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"Eleição de Trump marca o fim de uma era", diz Steinmeier

22 de janeiro de 2017

Ministro alemão do Exterior afirma que a ordem mundial do século 21 "está totalmente em aberto" e que o mundo deve se preparar para tempos agitados.

EU Außenministertreffen in Brüssel Steinmeier
Foto: picture-alliance/W. Dabkowski

O ministro alemão do Exterior, Frank-Walter Steinmeier, afirmou neste domingo (22/01) que a eleição de Donald Trump marca o fim de uma era e que o governo alemão pretende manter uma cooperação transatlântica estreita e de confiança, baseada em valores comuns com a nova administração americana.

"Com a eleição de Donald Trump, o velho mundo do século 20 ficou definitivamente para trás", escreveu Steinmeier num artigo para o jornal alemão Bild am Sonntag. "Qual ordem vai se impor no século 21, como será o mundo de amanhã, isso não está definido, é algo que está totalmente em aberto."

O ministro advertiu que o mundo deve se preparar para tempos agitados. "Como sempre em situações de mudança de poder, há incertezas, dúvidas e perguntas sobre o curso a ser adotado pela nova liderança. Mas, nestes tempos de uma nova desordem mundial, muito mais está em jogo."

Steinmeier reiterou que o governo alemão buscará o diálogo com o novo presidente dos Estados Unidos e deixará claro seus interesses, posições e valores.

"Livre-comércio, intercâmbio e um mundo aberto, união contra o extremismo e terrorismo, uma cooperação transatlântica estreita e com confiança, baseada em valores comuns, fazem parte das prioridades da nossa agenda", escreveu.

Neste sábado, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, reagiu com cautela ao discurso de posse em tom desafiador de Trump. "A relação transatlântica não será menos importante nos próximos anos do que foi no passado. Vou trabalhar para isso", declarou.

Para Merkel, Trump, mais uma vez, expôs suas ideias durante o discurso, mas será melhor para todos se houver uma ação conjunta com base em valores comuns.

"Isso vale para a ordem econômica internacional e o comércio e também para a defesa", disse, acrescentando que, mesmo quando há opiniões diferentes, é mais fácil chegar a um acordo quando as conversações se dão com respeito.

FC/lusa/dpa/efe/ots

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