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++ Eleição alemã tem resultado apertado ++

26 de setembro de 2021

Pesquisa mostra sociais-democratas do SPD com 25%, alta de 4,5 pontos sobre a eleição passada. CDU/CSU, de Merkel, também registra 25%, seu pior resultado desde 1949. Acompanhe a cobertura.

Deutschland Wahlen I SPD I Reaktionen Prognose
Foto: Leon Kuegeler/REUTERS

Os eleitores alemães foram às urnas neste domingo (26/09) para escolher quem vai liderar o país após a aposentadoria da chanceler federal Angela Merkel, que deixa o poder após 16 anos de governo.

É provável que o futuro governo alemão fique a cargo de uma coalizão de pelo menos três partidos, algo que não ocorre na Alemanha desde o fim dos anos 1950. Negociações para a formação arriscam se arrastar por meses, adiando a aposentadoria de Merkel, a primeira chefe de governo alemã do pós-guerra a deixar o poder por vontade própria. Esta também é a primeira eleição desde 1949 que não conta com um chanceler no poder em busca da reeleição.

A disputa pelo primeiro lugar nas eleições federais se afunilou entre a União Democrata Cristã (CDU), o partido de Merkel, que tem como candidato à Chancelaria Federal o Armin Laschet, e o Partido Social-Democrata (SPD), que disputa com Olaf Scholz.

A pesquisa de boca de urna indicou um empate entre o SPD e a CDU, que disputa o pleito junto com seu braço bávaro, a União Social Cristã (CSU). Segundo o levantamento, ambos têm 25% dos votos. Os Verdes vêm em terceiro, com 15% dos votos. 

A apuração dos votos já começou e deve terminar apenas na segunda-feira. Confira a evolução da apuração:

Abaixo, a projeção da distribuição das cadeiras do Bundestag:

Cerca de 60 milhões de alemães com mais de 18 anos estavam aptos a votar. Muitos o fizeram pelo correio. Cerca de 2,8 milhões de jovens eleitores, que só conhecem Merkel no poder, puderam votar pela primeira vez. A campanha foi dominada por temas como mudança climática, imigração, gestão da pandemia de covid-19 e o futuro da economia numa era pós-Merkel.

Na Alemanha, os eleitores não votam diretamente nos candidatos à chefia de governo, mas em seus partidos. Normalmente, cabe à legenda que conquistar mais cadeiras no Bundestag liderar um governo – e consequentemente escolher o chanceler federal. Ainda assim, para efeitos de campanha, os partidos já indicam de antemão quem são seus pretendentes a liderar um eventual governo. Leia mais

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15h10: Transmissão encerrada

A atualização deste texto com novidades sobre as eleições alemãs foi encerrada. Confira mais notícias e análises sobre o tema na DW Brasil.

14h40: Laschet, da CDU, também diz que tem mandato para liderar coalizão

Armin Laschet, candidato a chanceler da União Democrata Cristã (CDU), partido de Merkel, afirmou após a divulgação do resultado da pesquisa de boca de urna que seu partido recebeu um "claro mandato" dos eleitores e que a legenda fará todo o possível para liderar a formação de uma coalizão para o novo governo alemão.

Segundo a boca de urna, a CDU/CSU teve 25% dos votos, empatado com os sociais-democratas do SPD, que também afirmaram neste domingo que receberam um mandato dos eleitores para liderar a formação de uma coalizão.

"Parece que, pela primeira vez, teremos um governo alemão com três parceiros de coalizão e nós como CDU recebemos um claro mandato de nossos eleitores: um voto dado para a União é um voto dado contra um governo de esquerda. Por isso, vamos fazer tudo o que pudermos para formar um governo alemão liderado pela CDU", disse. 

14h25: Apesar de crescimento, secretário-geral dos Verdes diz ser difícil "apreciar o resultado"

O secretário-geral dos Verdes, Michael Kellner, disse que a pesquisa de boca de urna mostrou que partido "ganhou consideravelmente, mas é difícil para mim realmente apreciar [o resultado]". "Cometemos nossos próprios erros. (...) Vamos avaliar com calma depois do resultado das eleições, que lições podemos tirar."

