Entre os países da América Latina, situação brasileira é somente melhor do que a da Guatemala, onde apenas 30% da população respalda o regime democrático. Na região como um todo, índice caiu de 61% para 54% desde 2010.
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O apoio à democracia na América Latina caiu para um nível histórico. E o Brasil – onde Dilma Rousseff acaba de ser destituída do cargo de presidente – é o país em que mais se verifica essa tendência.
"O passado não conta, e como governante é preciso reconquistar [a aprovação dos eleitores] a cada dia", afirma uma das conclusões de uma pesquisa de opinião divulgada no início de setembro pela Corporación Latinobarómetro.
Desde 1995, a renomada organização não governamental avalia a cada ano o apoio dos latino-americanos à democracia como forma de governo. A instituição é apoiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pela Transparência Internacional.
A atual análise é resultado de uma sondagem realizada com 20 mil pessoas em 18 países da América Latina. O resultado: desde 2010, o índice de apoio à democracia na região caiu de 61% para 54%.
Terremoto político no Brasil
No Brasil, o índice caiu de 54% para 32% em apenas um ano. Somente na Guatemala – onde, em 2015, o presidente Otto Pérez Molina teve que renunciar por causa de acusações de corrupção – o índice de apoio à democracia é menor: 30%.
As consequências da situação no Brasil são especialmente grandes. "O Brasil não é somente o maior e mais poderoso, mas também o único país da América Latina que está lado a lado com as potências mundiais", diz o estudo.
Presidentes que não concluíram seus mandatos
Na história da República, 36 presidentes chegaram ao poder de forma direta ou indireta. Alguns, porém, deixaram a Presidência antes do tempo previsto por renúncia, deposição ou falecimento.
Foto: Jose Varella/AFP/Getty Images
Deodoro da Fonseca (1889-1891)
Em novembro de 1889, o marechal liderou o golpe das Forças Armadas que derrubou dom Pedro 2º. Ele governou provisoriamente até fevereiro de 1891, quando foi eleito indiretamente pelo Congresso, com um mandato até 1894. Devido à crise econômica e política, que teve seu auge com a dissolução do Congresso, o vice Floriano Peixoto teve a ajuda da Marinha para forçar a saída de Deodoro, que renunciou.
Foto: Gemeinfrei
Affonso Penna (1906-1909)
Penna foi eleito presidente em 1906, apoiado pela aliança do "café com leite", formada por paulistas e mineiros. Seu governo foi marcado pela valorização do café e por grandes investimentos em estradas de ferro e portos. Em 1908, teve a saúde abalada ao perder o apoio político e o segundo de seus nove filhos. Ele morreu de pneumonia em 1909, antes de concluir o mandato.
Foto: Public Domain
Rodrigues Alves (1902-1906)
Em seu primeiro mandato, Alves deu continuidade à valorização do café no país e deu impulso à infraestrutura com a construção de estradas de ferro e portos. Para tentar combater a varíola, promoveu uma campanha de vacinação obrigatória que gerou revolta junto à população. Ele foi eleito presidente pela segunda vez em 1918, mas não assumiu porque contraiu a gripe espanhola e faleceu em 1919.
Foto: Public Domain
Washington Luís (1926-1930)
Ele rompeu o acordo de alternância de poder entre paulistas e mineiros ao indicar o paulista Júlio Prestes, que derrotou o candidato Getúlio Vargas em 1930, da Aliança Liberal, formada por Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba. Insatisfeitos com o resultado, os membros da Aliança derrubaram Washington Luís um mês antes de ele passar o cargo para Prestes, que nunca assumiu.
Foto: Public Domain
Getúlio Vargas (1930-1945 e 1951-1954)
Após chegar ao poder, em 1930, Vargas foi eleito indiretamente para a Presidência. O governo populista conquistou os brasileiros, mas atraiu o ódio de grupos que questionavam sua conduta ditatorial. Vargas foi deposto pelos militares em 1945. Retornou em 1950, quando se tornou presidente ao vencer uma eleição direta. Pressionado por uma enorme crise política, suicidou-se em agosto de 1954.
Foto: public domain
Café Filho (1954-1955)
Após a morte de Vargas, o vice Café Filho assumiu a Presidência. Em 1955, Juscelino Kubitschek venceu as eleições. Faltando 50 dias para JK assumir, Café Filho se afastou por motivos de saúde, mas acabou sendo impedido de retomar o poder, acusado de conspiração. Carlos Luz, então presidente da Câmara, assumiu interinamente, mas foi afastado depois de três dias. No lugar dele assumiu Nereu Ramos.
