Dos 7,8 milhões de brasileiros que estão a mais de quatro horas de um respirador, mais da metade vive na região. Referência de atendimento, Santarém tem leitos de UTI lotados e disputas em torno da resposta à pandemia.
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O encontro das águas turvas do Rio Amazonas com a clareza do Tapajós produz um dos cartões postais de Santarém, no oeste do Pará. As belezas naturais da cidade cercada por água a perder de vista atraem turistas do mundo inteiro, sobretudo para a vila de Alter do Chão. Para quem vive na região, a realidade é bem diferente. Apenas metade da população tem acesso a água limpa em Santarém, um dos cem maiores municípios do Brasil. O saneamento básico, por sua vez, é privilégio de 4,2%.
"A Amazônia recebe a pandemia nas piores condições possíveis", diz Caetano Scannavino, coordenador do Projeto Saúde & Alegria, ONG que atua há mais de três décadas na região. "A principal causa de mortalidade infantil aqui é diarreia por água contaminada dos rios. Imagina trabalhar a importância da higiene com a população que não tem torneira em casa."
O avanço do novo coronavírus na região levou o sistema de saúde de Santarém ao colapso, como já ocorrera em Belém e Manaus, principais capitais da região. Os 31 leitos de UTI disponíveis estão lotados, e a cidade é referência de atendimento para uma população superior a 1 milhão de pessoas, distribuída em 22 municípios do interior da Amazônia.
Alguns desses municípios são maiores que países europeus. Itaituba, com pouco mais de cem mil habitantes, tem o dobro da extensão territorial da Bélgica. O deslocamento dos pacientes que precisam de atendimento em Santarém depende de transporte por um helicóptero que o governo estadual colocou à disposição.
Dos 7,8 milhões de brasileiros que estão a mais de quatro horas de um aparelho respirador, mais da metade vive na Amazônia. Sozinho, o estado do Pará responde por quase um terço dessa população.
Enquanto no começo da pandemia, a cidade de São Paulo tinha um respirador por 2,4 mil habitantes, a taxa era de um por 20 mil em Santarém. Nesta terça-feira (26/5), a cidade paraense chegou a 1.016 casos confirmados e 65 mortes em decorrência da covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus.
Os dados, porém, apresentam grande defasagem. Como não há estrutura para a realização de exames clínicos em Santarém, as amostras são enviadas de avião a Belém, capital do estado, e demoram até duas semanas para serem processadas. Há, ainda, limitação de testes rápidos, utilizados sobretudo para acompanhar casos já detectados.
"Pela quantidade de internações, estimo que haja entre 20 mil e 40 mil infectados no oeste do Pará", avalia João Guilherme Assy, médico infectologista do município, que monitora as unidades de saúde locais. O crescimento da fila por um leito de UTI obriga os médicos ao improviso.
Não raro, pacientes têm que revezar respiradores para garantir o acesso de mais pessoas ao oxigênio. Começa a haver também carência de profissionais médicos, conforme os que estão na linha de frente adoecem pelo contato com o vírus.
Lockdown eleva tensão
A situação é agravada pela baixa adesão da população ao isolamento social. Para responder a esse quadro, a prefeitura decretou lockdown, ou seja, medidas drásticas de confinamento, por seis dias, até o último domingo. A taxa de isolamento social subiu de 39% para uma média de 49,9% nos dias em que vigorou a medida. Apesar da melhora, o indicador ficou abaixo dos 70% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Com o aumento no número de óbitos (70%) e casos de covid-19 confirmados (56%) nesse período, o prefeito Nélio Aguiar (DEM) causou surpresa ao decidir pela não renovação do lockdown nesta semana. Devido ao fechamento de lojas, há uma forte pressão de comerciantes locais contra a medida. Porém, uma decisão judicial na última segunda-feira determinou o reinício do lockdown por sete dias.
Não tardou para circularem áudios em grupos de WhatsApp hostilizando a promotora de Justiça que moveu a ação, apontada como "esquerdista". Uma pessoa sugeriu a realização de um "buzinaço" em frente à casa dela.
A economia da região é muito dependente do turismo, um dos setores mais afetados pela pandemia. Proprietária do restaurante Ty Comedoria e Bar, Juana Galvão pede medidas mais efetivas do governo estadual para garantir a sobrevivência financeira dos comerciantes locais. Mesmo assim, ela é favorável ao lockdown.
