Após anunciar possibilidade de fechar capital da montadora de carros elétricos, CEO volta atrás e diz que "melhor caminho é manter Tesla na Bolsa". Empresa passa por momento decisivo em sua história.
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O fundador e presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, anunciou nesta sexta-feira (24/08) que os investidores da montadora de carros elétricos o convenceram a não fechar o capital da empresa, o que a retiraria da Bolsa de Valores.
Em comunicado publicado na conta do Twitter da empresa, Musk afirmou que "o melhor caminho para a Tesla é continuar na Bolsa."
Ele disse ainda que tomou a decisão se baseando nos comentários dos acionistas, incluindo investidores institucionais, que argumentaram que têm regras internas que limitam o quanto podem investir numa empresa de capital fechado.
"Embora a maioria dos acionistas com quem falei disseram que permaneceriam com a Tesla se nós fechássemos o capital da empresa, o sentimento, em poucas palavras, era 'por favor, não faça isto'", disse Musk, em comunicado.
Momento decisivo
No início deste mês, Musk postou nas redes sociais a possibilidade de retirar a companhia da Bolsa. Analistas de mercado disseram que tirar a Tesla da bolsa livraria a companhia de algumas pressões, como a de divulgar a cada trimestre seus resultados.
Recentemente, investidores mostraram preocupação com os gastos da montadora endividada e dúvidas sobre se seria capaz de reunir financiamento suficiente para bancar seus projetos.
A companhia baseada no Vale do Silício vive um momento decisivo em seus oito anos de história como empresa de capital aberto, já que a concorrência com montadoras europeias deve se intensificar com o lançamento de novos modelos elétricos da Audi e da Jaguar. Mais rivais devem chegar ao mercado no ano que vem.
Sob pressão para aumentar a produção do sedan Model 3, a Tesla anunciou planos de construir uma fábrica em Xangai, na China, e outra na Europa, mas detalhes ainda não foram revelados, e não se sabe quem financiaria os projetos.
Fechar o capital é uma forma de evitar uma análise minuciosa por parte do mercado nesse momento desafiador.
CA/dpa/rtr/efe/dw
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Número de carros novos emplacados em 2016 na Alemanha aumentou 4,5% em relação ao ano anterior. Quase todas as marcas alemãs venderam mais carros, exceto a Volks, que mesmo assim continua sendo a marca preferida.
No ano passado, foram registrados 656.025 carros novos da marca Volkswagen na Alemanha, o que representa 4,3% a menos que em 2015. Apesar do escândalo de manipulação de emissões, a marca continua a preferida dos alemães, detendo cerca de 20% do mercado de veículos no país.
Foto: Getty Images/AFP/J. Eisele
Mercedes, em segundo lugar
No ano passado, a Mercedes vendeu 311.286 automóveis novos na Alemanha, ou seja, 8,5% a mais que no ano anterior. Em 2016, foram comprados em todo o país 3,35 milhões de carros novos, um aumento de 5% em relação a 2015, o mais alto em sete anos.
Foto: Daimler AG
Audi, em terceiro
A Audi, do Grupo Volkswagen, teve 289.617 carros vendidos na Alemanha no ano passado, um aumento de 7,6% em relação ao ano anterior.
Foto: Audi AG
BMW, em quarto
O fabricante da Baviera teve 262.083 veículos comprados no país em 2016, ou seja, 5,4% mais que em 2015.
Foto: BMW AG
Opel, em quinto
A Opel, braço europeu da GM, teve 243.792 carros novos emplacados na Alemanha em 2016, o que representa um crescimento de 6,3% em relação ao ano anterior.
Foto: GM Corp
Ford, em sexto
A montadora americana teve 239.766 carros novos licenciados na Alemanha no ano passado, ou seja, um aumento de 6,8% sobre 2015.
Foto: Ford Corp
Mais carros fabricados
Todas as montadoras alemãs juntas fabricaram 5,74 milhões de carros, 1% a mais que em 2015. Na foto, a fabricação de um Porsche na unidade da montadora em Leipzig.
Foto: picture alliance/dpa/J. Woitas
O estrangeiro preferido
Um terço dos veículos vendidos no país são de marcas estrangeiras. A venda de carros novos importados aumentou 8% na Alemanha no ano passado. Entre eles, a marca preferida é Skoda, do Grupo Volkswagen.
Foto: Skoda
Menos carros a diesel
Cerca de metade dos carros na Alemanha são movidos a diesel, mas, conforme as vendas no ano passado, o mercado diminuiu de 48% para 45,9%.
Foto: picture-alliance/dpa/K.-J. Hildenbrand
Alternativos
A porcentagem de veículos novos com sistema alternativo de propulsão vendidos em 2016 cresceu de 1,7% em 2015 para 2% no ano passado. Foram comprados 11.410 carros somente elétricos, mil a menos que no ano anterior. Já o número de híbridos, movidos a combustão e eletricidade, aumentou de 33,6 mil para 48 mil.