Fundador da Tesla, da SpeceX e da Paypal indica estar trabalhando agora na startup Neuralink, focada em vincular tecido nervoso a computadores. Tecnologia permitiria fazer upload e download de pensamentos.
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O empreendedor e guru tecnológico Elon Musk indicou nesta terça-feira (28/03) estar trabalhando numa nova startup focada em criar uma interface que conecte cérebros computadores – como parte de sua estratégia para ajudar os seres humanos a lidar com a inteligência artificial.
Musk, fundador da montadora de carros elétricos Tesla e da empresa de transporte espacial SpaceX, se referiu à nova empresa, chamada Neuralink, numa mensagem em sua conta no Twitter, um dia depois de uma reportagem do diário americano Wall Street Journal ter noticiado a criação da startup. Na mensagem, Musk afirmou ainda que irá elaborar melhor seus planos numa postagem num blogue em breve.
O Wall Street Journal havia informado na segunda-feira que a nova startup vai se concentrar em "laços neurais", tecnologia que envolve implantar minúsculos eletrodos cerebrais capazes de carregar (fazer upload) e baixar (download) pensamentos.
Musk já havia falado sobre a ideia de laços neurais anteriormente, alegando que estes podem ampliar o poder dos cérebros das pessoas ao conectá-los diretamente a computadores.
Bilionário apresenta projeto para a colonização de Marte
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A reportagem afirmou que Musk assumiu um papel ativo na criação da empresa e pode desempenhar um "papel de liderança significativo", apesar de o empreendedor dirigir outras duas grandes companhias.
A Neuralink foi registrada em julho do ano passado na Califórnia como uma empresa dedica à pesquisa médica. Segundo o Wall Street Journal,a companhia ainda está na "fase embrionária".
O jornal também mencionou que o bilionário Peter Thiel também poderá se juntar ao projeto como investidor. Thiel, que Musk conhece desde o tempo em que ambos fundaram o PayPal, é um dos poucos no Vale do Silício que apoiam o presidente dos EUA, Donald Trump.
Considerado um dos visionários mais notáveis do Vale do Silício, Musk é a força por trás da Tesla, parte de um esforço para mover a indústria automotiva do combustível fóssil à propulsão elétrica. Ele também está envolvido nos planos da SpaceX de transportar pessoas ao espaço.
PV/dpa/afp/ots
As novidades tecnológicas japonesas
O Japão é o parceiro da CeBit, a maior feira mundial de tecnologia e inovação digital, em Hannover, na Alemanha. Sob o lema "Sociedade 5.0", 120 empresas japonesas mostram como a digitalização facilita o dia a dia.
Foto: picture-alliance/dpa/F. Gentsch
Tecnologia do movimento
Há muitos exoesqueletos na CeBit de 2017. As estruturas parecidas com robôs são usadas junto ao corpo para dar firmeza. Alguns até permitem a paralíticos poder andar.
Foto: DW/A. Becker
Não só amigo
Os robôs japoneses tentam se comportar da forma mais humana possível – graças à inteligência artificial deles. Este, por exemplo, reconhece rostos e trata amigos melhor do que estranhos. Esta é uma característica importante, pois já hoje muitos robôs no Japão trabalham no atendimento de idosos ou mesmo na hotelaria.
Foto: DW/A. Becker
Motivadoras de torcida
Estas motivadoras de torcida não são só "kawaii", que em japonês significa "bonitinhas". Cheias de sensores e motores, elas fazem as coreografias perfeitamente, sem acidente. O Japão é o país com a segunda maior densidade de robôs no mundo: são 211 robôs para cada 10 mil trabalhadores. A Coreia do Sul está em primeiro lugar, com 365 por 10 mil. Na Alemanha, são 161 robôs para 10 mil trabalhadores.
Foto: DW/A. Becker
Monitoramento dos robôs
Também robôs podem ficar "doentes". A empresa de software ISID é uma das que tenta prever quando eles podem falhar. Para isso, monitora todos os componentes, da mesma forma como se pode medir a pulsação e a frequência cardíaca em seres humanos.
Foto: DW/A. Becker
Aplicativo a favor da vida
Um terço das gestantes no Japão monitora a gravidez com o aplicativo Nimpu Techu, informa o fabricante Hakuhodo. As informações são passadas ao médico através do smartphone. Seu precursor neste tipo de acompanhamento pré-natal foi o Ninsanpu Techo, introduzido em 1942. Também existem aplicativos semelhantes para a educação das crianças.
Foto: DW/A. Becker
Ao volante
Os carros expostos na CeBit andam sozinhos, mas os motoristas são assistidos por computadores. Isso gera uma enorme quantidade de dados, que as empresas usam para planejar o trânsito e a infra-estrutura. A Mitsubishi Electric fez mapas em 3D do Japão com enorme precisão, o que vai contribuir com a condução autônoma. Eles deverão estar disponíveis até os Jogos Olímpicos de 2020 em Tóquio.
Foto: DW/A. Becker
Pequenos transportadores
Alguns desenvolvedores de drones se inspiram em Godzilla. O da foto, por exemplo, têm braços resistentes para transportar cargas pesadas. Já outros têm rodas que permitem andar em paredes ou mesmo no forro, para procurar rachaduras. Custando cerca de 50 mil euros, não são baratos, mas a longo prazo são uma alternativa para humanos não se exporem a riscos.
Foto: DW/A. Becker
Facilitando relatórios
A inteligência artificial é capaz até de fazer relatórios de despesas de viagem. Basta fotografar os recibos com o smartphone. O resto, o software faz sozinho. Pessoas que trabalham em escritório no Japão gastam 40% de seu tempo alimentando sistemas com dados, segundo a Aiworks, líder neste segmento no mercado japonês.
Foto: DW/A. Becker
Chão virtual
A realidade virtual hoje em dia já tem aplicações reais, como em jogos. Cerevo é um dos fabricantes que tentam tornar fisicamente tangíveis os mundos artificiais. Chinelos que coletam dados enviam sinais às solas dos pés para simular superfícies como concreto, grama ou neve. Na próxima etapa, a empresa quer criar uma roupa que simula a realidade virtual.
Foto: DW/A. Becker
Caraoquê inteligente
O "Lyric Speaker" parece um alto-falante como qualquer outro. Mas, como quase tudo hoje em dia, está em rede. Assim, ele reconhece a música que está sendo cantada e mostra o texto em seu display.
Foto: DW/A. Becker
Tradição revivida
A digitalização não necessariamente é incompatível com a tradição. É o que prova a Dai Nippon Printing, uma gráfica com 140 anos de história. Além de trabalhar com impressões, a empresa digitaliza antigas obras de arte, como este biombo de madeira pintado à mão. Essas obras podem ser reproduzidas ou disponibilizadas, por aplicativo, a amantes da arte. A empresa já fez trabalhos até para o Louvre.