O termo alemão "Putinversteher" designa quem, desde a anexação da Crimeia, faz de tudo para justificar os atos do chefe do Kremlin. Com a revelação dos crimes de guerra na Ucrânia, seu trabalho está bem mais difícil.
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Se um verbete da Wikipédia pode ser considerado indicador de reconhecimento no mundo atual, então é inevitável registrar a nova entrada em idioma inglês da enciclopédia online, dedicada ao termo alemão "Putinversteher". Traduzido literalmente como "aquela/e que entende Putin", o neologismo combina o nome do presidente da Rússia, Vladimir Putin, com o substantivo alemão Versteher, "entendedor".
Não é primeira vez que uma criação vocabular alemã de cunho político ganha mundo. Um exemplo é Lügenpresse: traduzível como "imprensa da mentira", é uma invectiva popular na época nazista, usada para desacreditar relatos que não se alinhem com determinada ideologia. Ela retornou em anos recentes com o partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD) e com os apoiadores do presidente Donald Trump nos Estados Unidos.
Quando Versteher é combinado com outro termo, em geral é para denotar uma mistura de ironia e lisonja. Por exemplo: Frauenversteher ("entendedor de mulheres") se refere a um homem que se gaba de sua profunda compreensão da psique feminina.
Da mesma forma, um Putinversteher é alguém que não esconde sua empatia com as motivações do chefe do Kremlin. O termo passou a circular em seguida à anexação da península ucraniana da Crimeia. Se a conotação já era negativa, ela se agravou seriamente desde o início da invasão russa do país vizinho, em 24 de fevereiro de 2022.
"Whataboutism" e alhos com bugalhos
Em seguida ao lançamento da "operação militar especial" russa na Ucrânia, diversos Putinversteher – entre os quais destacados políticos e especialistas alemães – ressalvavam, por exemplo, que a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) podia ser percebida pela Rússia como uma ameaça real. Ou comparavam a invasão da Ucrânia a outras "guerras ilegais", como a invasão do Iraque pelos Estados Unidos, em 2003, ou demais abusos cometidos pelo Ocidente.
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Isso não significa que os "entendedores de Putin" sejam a favor da atual violência: como explica o verbete da Wikipédia, trata-se de uma atitude quanto ao presidente russo e o modo como ele governa a Rússia que tende a resultar em: "Sim, mas é preciso entender a posição de Putin."
De um modo geral, é muito disseminada entre o grupo em questão a estratégia conhecida como "whataboutism": derivada da expressão "What about...?" ("Mas e...?"), esta consiste em desviar uma determinada crítica citando casos supostamente análogos.
Por exemplo: desconversar de uma acusação de corrupção pelo atual governo brasileiro com: "Tá, mas e o Lula? E o PT?" Aliás, também é comum o praticante do "whataboutism" recorrer a falsas equivalências, intencionalmente confundindo alhos com bugalhos.
Putinversteher para todos os gostos
Encontram-se Putinversteher ao longo de todo o espectro político da Alemanha, porém especialmente entre os partidos populistas. Porém alguns apoiadores declarados recuaram desde a guerra de agressão na Ucrânia, abstendo-se de expressar publicamente seu respaldo.
Diversas legendas de ultradireita da Europa têm mantido laços estreitos com a Rússia, nos últimos anos, do Reagrupamento Nacional de Marine Le Pen ao Fidesz de Viktor Orbán. O mesmo se aplica à AfD, contudo após a invasão da Ucrânia seus membros têm encontrado dificuldade de defender um posicionamento unificado.
A ex-copresidente do partido alemão A Esquerda Sahra Wagenknecht era também notória por sua disposição de justificar as ações do autocrata no Kremlin: "Talvez devamos levar a Rússia a sério e respeitar que ela tem interesses de segurança", comentou, por exemplo, num programa de televisão dias antes da invasão da Ucrânia.
"Entendedores" perdem credibilidade
Antes de merecer seu próprio verbete na Wikipédia, e mesmo da campanha militar russa contra o país vizinho, o termo já fora empregado em diversos artigos jornalísticos em língua inglesa.
Em janeiro de 2021, escrevendo para o website de análise política Riddle, especializado na Rússia, o politólogo e historiador Dmitiri Stratievski analisava Armin Laschet, então líder da União Democrata Cristã (CDU) de Angela Merkel, perguntando-se se ele devia ser considerado um "Putinversteher merkeliano", por seu apoio à dependência alemã do gás natural russo.
