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Embaixada dos EUA é alvo de atentado suicida na Turquia

1 de fevereiro de 2013

Ataque, que deixou dois mortos, ainda não foi reivindicado e colocou ambos os países em alerta. Suspeita inicial recai sobre radicais de esquerda.

Foto: Reuters

Um atentado deixou dois mortos nesta sexta-feira (01/02) na embaixada americana em Ancara - um segurança turco da delegação diplomática e o próprio terrorista. O ataque, embora ainda não reivindicado, pôs as autoridades de Estados Unidos e Turquia em alerta.

Os primeiros relatos são de que, por volta das 13h (no horário local), o terrorista tentou invadir a embaixada, mas entrou em pânico ao passar pelo primeiro controle de segurança e detonou as bombas que levava presas junto ao corpo. A explosão foi ouvida a várias quadras da região do atentado, que concentra uma série de representações diplomáticas.

Os motivos que levaram ao atentado ainda não foram esclarecidos. A primeira hipótese, levantada pelo ministro do Interior turco, Muammer Guler, é de que a ação tenha sido realizada por um grupo radical de esquerda, como a Frente Revolucionária para a Libertação do Povo (DHKP), tida como terrorista pelo governo.

Não se descarta, ainda, que o ataque esteja ligado a radicais islamistas – na semana passada, a imprensa turca noticiou a prisão de um genro de Bin Laden em Ancara – ou a uma ação por parte de rebeldes curdos, que intensificaram as atividades no último ano em sua busca pela autonomia do sudeste do país.

“Estamos tristes, é claro, com a morte de um de nossos seguranças. Mas o complexo da embaixada é seguro”, disse o embaixador americano em Ancara, Francis Ricciardone. “Continuaremos nossa luta contra o terrorismo juntos, e o acontecimento de hoje deixou claro que os dois países sofrem deste terrível problema.”

Equipes de resgate na embaixada americana, atingida pela explosão em AncaraFoto: Getty Images/AFP

A Turquia, de maioria muçulmana, é um aliado próximo dos Estados Unidos e é considerado um membro-chave da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Na semana passada, começaram a ser instalados no país os primeiros mísseis Patriot enviados pela aliança para proteger o território turco de eventuais disparos da vizinha Síria.

É a terceira vez na última década que a Turquia enfrenta atentados com vítimas contra sedes diplomáticas. Em 2003, radicais islamistas realizaram ataques suicidas contra o consulado britânico, um banco inglês e duas sinagogas, deixando 58 mortos. Mais recentemente, em 2008, um atentado atribuído à al-Qaeda contra o consulado americano em Istambul matou três policiais – além de três terroristas.

RPR /afp/dpa/rtr
Revisão: Francis França

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