O novo governo italiano será empossado neste domingo. O anúncio foi feito no sábado (27/04), após reunião de duas horas em Roma entre o premiê designado e subsecretário do Partido Democrático (PD), Enrico Letta, e o presidente italiano, Giorgio Napolitano. Letta, de 46 anos, assumirá o cargo de primeiro-ministro.

Angelino Alfano, primeiro-secretário do partido Povo da Liberdade (PdL), do ex-chefe de governo Sílvio Berlusconi, foi designado vice-premiê e ministro do Interior. O diretor do Banco da Itália, Fabrizio Saccomanni, assumirá o Ministério de Economia e Finanças. A pasta do Exterior fica com a ex-comissária europeia Emma Bonino.

Além do PD e do PdL, também faz parte da base do governo a aliança do primeiro-ministro interino Mario Monti. Napolitano afirmou ser este o "único governo possível, cuja formação não pode esperar", acrescentando que a ampla coalizão vai permitir ao governo maioria suficiente em ambas as casas do Parlamento.

Crise política

A Itália atravessa uma crise política desde as eleições legislativas no final de fevereiro. Nenhum partido conseguiu uma maioria suficiente para formar um governo e conversações não tiveram sucesso, causando a renúncia de Pier Luigi Bersani como líder do PD, após ele ser designado por Napolitano para formar um governo e fracassar na tarefa.

A própria reeleição de Giorgio Napolitano como chefe de Estado, no último fim de semana, se deu de forma conturbada. Seu mandato se encerrava no fim de maio, e ele já havia dito que não tinha a intenção de continuar. Mas a falta de consenso no Parlamento acirrou a instabilidade na terceira maior economia da zona do euro e o forçou a permanecer no cargo.

MD/dpa/dpa/afp/rtr