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Enfermeiro alemão confessa ter matado 30 pacientes

8 de janeiro de 2015

Ex-funcionário de hospital em Bremen confessa a psicólogo ter matado ao menos 30 pessoas com overdoses de drogas para tratamento cardíaco. Segundo promotoria, ele queria provar a colegas suas habilidades de reanimação.

Niels H., aqui escondendo seu rosto duante audiência em setembro de 2014, enfrenta julgamento por três assassinatosFoto: picture-alliance/dpa/Carmen Jaspersen

Um enfermeiro alemão de 38 anos, identificado apenas como Niels H., admitiu ter matado ao menos 30 pacientes deliberadamente, todos com overdoses de drogas para tratamento cardíaco. A afirmação foi feita por um psicólogo a um tribunal alemão, nesta quinta-feira (08/01). O enfermeiro está sendo julgado por três assassinatos hospitalares.

O especialista, nomeado pelo tribunal, afirmou ainda que o homem admitiu também ter tentado matar outras 60 pessoas no Hospital Delmenhorst, localizado perto da cidade de Bremen, no norte da Alemanha.

Ainda segundo o especialista, o enfermeiro disse que havia administrado altas dosagens de drogas para criar situações de emergência médica que iriam necessitar de procedimentos de reanimação. No entanto, o acusado negou ter matado alguém enquanto trabalhava em outras clínicas ou como paramédico.

O psicólogo se encontrou quatro vezes com o réu, entre dezembro e janeiro. Um porta-voz do tribunal, no entanto, alegou que a suposta admissão não equivale a uma confissão formal, pois o acusado não fez uma declaração direta à corte.

Motivos seguem desconhecidos

O réu não fez nenhum comentário sobre os motivos. Porém, segundo os promotores, o enfermeiro desencadeou as situações de emergência fatais para provar o quão bom ele é no procedimento de reanimação de pacientes. Posteriormente, o enfermeiro, entediado, teria começado a brincar com a vida dos pacientes. A promotoria decidiu limitar o julgamento para apenas três assassinatos e duas tentativas de homicídio para tornar o caso contra ele mais fácil de ser provado.

Hospital Delmenhorst, local onde o enfermeiro admitiu ter matado ao menos 30 pacientesFoto: picture-alliance/dpa/Ingo Wagner

O enfermeiro trabalhou no Hospital Delmenhorst entre 2003 e 2005 na ala de tratamento intensivo. Em 2005, uma colega de trabalho o flagrou injetando medicamentos em um paciente. Três anos depois, ele foi condenado a sete anos e meio de prisão por tentativa de homicídio.

Durante este primeiro julgamento, mortes de uma década atrás vieram à tona quando os prontuários de pacientes foram revisados. A polícia e os promotores estão realizando uma investigação de todos os óbitos nos quais o enfermeiro possa estar envolvido. Se necessário, os corpos serão exumados para determinar a causa de morte.

PV/dpa/afp

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