Os Verdes registraram 15% dos votos na boca de urna, em terceiro lugar entre os partidos. Em 2017, na eleição passada, o partido obeve 8,9% dos votos e terminou em sexto lugar.

Durante a campanha deste ano, porém, os Verdes chegaram a assumir a liderança, o que permitiria ao partido indicar sua candidata Annalena Baerbock ao posto de chanceler federal. Em maio, eles tinham a preferência de 26% dos eleitores, segundo pesquisas de opinião.

Kellner disse que os Verdes preferem montar uma coalizão com os sociais-democratas do SPD para o próximo governo alemão, e congratulou a legenda pelo "sucesso eleitoral". Ele também avaliou que a CDU/CSU, de Angela Merkel, sofreu "um resultado eleitoral ruim historicamente". 

13h55: Secretário-geral do SPD diz que partido tem "mandato para governar"

O secretário-geral do Partido Social-Democrata (SPD), Lars Klingbeil, afirmou que seu partido "está de volta" depois de anos de queda nas pesquisa, e que a legenda tem "a missão de formar uma coalizão", sem especificar quais partidos fariam parte dela. 

"Está muito claro: O SPD tem o mandato para governar. Olaf Scholz deveria ser o chanceler", disse ele à emissora ZDF. 

Segundo pesquisa da boca de urna, o SPD recebeu 25% dos votos, empatado com a União Democrata Cristã (CDU), partido de Angela Merkel.

Na eleição passada, em 2017, o SPD havia recebido 20,5% dos votos. Atualmente, a legenda é parceira minoritária da CDU na coalizão que governa a Alemanha.

13h40: Para CDU, resultado da boca de urna é "amargo"

Paul Ziemiak, secretário-geral da União Democrata Cristã (CDU), partido de Angela Merkel, reconheceu que seu partido sofreu "perdas amargas" se comparado à última eleição, há quatro anos.

A boca de urna divulgada neste domingo indica que a legenda teve 25% dos votos. Em 2017, seu partido havia recebido 32,9% dos votos.

No entanto, ele disse que a noite de domingo será "longa" e mencionou a possibilidade de coalizão com os Verdes e o Partido Liberal Democrático (FDP).

Uma análise da emissora ARD estima que a CDU perdeu 1,4 milhões de votos para o Partido Social-Democrata (SPD). Outros 900 mil votos foram para os Verdes, e 340 mil para o FDP.

13h01: Boca de urna aponta disputa acirrada na Alemanha

Uma pesquisa de boca de urna divulgada pela emissora ARD mostra que a disputa pelo posto de maior partido do Bundestag, que tradicionalmente indica o novo chanceler federal, está acirrada entre o Partido Social-Democrata (SPD) e a União Democrata Cristã (CDU) junto com seu braço bávaro, a União Social Cristã (CSU). Segundo o levantamento, ambos têm 25% dos votos.

Os Verdes vêm em terceiro, com 15% dos votos. Os liberais do Partido Liberal Democrático (FDP) e a sigla de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD) estão empatados, com 11% cada.

O partido A Esquerda tem 5% dos votos, no limite para manter a sua representação no Parlamento — legendas com menos de 5% dos votos ficam de fora do Bundestag.

12h45: Maratona em Berlim atrasa entrega de cédulas a algumas zonas eleitorais

Veículos da imprensa alemã relataram falta de cédulas em algumas zonas eleitorais de Berlim, um problema simples de ser resolvido, não fosse uma coincidência inusitada neste ano. A capital alemã realizou também neste domingo a sua tradicional maratona, com o bloqueio de diversas vias da cidade.

O jornal Der Tagesspiegel reportou que a falta de cédulas foi resolvida com o transporte de cédulas de outras zonas eleitorais. Devido ao bloqueio das vias para a maratona, porém, a logística de transporte foi afetada, levando a atrasos. Uma zona eleitoral no bairro de Wilmersdorf, por exemplo, suspendeu a votação por uma hora devido à falta de cédulas.