Foto: Public Domain
Jânio Quadros (1961)
Jânio venceu as eleições de 1960 com votação recorde e a promessa de "varrer a corrupção", mas permaneceu de janeiro a agosto de 1961 no cargo. Ele reatou as relações diplomáticas com a União Soviética, desagradando militares e os Estados Unidos. Sem apoio do Congresso, renunciou alegando pressão de "forças ocultas" – uma possível referência aos representantes das Forças Armadas.
Foto: Public Domain
João Goulart (1961-1964)
Vice de Jânio Quadros, Jango estava na China quando o presidente renunciou. Ele foi empossado após o Congresso aprovar emenda que instaurou o parlamentarismo. Num plebiscito em 1963, os brasileiros votaram pela volta do presidencialismo, mas Jango continuou sem apoio parlamentar. Devido a temores dos militares quanto a reformas e um regime comunista, Jango foi deposto em 1964 pelas Forças Armadas.
Foto: Getty Images
Arthur da Costa e Silva (1967-1969)
Ele tomou posse em março de 1967, como segundo presidente do regime militar, e seu governo foi marcado por uma forte agitação política, com a ação de grupos de luta armada e de movimentos civis em prol da redemocratização. Em resposta, o regime militar fechou o Congresso e instaurou o AI-5, que dava ao presidente poderes extraordinários. Em 1969, sofreu trombose cerebral e foi afastado.
Foto: Public Domain
Tancredo Neves (1985)
Tancredo disputou a última eleição indireta no país contra Paulo Maluf, logo após a abertura política promovida pelo ex-presidente João Baptista Figueiredo. Em 14 de março de 1985, na véspera da posse, foi internado em estado grave e seu vice, José Sarney, assumiu interinamente a Presidência. Tancredo faleceu em 21 de abril, sem tomar posse como primeiro presidente civil após o regime militar.
Foto: Célio Azevedo
Fernando Collor (1990-1992)
Collor foi o primeiro presidente a ser eleito pelo voto popular em quase 30 anos. Em meio a diversas denúncias de corrupção e uma crise econômica, milhares de pessoas saíram às ruas para pedir seu afastamento. Enquanto o processo de impeachment corria no Congresso, Collor renunciou, em 1992. Mesmo assim, o Senado cassou seus direitos políticos por oito anos.
Foto: Jose Varella/AFP/Getty Images
Dilma Rousseff (2011-2016)
Já no início do segundo mandato de Dilma, a população saiu às ruas para manifestar insatisfação com o governo. A presidente passou a enfrentar não apenas pressão popular, mas também no meio político. Após um processo de impeachment que durou nove meses, a petista foi condenada por crime de responsabilidade e afastada do cargo. Seus direitos políticos, no entanto, foram mantidos.
Foto: Getty Images/AFP/E. Sa
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Por isso, o estado da democracia brasileira tem fundamental importância para toda a América Latina. "A recuperação política do Brasil está vinculada à capacidade do governo de mostrar progressos na luta contra a corrupção", conclui o texto.
Os resultados atuais da pesquisa estão alinhados com uma tendência mundial de ceticismo em relação à democracia abordada pelo pesquisador americano Marc F. Plattner no ano passado, em seu livro Democracy in decline? ("Democracia em declínio?", em tradução livre).
Herança do passado
Na América Latina, muitos países voltaram à democracia há não mais de 30 anos. A análise das consequências das ditaduras militares dos anos 1970 e 1980 ainda não foi concluída.
Segundo o estudo, o aumento da indiferença política na região é particularmente grave. Do total de entrevistados, 23% da população não se importam se o governo foi eleito democraticamente ou não. Em 2010, esse índice era de somente 16%.
"A perda de confiança se manifesta num momento em que as perspectivas sombrias para a região se misturam com as altas exigências dos cidadãos em relação aos seus representantes no governo", afirma Marta Lagos, fundadora e diretora da Corporación Latinobarómetro. Esta é a primeira vez que a combinação desses fatores foi verificada na pesquisa.
Recessão e corrupção
Perspectivas econômicas negativas dificilmente são os fatores decisivos para a crescente desilusão com a democracia. Isso porque, justamente durante a crise mundial de 2008 e 2009, o índice de aprovação alcançou, respectivamente, 57% e 59%. Um ano depois, em 2010, ele chegou a 61%.
