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Empresa da Nova Zelândia adota semana de quatro dias

18 de julho de 2018

Funcionários da companhia poderão tirar um dia de folga por semana, mantendo o mesmo salário e condições de trabalho. Período de testes bem-sucedido revelou aumento na motivação da equipe, sem queda na produtividade.

Índice de satisfação dos empregados aumentou de 54% para 78% após período de experiência
Índice de satisfação dos empregados aumentou de 54% para 78% após período de experiênciaFoto: picture-alliance/dpa/D. Karmann

Uma empresa da Nova Zelândia anunciou nesta quarta-feira (18/07) que decidiu alterar permanentemente a carga horária de trabalho de seus funcionários para apenas quatro dias por semana, após um teste bem-sucedido no início deste ano.

"A produtividade cresceu ligeiramente, e os níveis de estresse caíram", relatou Andrew Barnes, presidente e fundador da Perpetual Guardian, ao programa local AM Show.

O teste de oito semanas começou em 5 de março e ofereceu a todos os funcionários da companhia – cerca de 240 em todo o país – um dia de folga semanal, além do fim de semana, sem qualquer alteração em seus salários ou nas condições de trabalho.

"Se os funcionários estão envolvidos com seu emprego e empregador, eles são mais produtivos. Acreditamos que a eficiência vem com um maior foco e motivação da equipe", explicou Christine Brotherton, chefe de pessoal da companhia, antes do início dos testes.

Em nota, Barnes acrescentou: "Queremos que as pessoas sejam o melhor que elas puderem ser enquanto estiverem no escritório, mas também em casa. É a solução natural."

Pesquisadores da Universidade de Auckland, que monitoraram as oito semanas de experiência para observar o impacto dessas folgas na força produtiva, concluíram que as horas reduzidas não influenciaram negativamente a execução das tarefas semanais.

Antes do teste, 54% dos funcionários da Perpetual Guardian se diziam satisfeitos com o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Com a carga horária de quatro dias, esse índice aumentou para 78%.

A empresa temia que a redução de um dia de trabalho pudesse aumentar o estresse da equipe, que precisaria se esforçar para cumprir suas tarefas em menos tempo, além de diminuir a produção, já que a carga horária seria reduzida em um quinto – o que não aconteceu.

"Vimos um aumento enorme no engajamento e satisfação dos funcionários em relação ao trabalho que fazem e um aumento enorme na intenção dos empregados em continuar trabalhando na empresa, sem haver queda na produtividade", disse Barnes ao jornal New Zealand Herald.

O presidente afirmou que já pediu a alteração definitiva da carga horária ao seu conselho administrativo, que deverá aprovar a medida nas próximas semanas.

EK/dpa/ots

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