12h00: Candidato a chanceler da CDU comete gafe com sua cédula

O candidato a chanceler federal Armin Laschet, da União Democrata Cristã (CDU), partido de Angela Merkel, cometeu uma gafe ao votar neste domingo (26/09) na cidade de Aachen, no oeste da Alemanha.

Fotos mostraram que Laschet dobrou a sua cédula de forma incorreta, ao avesso, de forma que era possível ver em quem ele havia votado — como era esperado, ele votou no seu próprio partido.

Ao dobrar cédula ao avesso, Laschet revelou ter votado no seu próprio partido, como era esperadoFoto: Federico Gambarini/dpa/picture alliance

Segundo as regras eleitorais na Alemanha, as cédulas devem ser dobradas de maneira a esconder em quem o eleitor votou. A forma como Laschet dobrou a cédula violou a regra do voto secreto, e o mesário de sua zona eleitoral deveria ter evitado que essa cédula fosse depositada na urna. 

Contudo, após analisar o caso, a autoridade alemã responsável pela organização das eleições concluiu que o erro não havia sido uma tentativa de influenciar a eleição, e declarou que o voto de Laschet seria considerado válido.

10h50: Comparecimento parece maior do que em 2017

Alguma seções eleitorais tem registrado movimento maior do que no pleito de 2017. Na Renânia do Norte-Vestfália, quase 45% dos eleitores em oito distritos votaram até agora, em comparação com cerca de 40% em 2017. 

10h40: Opinião: Angela Merkel deixa os democratas-cristãos em frangalhos

"Mudança" é a palavra do momento nestas eleições legislativas da Alemanha. Embora soe bem no papel, é questionável que os políticos sejam capazes de colocá-la em prática, sobretudo os conservadores, opina Rob Mudge. Leia mais

10h00: As principais promessas eleitorais dos partidos alemães

Com a eleição deste domingo para o parlamento pulverizada, partidos buscam se destacar e, ao mesmo tempo, sinalizar aos parceiros que estão abertos a coalizões. Confira as propostas das seis maiores legendas. Leia mais

9h30: Parlamento alemão pode sofrer "inchaço" sem precedentes

O Parlamento da Alemanha, o Bundestag, possui atualmente 709 deputados. Esse número impressionante faz dele o segundo maior órgão legislativo do mundo. Mesmo assim, ele pode chegar a mais de 900 após as eleições federais alemãs de 26 de setembro.

O problema que isso representa é muito maior do que simplesmente tentar reformular o plenário para incluir mais cadeiras. Como podem ser feitos compromissos e como os deputados poderão ser ouvidos em um Parlamento tão complexo e pesado? Leia mais

09h00: Fake news assombram campanha eleitoral na Alemanha

Entre os principais candidatos a chanceler federal da Alemanha nas eleições de 26 de setembro, Annalena Baerbock, do Partido Verde, é de longe o maior alvo de notícias falsas, afirma um novo relatório da organização de liberdades civis Avaaz.

A ONG analisou dezenas de casos de desinformação contra políticos alemães entre 1º de janeiro e 31 de agosto de 2021 e descobriu que, das narrativas que atingem os candidatos a chanceler federal, 71% foram contra Baerbock. Enquanto isso, seu adversário conservador, Armin Laschet (CDU), foi alvo de 29% dos casos. Em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, o social-democrata Olaf Scholz (SPD), por sua vez, não foi mencionado em nenhuma narrativa de fake news analisada. Leia mais

08h00: Confira os perfis dos principais candidatos à sucessão da chanceler federal Angela Merkel

- Olaf Scholz, quando pragmatismo rende mais votos que carisma Leia mais

- Armin Laschet: um conservador cristão na corda bamba Leia mais

- Annalena Baerbock: jovem, determinada e ambientalista Leia mais

bl/jps (ots)