Niels H. é acusado de injetar medicação cardiovascular nas vítimas para impressionar colegas com reanimações. Ele já cumpre pena de prisão perpétua por outras mortes, e julgamento visa trazer explicações para familiares.
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O enfermeiro alemão Niels H., acusado de ter matado 100 pacientes, confessou nesta terça-feira (30/10) as mortes, durante o primeiro dia do julgamento do caso, em Oldenburg, no noroeste da Alemanha. O réu já cumpre pena de prisão perpétua pelo assassinato de seis pacientes em hospitais onde trabalhava.
No início do julgamento, o juiz Sebastian Bührmann perguntou a Niels se as acusações sobre os 100 assassinatos são verdadeiras. "Sim", respondeu o enfermeiro, de 41 anos.
Niels é acusado de ter assassinado 100 pacientes entre 2000 e 2005 em hospitais nas cidades de Oldenburg e Delmenhorst, no norte da Alemanha. Segundo a promotora Daniela Schiereck-Bohlmann, o acusado agiu por motivos fúteis e maliciosos.
Niels teria injetado em pacientes uma medicação que desencadeou complicações que levaram às mortes. Além de tentar impressionar colegas de trabalho ao reanimar os pacientes após aplicar as injeções, o enfermeiro recorria ao "truque” quando estava entediado.
Durante a sessão, Niels afirmou que se tornou enfermeiro para seguir a profissão do pai e da avó. Desde que começou a trabalhar na unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital em Oldenburg, sentiu muita pressão e passou a fazer uso de medicamentos contra a dor. Em 1999, após sua então namorada terminar o relacionamento, ele cometeu o primeiro assassinato.
Colegas de Niels reconheceram que a quantidade de reanimações realizadas pelo enfermeiro era suspeita, mas nunca o denunciaram. Durante o inquérito, policiais criticaram a falta de ação de autoridades sanitárias locais, quando veio à tona que a taxa de mortalidade na UTI do hospital de Delmenhorst quase dobrou, enquanto Niels trabalhava lá.
O enfermeiro tornou-se um dos mais prolíficos serial killers da história criminal da Alemanha. No início da sessão, Bührmann pediu um minuto de silêncio em homenagens às vítimas. "Vamos nos empenhar e buscar a verdade com todas as forças", disse o juiz.
Primeira condenação
Niels foi condenado à prisão perpétua em 2015 por injetar em pacientes de hospitais nas cidades de Oldenburg e Delmenhorst a medicação cardiovascular.
Naquele ano, Niels H. foi considerado culpado em seis acusações de assassinato, duas acusações de tentativa de homicídio e uma denúncia de agressão, após seu "truque" não funcionar.
Durante o julgamento em 2015, Niels disse que provocou intencionalmente crises cardíacas em pacientes porque gostava da sensação de podê-las trazer de volta à vida e admitiu surpreendentemente ter matado 30 pessoas. Mais tarde, contou aos investigadores que também tinha agido da mesma forma em Oldenburg.
Somente depois de mais de dez anos de investigação, as autoridades conseguiram dimensionar a quantidade de assassinatos cometidos pelo enfermeiro. No inquérito, mais de 130 corpos foram exumados em busca de traços da medicação aplicada por Niels. Como algumas das possíveis vítimas foram cremadas, nunca será possível esclarecer completamente o caso.
Como Niels já foi condenado à prisão perpétua, não é possível aumentar mais a pena. Segundo Bührmann, o atual julgamento tem como objetivo esclarecer os crimes para os familiares das vítimas. O processo judicial tem previsão de ser concluído em meados de maio do próximo ano.