"É uma insensatez dos empresários ser contra a medida. A cidade vive do turismo, então precisa dar exemplo para ter a confiança do público quando a pandemia passar", opina.
Pedidos por cloroquina
A contaminação ideológica em torno da resposta à pandemia gerou outro problema na cidade. Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santarém, que atende casos suspeitos da doença, se tornaram frequentes pedidos de pacientes pela prescrição da cloroquina, medicamento defendido pelo presidente Jair Bolsonaro para o tratamento da covid-19.
Os pedidos pelo medicamento aumentaram sobretudo após a publicação do protocolo do Ministério da Saúde que autorizou, sem comprovação científica, a utilização do medicamento em casos leves, desde que com acompanhamento médico e declaração de consentimento do paciente.
"Era comum eu ter que interromper meu trabalho na UPA por conta de alguém fazendo escândalo por não conseguir a prescrição", conta Assy.
Sob ameaças de processos judiciais feitas pelos pacientes, médicos jovens contrários à aplicação do remédio no tratamento da covid-19 pela falta de embasamento científico começaram a ceder e receitar a cloroquina. Para dar respaldo aos profissionais na ponta, os infectologistas da cidade escreveram uma carta alertando para os riscos da medicação e a não obrigatoriedade de prescrição pelos médicos.
A mensagem era direcionada aos profissionais que atendem casos leves, nos quais a cloroquina pode ser prescrita, mas o comunicado foi tomado como uma afronta por médicos atuando em UTIs nos hospitais da região.
Em resposta, eles mobilizaram mais de 80 profissionais de outras áreas da medicina para defender o direito ao uso da cloroquina com prescrição médica. O tom do posicionamento formal era bastante distinto das redes sociais, com postagens que apontavam o "comunismo" dos infectologistas e aconselhavam a população a tomar cloroquina, utilizada no tratamento da malária.
Interiorização em curso
Enquanto questões de saúde se transformam em discussões políticas e ideológicas, a pandemia segue seu processo de interiorização na Amazônia. Santarém está localizada entre Manaus e Belém, que constituem pontos de irradiação do contágio.
Mesmo com o lockdown, embarcações irregulares continuam fazendo o transporte de pessoas na região, que tem Santarém como polo de serviços. O principal entrave é a retirada do auxílio emergencial do governo, que gera aglomerações na cidade e obriga a população do interior a se deslocar.
Um dos pontos mais sensíveis na região é a Reserva Tapajós-Arapiuns, onde vivem 23 mil pessoas de 72 comunidades tradicionais, sendo 58 indígenas. Auricelia Arapium, coordenadora do Conselho Indígena Tapajós-Arapiuns, diz que tem havido muitas dificuldades para obter o auxílio emergencial do governo, devido a problemas com acesso à internet e documentos. Ela reclama da ausência de planos governamentais para os povos indígenas, especialmente vulneráveis ao vírus pela falta de memória imunológica.
"Não basta só nós dizermos aos nossos 'parentes' para ficar em casa. É preciso ter um olhar diferenciado para as aldeias. Estamos fazendo nossa parte, tentando mantê-las fechadas. Mas tem muita gente doente, e estamos vendo nossos anciões morrerem. Precisamos de apoio", diz Auricelia.
Entre os dias 24 e 25 deste mês, o governo estadual enviou 18 novos respiradores para o hospital de campanha montado em Santarém, com 120 vagas, e serão ampliados para 49 os leitos de UTI disponíveis na cidade.