"A sociedade mudou", constata Marta Lagos. "O que ainda era tolerado há cinco anos, não é mais aceitável hoje." As pessoas exigem soluções concretas que precisam ser implementadas imediatamente contra problemas também concretos. "Eles não estão mais dispostos a esperar para depois", opina.
À primeira vista, o resultado da pesquisa na Venezuela é surpreendente. Embora o país esteja em colapso político e econômico, a democracia tem 77% de aprovação. Uma possível explicação é que muitos venezuelanos não consideram mais o governo do presidente Nicolás Maduro democrático e desejam que a Constituição volte a ser respeitada.
Só o presente importa
Em Chile, Uruguai, Nicarágua e El Salvador, o apoio à democracia também caiu. No Chile, não diminuiu somente o apoio à democracia, mas também à presidente Michelle Bachelet.
Embora ela tenha terminado seu primeiro mandato em 2010 com um índice de aprovação de cerca de 80%, seu segundo mandato, iniciado em 2014, registra números bem menores.
A razão para a queda não foi somente a crise econômica provocada pela diminuição dos preços de exportação no mercado internacional da principal matéria-prima do país – o cobre –, mas um escândalo de corrupção no qual o filho de Bachelet estava envolvido. "Esses são sinais do tempo: não há mais garantia sobre êxitos alcançados no passado", explica Lagos.
"Com a democracia crescem também as exigências aos representantes eleitos para que resolvam os problemas estruturais da região", resume Lagos, citando o único resultado positivo da pesquisa: o apoio à volta de regimes autoritários caiu de 16% para 15%.
O mês de setembro em imagens
Alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Museo de Arte Latinoamaericano de Buenos Aires - Malba
Despedida de Shimon Peres
O ex-presidente de Israel e Nobel da Paz Shimon Peres foi sepultado em Jerusalém, em cerimônia que contou com a presença de dezenas de chefes de Estado e de governo, como o presidente americano, Barack Obama, e o líder palestino Mahmoud Abbas. Além deles, estavam presentes os presidentes da Alemanha, Joachim Gauck, da França, François Hollande e o príncipe Charles, do Reino Unido. (30/09)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Schalit
Colisão de trem nos EUA
A colisão de um trem contra a infraestrutura de uma estação da cidade de Hoboken, no estado americano de Nova Jersey, deixou ao menos um morto e 108 feridos, vários deles em estado grave. O trem da companhia New Jersey Transit viajava de Nova York para Nova Jersey e aparentemente não parou em sua chegada à estação. (29/09)
Foto: Getty Images
Morre Shimon Peres
O ex-presidente e ex-primeiro-ministro Shimon Peres, figura crucial da história de Israel, morreu aos 93 anos de idade. Ele estava internado há duas semanas, desde que sofreu um derrame. Peres foi um dos fundadores do Estado de Israel, em 1948, e dedicou sua vida à política. Em 1994, recebeu o Nobel da Paz por seus esforços para a resolução do conflito com os palestinos. (28/09)
Foto: picture-alliance/CPA Media Co. Ltd
Poluição que mata
Um estudo da Organização Mundial da Saúde revelou que 92% da população mundial vive em áreas onde a qualidade do ar excede os limites estabelecidos pela entidade. Segundo a OMS, uma em cada nove mortes no mundo está relacionada ao ar excessivamente poluído em ambientes fechados ou abertos – o que contribui para derrames, problemas cardiovasculares e câncer de pulmão, entre outras doenças. (27/09)
Foto: Reuters
Paz na Colômbia
O governo colombiano e as Farc assinaram o histórico acordo de paz que promete pôr fim aos 52 anos de conflito armado no país. O ato solene em Cartagena contou com a participação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon; do secretário de Estado americano, John Kerry; e do líder cubano Raúl Castro. Número um das Farc pediu perdão por sofrimento causado. (26/09)
Foto: Getty Images/AFP/L. Acosta
China inaugura maior radiotelescópio
Localizado na província de Guizhou, o FAST (Aperture Spherical Radio Telescope) custou 1,2 bilhões de yuan, levou cinco anos para ser construído e deve ajudar na busca por vida extraterrestre. Com seus 500 metros de diâmetro, ele supera o telescópio do Observatório Arecibo, em Porto Rico, que era o maior do mundo até agora. (25/09)
