Sobreviventes do massacre que deixou ao menos 50 mortos em boate gay de Orlando relatam cenário de horror. Atirador fez reféns e foi morto pela polícia.
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Frequentadores que conseguiram escapar do atirador que matou ao menos 50 pessoas numa casa noturna gay em Orlando neste domingo (12/06) relatam um cenário de horror.
"Pensei, isso é sério? Então só me agachei. E disse 'por favor, por favor, quero conseguir sair daqui'. E quando eu fui, vi pessoas baleadas. Vi sangue. Você reza para não levar um tiro", conta Christopher Hansen, que estava na área VIP da boate quando o homem armado com um rifle e uma pistola começou o massacre.
"Ouvi 20, 40, 50 tiros", diz Jon Alamo, que estava na área de trás da boate Pulse quando o atirador apareceu. "A música parou", relata. Ao menos 53 pessoas ficaram feridas.
Segundo o frequentador Rob Rick, o tiroteio começou às 2h (horário local), pouco antes de o clube fechar. "Todos estavam bebendo o último drinque", conta. Ao ouvir os tiros, ele se arrastou até uma cabine de DJ e conseguiu sair pelos fundos. Um segurança derrubou uma divisória que dava acesso a uma área exclusiva para funcionários.
Durante o tiroteio, a direção da Pulse publicou um post de alerta no Facebook: "Saiam da Pulse e continuem correndo."
"Pessoas na pista de dança e no bar se deitaram no chão e alguns de nós que estávamos no bar e perto da saída conseguimos sair e correr", lembra Ricardo Almodovar. Segundo o portorriquenho, os tiros foram disparados sem interrupção por cerca de um minuto.
Reféns
Policiais que estavam próximos do local entraram na boate e trocaram tiros com o atirador. Ele foi para os fundos da casa noturna e manteve como reféns os frequentadores que não conseguiram fugir por cerca de três horas.
Agentes da Swat, forças especiais da polícia americana, entraram na Pulse por volta das 5h (horário local) e mataram o homem, identificado como Omar Siddiqui Mateen, americano de ascendência afegã.
O FBI investiga o caso como "ato terrorista" e não descarta a possibilidade de ligação do suspeito com o extremismo islâmico. O "Estado Islâmico" reivindicou a autoria do massacre.
Depois que a situação foi controlada na boate, a Pulse escreveu novamente em sua página no Facebook: "Por favor, mantenham todos em suas orações enquanto lidamos com esse trágico evento. Obrigado por seus pensamentos e amor."
O Centro Comunitário de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros Central Florida convocou uma vigília para a noite deste domingo. "Esse foi um ataque contra a comunidade LGBT", disse o presidente da organização, Terry DeCarlo.
KG/afp/dpa
O massacre de Orlando
Os Estados Unidos viveram o maior massacre a tiros de sua história: um homem armado abriu fogo em uma casa noturna na Flórida deixando dezenas de mortos e feridos, antes de ser morto pela polícia.
Foto: picture-alliance/AP Images/B. Self
No fim da noite
O tiroteio na casa noturna Pulse, em Orlando, começou por volta das 2h (horário local), pouco antes de o clube fechar. "Todos estavam bebendo o último drinque", conta um sobrevivente. O atirador abriu fogo e matou ao menos 50 pessoas. Mais de 50 outras ficaram feridas.
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. M. Ebenhack
Reféns por três horas
O homem armado com um rifle e uma pistola abriu fogo contra os frequentadores do clube noturno Pulse, na área central da cidade, e fez reféns por cerca de três horas. A polícia decidiu entrar no local e chegou a trocar tiros com o atirador, que foi morto. Não se sabe quantos dos reféns foram mortos na troca de tiros.
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. M. Ebenhack
Ação da Swat
Agentes da Swat, forças especiais da polícia americana, entraram na Pulse por volta das 5h (horário local) e mataram o homem.
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. M. Ebenhack
Estado de emergência
O maior massacre da história dos Estados Unidos fez a Flórida e a cidade de Orlando declararem estado de emergência. A Casa Branca informou que o presidente americano, Barack Obama, está acompanhando as investigações junto ao FBI.
Foto: Reuters/K. Kolczynski
"Você reza para não levar um tiro"
"Pensei, isso é sério? Então só me agachei. E disse 'por favor, por favor, quero conseguir sair daqui'. E quando eu fui, vi pessoas baleadas. Vi sangue. Você reza para não levar um tiro", contou Christopher Hansen, que estava na área VIP da boate quando o homem armado com um rifle e uma pistola começou o massacre. Na foto, parente de vítima é consolado em frente à casa noturna.
Foto: Reuters/S. Nesius
Tiros ininterruptos
"Pessoas na pista de dança e no bar se deitaram no chão e alguns de nós que estávamos no bar e perto da saída conseguimos sair e correr", lembra Ricardo Almodovar. Segundo o portorriquenho, os tiros foram disparados sem interrupção por cerca de um minuto.
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. M. Ebenhack
Obama lamenta
O presidente americano afirmou que o maior massacre a tiros da história dos EUA foi um ataque contra todos os americanos e voltou tocar na questão do porte de armas, um discurso repetido em mesmo tom por Hillary Clinton.
Foto: Getty Images/A. Wong
Ruas isoladas
Mais de 12 horas após o ataque, as ruas em torno da discoteca continuavam isoladas. O incidente é investigado pelo FBI (a polícia federal americana) como um ato de terrorismo. Os primeiros detalhes sobre o atirador sugerem um homem instável, violento, homofóbico e simpatizante do "Estado Islâmico".
Foto: picture-alliance/AP Photo/C. O'Meara
Doação de sangue
Americanos fizeram fila em Orlando para doar sangue, após um apelo feito pelas autoridades locais. Pelo menos 53 pessoas ficaram feridas no ataque, muitas delas em estado grave.