Reveja os principais fatos desde a confirmação do primeiro caso da doença causada pelo novo coronavírus no Brasil, em fevereiro. Desde então, país está entre as nações com maior número de casos e mortos no mundo.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Sena
Primeiro caso no Brasil
Após já ter se espalhado por cerca de 40 países, matado mais de 2.700 pessoas e infectado mais de 80 mil, o primeiro caso do novo coronavírus é confirmado no Brasil apenas no final de fevereiro. Trata-se de um homem de 61 anos que viajou à Itália a trabalho. (26/02)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/FotoRua/F. Vieira
Brasil registra primeiras mortes pelo novo coronavírus
A primeira vítima de covid-19 no país é um homem de 62 anos, morador de São Paulo e que sofria de diabetes e hipertensão. No mesmo dia, um hospital em Niterói, no Rio de Janeiro, anuncia a morte de um idoso de 69 anos com sintomas de coronavírus. (17/03)
Foto: Getty Images/AFP/N. Almeida
Covid-19 em todos os estados
Roraima, o último estado que ainda não registrava casos do novo coronavírus, reporta dois infectados. Com isso, todos os estados brasileiros e o Distrito Federal já têm casos de covid-19 confirmados. (21/03)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Governo restringe entrada de estrangeiros
Começa a valer a medida que restringe a entrada no país, via aérea, de pessoas vindas da Europa e de vários países asiáticos por 30 dias para conter a disseminação do coronavírus. A portaria não se aplica a brasileiros natos ou naturalizados ou a imigrantes com autorização de residência no país. (23/03)
O presidente faz um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão no qual conclama o país a "voltar à normalidade", pedindo que os estabelecimentos comerciais não fechem as portas e que as pessoas saiam do confinamento em suas casas. Ele chama a covid-19 de "gripezinha" e fala em "histeria" devido à pandemia. Bolsonaro é alvo de panelaços pelo oitavo dia consecutivo. (24/03)
Foto: YouTube/TV BrasilGov
Bolsonaro sanciona ajuda de até R$ 1,2 mil para informais
Bolsonaro sanciona um auxílio emergencial por três meses, no valor de 600 reais, destinados aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa durante a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. (01/04)
Foto: picture-alliance/robertharding/I. Trower
Mortes por covid-19 no Brasil superam óbitos por dengue e H1N1 em 2019
O país soma 800 mortes em decorrência do novo coronavírus. Durante todo o ano passado, foram registrados 782 óbitos por dengue e outros 312 continuam em investigação, mostra boletim epidemiológico divulgado pela pasta da Saúde. De acordo com outro boletim epidemiológico, em 2019 morreram no Brasil 787 pessoas vítimas de Influenza A (H1N1). (08/04)
Foto: picture-alliance/dpa/EPA/G. Amador
Garoto de 15 anos é primeiro ianomâmi a morrer por covid-19
O adolescente recebia cuidados em um leito de UTI num hospital em Boa Vista desde 3 de abril. Entidades de defesa da causa indígena, como o Instituto Socioambiental (ISA) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), têm denunciado a subnotificação de casos de covid-19 entre indígenas e demonstrado preocupação com o risco para as comunidades. (10/04)
Foto: Adam Renan/Rede Amazônia Sustentável
Bolsonaro demite Mandetta
Em meio à pandemia de coronavírus, Bolsonaro demite o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A decisão ocorre dias depois de o titular da pasta ter dado uma entrevista contrariando a posição do presidente em relação à resposta à pandemia de covid-19. Mandetta defendia o isolamento social. O médico oncologista Nelson Teich foi escolhido para substituir Mandetta. (16/04)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Borges
Novo ministro da Saúde defende plano para saída do isolamento
Em sua primeira entrevista após assumir o comando do Ministério da Saúde, Nelson Teich defende um plano para saída do isolamento e diz que o número de infectados no país é relativamente baixo se comparado com o total da população e não deve alcançar 70% da população em contato com a doença. "É impossível um país sobreviver um ano, um ano e meio parado." (22/04)
Foto: picture-alliance/ ZUMAPRESS/GDA/O. Globo
Brasil supera a China em mortes por covid-19
A contagem diária de mortes por covid-19 atinge número recorde com 474 óbitos, elevando o total de vítimas no país para 5.017. O Brasil se torna o 9º país com o maior número de mortes em todo o mundo, superando a China, onde surgiu a pandemia e 4.637 óbitos foram registrados. Ao ser questionado sobre as mortes, Bolsonaro responde: "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?". (28/04)
Foto: AFP/M. Dantas