Foto: picture-alliance/AP Photo/L. Xu
Aleppo sem água
Após bombardeios intensos do regime Assad, quase dois milhões de pessoas ficaram sem água potável em na cidade síria de Aleppo. Uma estação de bombeamento foi danificada pelas forças do governo, e outra foi fechada pelos rebeldes em retaliação. Segundoo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, ao menos 180 pessoas morreram desde o fim do último cessar-fogo. (24/09)
Foto: Reuters/A. Ismail
Justiça reabre processo contra Neymar
A Audiência Nacional da Espanha revogou a decisão que arquivou o processo contra Neymar por suspeita de fraude e corrupção na transferência do atacante do Santos para o Barcelona. Além de Neymar, foi ordenada a reabertura dos processos contra o pai do atacante, Neymar da Silva Santos, o ex-presidente do Barcelona Sandro Rossel e contra os clubes Santos e Barcelona. (23/09)
Foto: picture-alliance/dpa/A. Garcia
Yahoo confirma megavazamento de dados
A empresa americana Yahoo confirmou que ao menos 500 milhões de usuários foram alvos de um ataque de hackers em 2014. Entre os dados roubados, estão nomes de usuário, endereços de e-mails, números de telefone, datas de nascimento e senhas em formato hash, mecanismo que as esconde, além de questões para verificação de segurança. (22/09)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Jose Sanchez
Zuckerberg doará bilhões para pesquisa
O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, e a sua esposa, Priscilla Chan, prometeram doar 3 bilhões de dólares durante a próxima década para a prevenção e cura de doenças e garantir um futuro mais seguro para a filha. Os planos incluem a criação de um centro de pesquisas em biociências e o desenvolvimento de um chip para diagnosticar doenças. (21/09)
Foto: picture-alliance/dpa/Facebook/Courtesy Of Mark Zuckerberg
Lula será julgado por Moro
A Justiça Federal do Paraná aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex no Guarujá. Lula é acusado de lavagem de dinheiro e corrupção passiva e será julgado pelo juiz Sergio Moro. A Justiça aceitou ainda as denúncias apresentadas contra a esposa do ex-presidente, Marisa Letícia, e mais seis pessoas. (20/09)
As portas da mesquita de Sidi Yahia na cidade histórica de Timbuctu, no norte do Mali, foram restauradas e uma cerimônia marcou sua devolução ao local original. A Porta Secreta foi destruída em 2012 por extremistas da organização Ansar Dine, ligada à Al Qaeda. A cidade, datada do século 15 e conhecida como "Pérola do Deserto", é patrimônio cultural da humanidade desde 1988. (19/09)
Foto: picture-alliance/dpa/HANDOUT/E. Schneider
Novo revés para partido de Merkel
A União Democrata Cristã (CDU), partido da chanceler federal Angela Merkel, obteve o seu pior resultado numa eleição em Berlim, com apenas 17,6% dos votos, e deve ficar de fora do governo da cidade-Estado. Os social-democratas foram os mais votados, com 21,6%. A AfD entrou em mais um parlamento regional, obtendo 14,1% dos votos, e os seus filiados festejaram. (18/09)
Foto: Reuters/F. Bensch
Ataque com bomba em Nova York
Uma bomba explodiu na rua 23, entre a Sexta Avenida e a Sétima Avenida, deixando 29 pessoas feridas em Nova York, no início da noite. Poucas horas depois, uma bomba caseira foi encontrada nas proximidades. Autoridades falaram em terrorismo, mas descartaram relação com organizações internacionais. Todos os feridos tiveram alta. (17/09)
Foto: Reuters/R. Umar Abbasi
Líderes europeus se reúnem em Bratislava
Líderes da União Europeia se reuniram em Bratislava para definir um roteiro de estratégias para o futuro do bloco após o Brexit, a chamada Agenda de Bratislava. O encontro entre 27 países, sem o Reino Unido, foi o primeiro desde o referendo que decidiu pela saída britânica da UE. A chanceler alemã, Angela Merkel, revelou que o plano de reformas será apresentado na Itália em março de 2017. (16/09)
Foto: Getty Images/AFP/J. Klamar
Morre ator Domingos Montagner
