Assim como no Natal, rainha do Reino Unido não participa do tradicional culto de Ano Novo por conta de um "forte resfriado" – pela primeira vez em quase 30 anos. Segundo Buckingham, monarca está de pé e lendo documentos.
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A rainha Elizabeth 2ª não participou da missa de Ano Novo, neste domingo (1º/01), devido a um "forte resfriado", que já perdura a mais de uma semana, comunicou o Palácio de Buckingham.
A rainha de 90 anos também esteve ausente do sermão natalino – pela primeira vez em quase 30 anos. Agora, a rainha Elizabeth 2ª também se recusou a participar da tradicional missa de Ano Novo. Seus súditos se mostram preocupados.
São dois eventos seguidos sem a participação da rainha do Reino Unido, conhecida por sua disciplina ferrenha. A monarca é formalmente a chefe da Igreja Anglicana na Inglaterra e é tida como bastante religiosa. Sem uma boa razão, ela dificilmente deixaria de participar de dois importantes serviços ecumênicos em seguida.
"A rainha ainda não se sente pronta para participar de um culto na igreja e continua se recuperando de um resfriado", disse um porta-voz do Palácio de Buckingham, que, ao mesmo tempo, tentou apaziguar as preocupações sobre o estado de saúde da monarca. A rainha está de pé e lê documentos governamentais, afirmou.
Segundo a emissora britânica BBC, a rainha Elizabeth 2ª não é vista em público há 12 dias. Ela e seu marido, o príncipe Philip, já tinham iniciado com atraso seu tradicional repouso natalino na residência de Sandringham por motivos de saúde. Em vez de trem, o casal real viajou de helicóptero para a propriedade localizada a cerca de 200 quilômetros de Londres.
O príncipe Philip se recuperou rapidamente do resfriado e participou do serviço ecumênico de Natal. Ele esteve presente também na missa de Ano Novo com outros membros da família real, mas sem o príncipe William e a duquesa Kate. Os dois passaram as férias de Natal com seus filhos e os pais de Kate, no sul da Inglaterra.
O Palácio de Buckingham comunicou recentemente que Elizabeth 2ª deixará de exercer a função de padroeira de mais de 20 organizações beneficentes antes de completar 91 anos, em 21 de abril.
PV/dpa/afp/efe
Cinco presentes curiosos para Elizabeth 2ª
Aniversários, jubileus, visitas de Estado: com uma vida social tão agitada, a rainha do Reino Unido recebe muitas homenagens, por vezes bem estranhas. Confira alguns desses presentes – um deles foi do governo brasileiro.
Foto: Imago/Steffen Schellhorn
Viagens de graça em Londres
Quando o metrô londrino, o mais antigo do mundo, completou 150 anos em 2013, Elizabeth 2ª naturalmente participou dos festejos. Como suvenir, a companhia que opera o sistema lhe ofertou um Oyster Card personalizado, o tíquete eletrônico para os transportes londrinos. A rainha agradeceu – mas nem por isso alguém a pegou desde então passeando de metrô pela metrópole inglesa.
Foto: Getty Images/P. Macdiarmid
Cavalgar como no faroeste
Desde a infância a Queen é apaixonada por cavalos. Na qualidade de amazona talentosa, sua coleção de sapatos certamente já incluía um ou outro par de botas de equitação. Ainda, assim, durante uma visita ao governador do Texas em 1991, tanto ela quanto seus netos foram presenteados com pares e pares de botas de cowboy feitas à mão. As quais Elizabeth 2ª nunca foi vista usando.
Foto: Imago/All Canada Photos
Fruta para uma vida
Do ponto de vista atual, pode até parecer que o governo do estado australiano de Queensland estivesse fazendo uma piada de mau gosto, ao enviar como presente de casamento a Elizabeth e o príncipe consorte Philip, em 1947, 500 caixas de abacaxi em lata. Na realidade, a escassez de alimentos na Inglaterra ainda era séria, no pós-guerra, e a doação foi muito bem recebida por escolas e hospitais.
Foto: Getty Images/Keystone
"Cor estranha para um cavalo"
Durante visita a Berlim em 2015, Elizabeth recebeu a tela em acrílico da artista alemã Nicole Leidenfrost "Cavalo azul real", baseada numa foto de 1930, em que ela monta um pônei ao lado do pai, George 6º. Um crítico de arte britânico se indagaria: "Será Bad Painting ou é só mal pintado?". A discreta monarca só comentou: "Cor estranha para um cavalo"; e mais tarde: "Este é para ser o meu pai?"
Foto: picture-alliance/Bundespresseamt/J. Denzel
Mensagem subliminar?
Qualquer semelhança com pessoas vivas – espera-se – é mera coincidência. Em 1968, em plena ditadura militar, algum gênio de Brasília teve a ideia de mandar um casal de preguiças para Elizabeth. O simpático porém inerte presente foi enviado sem demora para o jardim zoológico de Londres, onde fez companhia a outros "tributos vivos" à soberana, como um jaguar, um elefante e dois castores do Canadá.