Bolsonaro livra agentes públicos de responsabilidade por erros durante epidemia
De acordo com medida provisória (MP) editada por Bolsonaro, agentes públicos apenas poderão ser responsabilizados nos âmbitos civil e administrativo se houver "dolo ou erro grosseiro", "manifesto, evidente e inescusável, praticado com culpa grave" e "com elevado grau de negligência, imprudência ou imperícia". Dias depois, o STF limitou o alcance da MP. (14/05)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Covid-19 atinge dezenas de povos indígenas
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) informou que, até 15/05, 38 povos indígenas do país já haviam sido afetados pelo coronavírus. A associação contabilizou 446 infecções e 92 mortes em comunidades indígenas. A maioria das infeções foi registrada na Amazônia, onde está localizada a maioria das comunidades isoladas. Mas também há casos no Sul, Centro-Oeste e Nordeste. (15/05)
Foto: Reuters/B. Kelly
Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde
Menos de um mês após ter assumido o cargo, Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde. Ele afirma que a saída foi decisão dele, sem dar detalhes sobre os motivos. "A vida é feita de escolhas. E hoje eu escolhi sair", destaca. Ele e Bolsonaro vinham discordando sobre medidas na gestão da epidemia. O general Eduardo Pazuello assume o cargo interinamente. (15/05)
Foto: Reuters/A. Machado
Sem base científica, governo amplia uso da cloroquina
O Ministério da Saúde divulga um novo protocolo sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes com covid-19, permitindo que os medicamentos sejam administrados também em casos leves da doença. A mudança do protocolo foi feita a pedido de Bolsonaro, apesar de não haver comprovação científica da eficácia do medicamento em pacientes com covid-19. (20/05)
Foto: Getty Images/AFP/G. Julien
Brasil ultrapassa Itália e é terceiro país com mais mortes por covid-19
Exatos cem dias após o primeiro caso registrado, o Brasil ultrapassa a Itália e se torna o terceiro país com mais mortes pela covid-19. O país contabiliza 34.021 mortes e fica atrás apenas dos EUA (108.211) e do Reino Unido (39.987). (04/06)
Foto: Reuters/R. Moraes
Brasil amplia orientações de uso da cloroquina contra a covid-19
O Ministério da Saúde informa que vai ampliar as recomendações de uso da cloroquina e de sua derivada hidroxicloroquina no tratamento da covid-19, passando a orientar a aplicação precoce das drogas em crianças e grávidas diagnosticadas com a doença. O anúncio ocorre no mesmo dia em que os EUA revogam seu uso emergencial no tratamento da covid-19. (15/06)
Foto: AFP/G. Julien
Casos de covid-19 passam de 1 milhão no Brasil
O Brasil supera a marca de 1 milhão de casos confirmados de covid-19, após registrar um recorde de 54.771 novas infecções pelo novo coronavírus em apenas 24 horas. Menos de quatro meses após a confirmação do primeiro caso, o país soma 1.032.913 ocorrências da doença e é o segundo do mundo com mais casos e mortes, atrás apenas dos EUA. (19/06)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Vacina de Oxford contra covid-19 começa a ser testada no Brasil
O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes de uma vacina desenvolvida pela universidade britânica. O projeto financiado pela Fundação Lemann contará com 2 mil voluntários em São Paulo e outros mil no Rio. A vacina está atualmente na fase 3 de testes. Um dos motivos que levaram à escolha do Brasil foi o fato de a epidemia estar em ascensão no país. (22/06)
Foto: picture-alliance/AP Photo/University of Oxford
Juiz manda Bolsonaro usar máscara em público
O juiz Renato Coelho Borelli, da 9ª Vara Federal Cível de Brasília, impõe ao presidente Jair Bolsonaro o uso obrigatório de máscara em espaços públicos e estabelecimentos comerciais, como medida de proteção contra o novo coronavírus. Em caso de descumprimento, o magistrado fixou um multa diária de R$ 2 mil. (22/06)
Foto: Getty Images/AFP/E. SA
UE estende proibição à entrada de viajantes do Brasil
Lista elaborada por Bruxelas recomenda que Estados-membros reabram suas fronteiras para viajantes de 15 países a partir de 1º de julho. Brasil, EUA e Rússia ficam de fora devido ao alto número de casos de covid-19. (30/06)
Foto: Delfim Martins
Bolsonaro diz estar com covid-19
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que teve resultado positivo em um exame para detectar a covid-19. Ao anunciar o resultado, em entrevista em frente ao Palácio da Alvorada, ele aproveitou a ocasião para mais uma vez reclamar das medidas de isolamento impostas por prefeitos e governadores. Bolsonaro também disse estar se tratando com hidroxicloroquina. (07/07)
Foto: picture-alliance/dpa/E. Peres
Casos de covid-19 passam de 2 milhões no Brasil