O ator brasileiro Domingos Montagner, de 54 anos, morreu afogado após um mergulho nas águas do rio São Francisco, na divisa entre Sergipe e Alagoas. Ele estava acompanhado da atriz Camila Pitanga, durante um intervalo das gravações da novela "Velho Chico", da TV Globo, da qual era protagonista. Seu corpo foi encontrado por mergulhadores do Corpo de Bombeiros horas após ter desaparecido. (15/09)
Foto: Imago/Fotoarena/F. Guinalz
Steinmeier visita leste da Ucrânia
O ministro do Exterior da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, e seu homólogo francês, Jean-Marc Ayrault, visitaram a zona de conflito no leste da Ucrânia pela primeira vez desde o início da crise, no primeiro dia de vigência de um novo cessar-fogo na região. Os políticos se reuniram em Kramatorsk, controlada por tropas governamentais, com o ministro do Exterior ucraniano, Pavel Klimkin. (15/09)
Foto: picture-alliance/dpa/R. Jensen
Lula é denunciado pelo MPF
O ex-presidente Lula foi denunciado pelo Ministério Público Federal sob os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Lava Jato. Também são alvos da ação a mulher dele, Marisa Letícia, e mais seis pessoas. Os procuradores acusaram Lula de ser o "comandante máximo" do esquema de desvios na Petrobras. Ele teria recebido 3,7 milhões de reais em vantagens indevidas da OAS. (14/09)
Foto: Reuters/P. Whitaker
Alemanha prende suspeitos de ligação com EI
A policia alemã prendeu três sírios suspeitos de envolvimento com o "Estado Islâmico" (EI). De acordo com o ministro do Interior alemão, Thomas de Maizière, as investigações indicam que os três teriam ligação com os atentados perpetrados em Paris em 2015. Eles teriam chegado na Alemanha em novembro, com o objetivo de "cumprir ordens previamente determinadas ou aguardar instruções" do EI. (13/09)
Foto: picture-alliance/dpa/F. Rumpenhorst
Eduardo Cunha é cassado
Após 11 meses de manobras e atrasos, a Câmara dos Deputados condenou o ex-presidente da Casa Eduardo Cunha por quebra de decoro parlamentar, levando à cassação do mandato do peemedebista e à perda de seus direitos políticos por oito anos. Ao todo, foram 450 votos a favor da perda do mandato, 10 votos contra e nove abstenções. Eram necessários 257 votos para a cassação. (12/09)
Foto: Getty Images/I. Estrela
Cessar-fogo entra em vigor na Síria
Entrou em vigor o acordo de cessar-fogo na Síria, intermediado pela Rússia e pelos Estados Unidos. A trégua, prevista para durar sete dias, é a segunda acordada neste ano entre as duas potências e tenta pôr fim aos cinco anos de guerra civil no país do Oriente Médio. Ela começa em meio a um amplo ceticismo sobre o seu sucesso, já que a tentativa anterior fracassou. (12/09)
Foto: picture-alliance/AA/M. Eyad
O 11 de Setembro, 15 anos depois
Autoridades e parentes das vítimas do maior atentado terrorista em solo americano se reuniram em vários locais dos Estados Unidos para lembrar os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, que mataram quase 3 mil pessoas, sobretudo em Nova York. O presidente Barack Obama pediu a seus cidadãos que permaneçam unidos e protejam a diversidade. (11/09)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Taggart
Mais de 1 milhão de peregrinos em Meca
Cerca de 1,3 milhão de muçulmanos chegam à cidade sagrada, vindos de ao menos 160 países. A segurança foi reforçada após a tragédia de 2015, quando mais de 2 mil foram sufocados ou pisoteados até a morte durante um ritual em Mina, no subúrbio da cidade. Tensões entre Riad e Teerã resultaram na exclusão dos iranianos da peregrinação deste ano. (10/09)
Foto: picture-alliance/AA/O. Akkanat
Nasa lança sonda OSIRIS-REx
Foi lançada a partir do centro aeroespacial em Cabo Canaveral, na Flórida, a primeira sonda americana enviada para recolher pó de um asteroide. Segundo a Nasa, a missão de sete anos pretende ajuda a desvendar as origens do sistema solar. OSIRIS-REx coletará amostras da superfície rochosa do asteroide Bennu, por volta de 2020, e retornará à Terra em 2023. (09/09)
Foto: picture alliance/ZUMA Press/C. Meaney
Primeiro ouro do Brasil nas Paralimpíadas
Ricardo Costa conquistou a primeira medalha de ouro do país nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. O sul-mato-grossense alcançou a marca de 6 metros e 52 centímetros no salto em distância na categoria T11, destinada a atletas totalmente cegos. Ele é irmão de Silvânia Costa, atual campeã mundial, também na T11 do salto em distância. Ambos perderam a visão devido à Doença de Stargardt. (08/09)
