. Segundo organização de direitos humanos, o real motivo por trás da ação dos extremistas ainda é incerto.

Foto: picture-alliance/CPA Media/Pictures From History/D. Henley

Insurgentes do grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) estão colocando minas terrestres e explosivos para, possivelmente, destruir estruturas antigas na cidade síria de Palmira, afirmou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, neste domingo (21/06).

"Eles [os jihadistas] colocaram alguns [explosivos] em torno do teatro romano. Nós ainda não sabemos o real motivo", disse o diretor da organização com sede em Londres, Rami Abdel Rahman.

"Não sabemos se o objetivo é explodir as ruínas ou impedir que as forças do regime avancem à cidade", acrescentou, explicando que as forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, lutam para tirar o controle da cidade das mãos dos jihadistas.

O responsável pelo patrimônio histórico da Síria, Mamoun Abdulkarim, afirmou que a notícia da instalação de bombas em locais históricos de Palmira parece ser verdadeira e que a cidade segue "refém" nas mãos dos terroristas.

O EI assumiu o controle sobre Palmira há um mês. A cidade, que é declarada Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco, possui ruínas de templos greco-romanos que têm mais de dois mil anos de existência.

Os militantes já destruíram várias esculturas de valores inestimáveis, além de um museu, em Hatra, no Iraque, que abrigava tesouros do império babilônico. A captura de Palmira levantou temores de que a cidade histórica, também conhecida como Tadmur, possa sofrer o mesmo destino.

Os militantes do EI capturaram vastas áreas do Iraque e da Síria e têm como objetivo estabelecer um califado islâmico baseado numa interpretação extrema da lei islâmica, a charia.

PV/afp/dpa/rtr/kna

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