Menos de um mês depois de o país ter atingido o número de 1 milhão de infectados, em 19 de junho, o Brasil ultrapassou a marca de 2 milhões de casos oficialmente notificados de covid-19. O número de casos identificados da doença dobrou em menos de um mês. (16/07)
Foto: picture-alliance/E. Lustosa
Brasil: 100 mil mortos por covid-19
Menos de seis meses após a identificação do primeiro caso de covid-19 no Brasil, o país cruzou a marca de 100 mil mortes pela doença. O número de casos chegou a 3 milhões. Mesmo num ritmo de mil mortes por dia, o governo do país segue defendendo a flexibilização do isolamento e minimizando os impactos do vírus. (08/08)
Foto: Getty Images/A. Schneider
Mais uma empresa alemã pretende testar vacina contra covid-19 no Brasil
CureVac, de Tübingen, pretende começar testes em voluntários brasileiros em setembro ou outubro. Em parceria com a Pfizer, a também alemã BioNTech iniciou testes no Brasil na semana passada. (11/08)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Gollnow
Brasil autoriza testes de mais uma vacina contra covid-19
Anvisa dá aval para estudos clínicos de fase 3 do imunizante desenvolvido pela Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, com 7 mil voluntários participando dos testes. É a quarta vacina a obter autorização no país. (18/08)
Foto: picture-alliance/AP Photo/University of Oxford
Saldo do coronavírus após seis meses no Brasil
Somada à falta de testes e à desigualdade social, resposta de Bolsonaro à covid-19 contribuiu para que o país virasse o segundo do mundo com mais óbitos devido à pandemia, atrás dos EUA. Seis meses após primeiro caso confirmado no Brasil, país acumula mais de 3,6 milhões de infecções e 116 mil mortes por covid-19, números que devem ser maiores devido à falta de testes e à subnotificação. (26/08)
Foto: picture-alliance/dpa/ZUMA Wire/D. Oliveira
Índia passa Brasil e é segundo país com mais casos de covid-19
País registra mais de 90 mil novas infecções pelo coronavírus por dois dias consecutivos, elevando o total de casos para mais de 4,2 milhões. Brasil ainda é a segunda nação com mais mortes em decorrência da doença. (07/09)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/C. Anand
Pazuello é efetivado como ministro da Saúde
General ocupava posto há quatro meses na condição de interino. No período, submeteu a pasta completamente aos desejos de Bolsonaro, tentou esconder números e viu mortes por covid-19 no país explodirem. (16/09)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Brasil adere à iniciativa global por vacinas contra covid-19
Governo anuncia inclusão em programa mundial que monitora desenvolvimento de imunizantes e inclui mais de 170 países. Nações envolvidas receberão doses para cobrir ao menos 20% de suas populações. (19/09)
Foto: Adriano Machado/Reuters
Brasil ultrapassa marca de 5 milhões de casos de covid-19
Pouco mais de sete meses depois do primeiro caso de covid-19, o Brasil passou nesta quarta-feira (07/10) a marca de cinco milhões de pessoas infectadas. Segundo o Conass, o país registrou mais 31.553 infecções nas últimas 24 horas, elevando o total para 5.000.694. Ainda nesta quarta-feira, foram registradas mais 734 mortes, elevando o total para 148.228.
Foto: picture-alliance/NurPhoto/G. Basso
Testes no Brasil mostram segurança de vacina chinesa, diz Butantan
Segundo instituto, resultados preliminares em estudo de fase 3 feitos no país são semelhantes aos de ensaios clínicos feitos na China. São Paulo quer começar vacinação no início do próximo ano. (19/10)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/A. Zemlianichenko
"Pandemia deve elevar tanto a fome quanto a obesidade entre brasileiros"
Ex-chefe da FAO, José Graziano se diz preocupado com queda na qualidade da alimentação de crianças fora da escola, bem como com fim do auxílio emergencial, que pode levar milhões a passarem fome e dependerem de caridade. (20/10)
Foto: DW/N. Pontes
Brasil incluirá vacina chinesa em calendário nacional de vacinação
Ministério da Saúde pretende comprar 46 milhões de doses da Coronavac e iniciar imunização em todo país já em janeiro. Resultados de testes ainda são aguardados para liberação de imunizante no país. (20/10)
Foto: Andre Lucas/dpa/picture-alliance
Anvisa autoriza importar 6 milhões de doses de vacina chinesa
Após polêmica envolvendo a Coronavac, a Anvisa autorizou no dia 23 de outubro a importação de 6 milhões de doses da vacina produzido pela chinesa Sinovac em parceria com o Butantan. A licença é só para importação da vacina. Sua distribuição depende de autorização da própria Anvisa. Enquanto ela não autorizar a aplicação, o Butantan deve armazenar as doses e garantir que elas não sejam usadas.