Foto: Reuters/J. Cairnduff
Começam as Paralimpíadas
Com cerca de quatro horas de duração, a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro reuniu atletas, autoridades e grandes nomes da música brasileira no Maracanã. O nadador brasileiro Phelipe Rodrigues fez o juramento em nome de todos os esportistas. Já Clodoaldo Silva, também da natação e dono de 13 medalhas paralímpicas, foi quem acendeu a pira. (07/09)
Foto: Reuters/R. Moraes
Dilma deixa Palácio da Alvorada
A ex-presidente Dilma Rousseff foi recebida por militantes na Base Aérea de Canoas, em Porto Alegre, com rosas, depois de deixar definitivamente o Palácio da Alvorada, em Brasília. Dilma deve descansar por alguns dias na capital gaúcha antes de iniciar uma agenda de viagens pelo país para acompanhar atos contra o governo de Michel Temer. (06/09)
Foto: picture-alliance/dpa/G. Granata
Autoridades turcas confiscam material da DW
Após a gravação de uma entrevista televisiva com o ministro turco da Juventude e do Esporte, Akif Cagatay Kilic, autoridades turcas confiscaram as imagens da DW. A entrevista incluiu perguntas sobre o golpe de Estado de julho, as detenções em massa, a liberdade de imprensa e a posição da mulher na sociedade turca. O governo turco alega que "as perguntas feitas não foram as planejadas". (06/09)
Foto: DW/M. Martin
Série de atentados mata dezenas na Síria
Uma série de explosões reivindicada pelo grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) matou dezenas de pessoas na Síria. As explosões ocorreram em regiões sob controle do governo sírio e de curdos, resultando na morte de ao menos 48 pessoas, além de dezenas de feridos. Os ataques ocorreram um dia após o EI ter perdido o controle do último trecho da fronteira síria com a Turquia. (05/09)
Foto: Reuters/SANA
Vaticano canoniza Madre Teresa de Calcutá
Papa declara a freira como santa em missa que reuniu 100 mil fiéis. Canonização é atribuída pela "cura extraordinária" de um engenheiro brasileiro com tumores no cérebro. Seu trabalho também foi motivo de crítica. (04/09)
Foto: Getty Images/AFP/M. Munir
Temer diz ter caminho para sair da crise
Em reunião do grupo dos Brics à margem do G20, presidente tenta vender país estável, que está deixando crise política para trás. Ele diz que caminho do crescimento está sendo reconstruído e defende agenda de reformas estruturais. (04/09)
Foto: Reuters/W. Zhao
Turquia amplia presença militar na Síria
Tanques turcos voltam a cruzar fronteira, desta vez a nordeste de Aleppo, para combater o "Estado Islâmico" e conter o avanço de milícias curdas, que vinham ganhando território em meio à guerra civil. (03/09)
Foto: Getty Images/AFP/B. Kilic
Morre presidente do Uzbequistão
O governo do Uzbequistão confirmou a morte do presidente do país, Islam Karimov, aos 78 anos. "Em 2 de setembro, depois de uma grave doença, morreu o líder político proeminente, o presidente do Uzbequistão, Islam Karimov", diz a nota. Karimov assumiu o comando do país da antiga União Soviética há quase três décadas e era alvo de críticas do Ocidente por sua liderança autoritária. (02/09)
Foto: Reuters/G. Dukor
Temer visita China
O presidente recém-empossado, Michel Temer, chegou à China para participar de um encontro com empresários em Xangai e tomar parte na reunião dos países do G20, seu primeiro compromisso internacional como presidente do Brasil. Lá, ele declarou que a decisão do Senado de permitir que Dilma Rousseff mantenha seus direitos políticos seria um "pequeno embaraço" a seu governo. (02/09)
Foto: Reuters/A. Song
130 anos de Tarsila do Amaral
A pintora brasileira Tarsila do Amaral faria 130 anos em 1º de setembro de 2016. Nascida no interior de São Paulo, a artista foi uma das figuras centrais do movimento modernista e pintou mais de 270 quadros em sua carreira – número considerado baixo para quem viveu 86 anos. O quadro "Abaporu" (foto), de 1928, é visto como uma das maiores obras das artes plásticas brasileiras. (01/09)
Foto: Museo de Arte Latinoamaericano de Buenos Aires - Malba