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Em busca da luz "verde"

15 de outubro de 2012

Seja um ar condicionado ou uma lâmpada LED, só o fato de ser ecológico e eficiente não atrai o consumidor.Ele quer que o produto não ofereça riscos à saúde e ainda por cima seja barato.

LED ao invés de incandescente
LED ao invés de incandescenteFoto: DW/Gero Rueter

A quinta edição do Futurando mostrou uma empresa de ar condicionados na Índia cujos equipamentos causam um impacto até 600 vezes menor no meio ambiente do que o modelo de ar condicionado convencional.

Esta tendência ecológica é observada em vários setores. A oferta dos chamados produtos "verdes" cresce. Como é o caso dos diodos emissores de luz, conhecidos por LED. O nome vem do inglês e significa Light Emitting Diode.

Na Alemanha, os LED ganharam as melhores notas nos testes de resistência. A conclusão é de uma revista especializada, que testou lâmpadas de halogênio, fluorescentes compactas e os LED. Se comparados a lâmpadas de halogênio, os diodos emissores de luz consomem até 90% menos energia.

Se, por um lado, a fabricação de uma lâmpada dessas é mais cara, por outro, os LED duram 25 vezes mais que lâmpadas convencionais incandescentes. Mas o especialista em testes Michael Koswig alerta: nem todos os LED são eficazes.

Em testes realizados em 2011, alguns diodos emissores de luz deixaram a desejar. Koswig explica que não é possível saber a qualidade do produto na hora da compra.

Riscos à saúde

A fluorescente compacta consome mais energia que a LEDFoto: illuminator - Fotolia.com

Hoje, a maior variedade entre as lâmpadas ecológicas oferecidas no mercado é de fluorescentes compactas. Só que estas não fornecem tanta claridade quanto as incandescentes e as LED, além de consumirem um pouco mais de energia que os LED e precisarem de mais tempo até atingir a iluminação máxima.

O problema em todas essas lâmpadas é que contêm o metal pesado tóxico mercúrio. Quando uma lâmpada quebra, por exemplo, os especialistas recomendam sair do recinto e deixá-lo arejando por 30 minutos, antes de recolher os cacos do chão com um pano úmido ou fita adesiva.

Pesquisadores exigem uma melhor política de informação aos consumidores por parte dos fabricantes, principalmente sobre o manuseio da substância tóxica. Na maioria dos lares na União Europeia (UE) não há lixeiras exclusivas para esse tipo de produto.

"Devagar e sempre"

A União Europeia está em processo de substituição de lâmpadasFoto: picture-alliance/dpa

A União Europeia vem apostando nas lâmpadas ecológicas e no fim da lâmpada incandescente desde 2009. Desde o início de setembro de 2012, não podem mais ser fabricada ou importada a clássica lâmpada amarela de 25 watts. Desta forma, o bloco quer diminuir o consumo de energia em 1%, o que corresponde a uma economia de dez usinas termelétricas de carvão.

As primeiras lâmpadas a desaparecer do mercado haviam sido as de 100 watts. Depois, as de 60 e de 40.

Apesar das críticas, os órgãos ambientais e de defesa ao consumidor acham que todo esse processo de proibir lâmpadas incandescentes e de incentivar a luz "verde" resulta em um balanço positivo. Afinal, não só se economiza energia, como também se evita a emissão de mercúrio na atmosfera, já que as termelétricas também eliminam mercúrio na queima do carvão.

A lâmpada incandescente também é tema em outros países. Nos Estados Unidos, Austrália, Brasil, Filipinas, China e Índia ela já está proibida ou o assunto está em debate.

Autor: Gero Rueter (br)
Revisão: Roselaine Wandscheer

Futurando 5

24:04

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