CN/dpa/epd/afp/ots
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O enfermeiro alemão Niels H., acusado de ter matado 100 pacientes, confessou as mortes durante o primeiro dia do julgamento do caso. O réu já cumpre pena de prisão perpétua pelo assassinato de seis pessoas. Niels teria injetado nas vítimas uma medicação que desencadeou complicações que levaram às mortes, a fim de impressionar colegas de trabalho ao tentar reanimar os pacientes. (30/10)
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Ato contra intolerância em Berlim
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Foto: Reuters/W. Rattay
Falha e pouso de emergência
Dois astronautas tiveram que fazer um pouso de emergência após uma falha logo após o lançamento da aeronave russa Soyuz MS-10 que os levaria até a Estação Espacial Internacional (ISS). Os dois voltaram à Terra numa cápsula que aterrissou perto da cidade de Dzhezkazgan, no Cazaquistão, após o lançamento mal-sucedido. (11/10)
Foto: picture-alliance/dpa/Sputnik/A. Filippov
Keiko Fujimori é detida no Peru
A líder da oposição no Peru Keiko Fujimori foi detida por suspeita de lavagem de dinheiro, após ser interrogada num tribunal. A filha do ex-presidente Alberto Fujimori é acusada de receber doações ilegais da Odebrecht para campanhas presidenciais. Ela nega as acusações. (10/10)
Foto: Imago/Agencia EFE/E. Arias
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Foto: Reuters/J.Ernst
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Para limitar o aumento da temperatura do planeta a 1,5°C e, assim, evitar drásticas alterações no clima serão necessárias "mudanças rápidas, vastas e sem precedentes" em nível global, alertou o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU. Além de fenômenos climáticos extremos, um aumento maior que esse afetaria a saúde, o fornecimento de água e o crescimento econômico. (08/10)
Foto: picture-alliance/AP Photo/F. Bustamante
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Em uma das eleições mais polarizadas da história, milhões de eleitores brasileiros foram às urnas e decidiram enviar ao segundo turno os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Favorito no Sul e Sudeste, o ex-militar teve 46% dos votos válidos contra 29% do petista, que foi o mais votado em oito estados do Nordeste e no Pará. Em terceiro, Ciro Gomes (PDT) teve 12%. (07/10)
Nobel da Paz premia luta contra violência sexual
O médico congolês Denis Mukwege e a ativista yazidi Nadia Murad foram os vencedores do Nobel da Paz de 2018, por seus esforços para "acabar com o uso da violência sexual como arma de guerra". Mukwege, de 63 anos, passou grande parte de sua vida atendendo vítimas de violência sexual no Congo. Murad, de 25, sobreviveu à escravidão sexual perpetrada pelo "Estado Islâmico" no Iraque. (05/10)
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O Prêmio Nobel de Química de 2018 foi atribuído a três cientistas bioquímicos pela utilização dos princípios da evolução para desenvolver proteínas que resolvem os problemas químicos da humanidade. Metade do prêmio foi à evolucionista americana Frances H. Arnold (à dir.), e a outra metade será dividida entre o americano George P. Smith (centro) e o britânico Gregory P. Winter (à esq.). (03/10)
Nobel de Física premia 1ª mulher em 55 anos
O americano Arthur Ashkin, o francês Gérard Mourou e a canadense Donna Strickland (foto) foram agraciados com o Nobel de Física de 2018 por suas pesquisas e invenções no campo da física do laser. Ashkin, de 96 anos, é a pessoa mais velha a ganhar um Nobel. Já Strickland é a terceira mulher da história a levar o prêmio de Física, concedido desde 1901, e a primeira a ser premiada em 55 anos. (02/10)
Foto: picture-alliance/AP Images/N. Denette
Nobel de Medicina para avanços contra o câncer
O americano James P. Allison e o japonês Tasuku Honjo foram os vencedores do prêmio Nobel de Medicina de 2018. Eles foram premiados por seus estudos que permitiram avanços no tratamento contra o câncer, anunciou o Instituto Karolinska de Estocolmo. As descobertas feitas pelos dois cientistas permitem novos métodos para a inibição da regulação negativa do sistema imunológico. (01/10)