E já em abril de 2014, o professor de Economia Paul Gregory, da Universidade de Houston, intitulava um artigo em seu blog no site da revista Forbes "Empatia com o Diabo: como os Putinversteher da Alemanha protegem a Rússia". Seu foco era como alguns políticos de alto escalão haviam se colocado do lado do Kremlin, apesar de um mau histórico de direitos humanos e da anexação da Crimeia.
Entre essas personalidades, Gregory cita Gerhard Schröder, chanceler federal de 1998 a 2005, como "um dos Putinversteher mais descarados". Tendo sido, juntamente com Putin, o mentor do projeto do gasoduto Nord Stream durante seu mandato, ele mais tarde se tornou diretor do conselho de supervisão da estatal russa de energia Rosneft.
Considerado amigo pessoal do chefe do Kremlin, mesmo depois de este ordenar a invasão da Ucrânia, Schröder seguiu evitando qualquer comentário público que incriminasse o regime russo, ao ponto de todos os funcionários de seu escritório se demitirem.
Em meados de março, o ex-chanceler federal chegou a voar para Moscou, onde conversou pessoalmente com Putin. Contudo, à medida que atrocidades da guerra na Ucrânia vêm diariamente a público – como as notícias de execuções a sangue-frio, bombardeios a hospitais e escolas e centenas de civis em valas comuns – crescem na Alemanha os clamores para que o próprio Schröder seja alvo de sanções.
E a cada mentira, manipulação propagandística, excesso autocrático, violação dos direitos humanos e ato de violência injustifícável da personagem inspiradora do termo, os argumentos dos "entendedores de Vladimir Putin" perdem definitivamente qualquer sombra de credibilidade.
A destruição nas cidades da Ucrânia
Bombardeios russos atingem várias cidades ucranianas, causando não só mortes, mas também muita destruição.
Foto: DW
Bombardeio russo transforma bairro de Kharkiv em cidade-fantasma
Meses de bombardeio russo transformaram Saltivka, um grande bairro residencial de Kharkiv, em cidade-fantasma. As poucas pessoas que ainda não fugiram estão fazendo o que podem para se preparar para o inverno.
Foto: DW
Escola em Marhanets
Interior de um prédio escolar danificado em Marhanets, na Ucrânia, em 10 de agosto de 2022.
Foto: State Emergency Service of Ukraine/REUTERS
Carcaça do Antonov
Os restos do Antonov An-225, o maior avião de carga do mundo, e veículos militares russos destruídos durante combates entre forças russas e ucranianas em hangar bombardeado no aeroporto em Hostomel, nos arredores de Kiev.
Foto: Efrem Lukatsky/AP Photo/picture alliance
Trabalho sob risco de vida
Bombeiros do Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia trabalham em um tanque de óleo após bombardeio noturno em Mykolaiv, na Ucrânia, em 2 de agosto de 2022.
Prédios danificados por um ataque com foguete na região de Odessa, na Ucrânia, em 26 de julho de 2022. A mídia local informou que a Rússia lançou um ataque maciço de mísseis na região de Odessa e Mykolaiv.
Foto: STR/NurPhoto/picture alliance
Fumaça e cinzas
Fumaça sobe dos escombros de um prédio destruído no local de um ataque militar russo em Vinítsia, Ucrânia, a 14 de julho de 2022.
Foto: State Emergency Service of Ukraine/REUTERS
Em busca de uma normalização
Funcionários limpam destroços em frente a um hotel destruído após um ataque com foguete em Kramatorsk, em 3 de julho de 2022, em meio à invasão russa da Ucrânia.
Foto: Genya Savilov/AFP/Getty Images
Ruínas em Odessa
Neste prédio destruído após o ataque com mísseis russos morreram 17 pessoas e 31 ficaram feridas em Odessa, no sul da Ucrânia, em 1º de julho.
O busto do poeta nacional da Ucrânia, Taras Shevchenko, na cidade de Borodianka, com um prédio ao fundo destruído durante os combates entre os exércitos russo e ucraniano na cidade.
Fumaça sobe sobre os restos de um prédio destruído por um bombardeio, enquanto o ataque da Rússia à Ucrânia continua, em Lysychansk, região de Luhansk.
Foto: Oleksandr Ratushniak/REUTERS
Em busca de roupas
Um homem procura roupas em frente a um prédio destruído por ataques em Tchernihiv.
Foto: Natacha Pisarenko/AP/dpa/picture alliance
Destruição atinge prédios e árvores
Militares ucranianos passam por um prédio fortemente danificado em um bombardeio russo em Bakhmut, leste da Ucrânia.
Foto: Francisco Seco/AP Photo/picture alliance
Desentulhando
Pessoas limpam os destroços de sua casa destruída após um ataque de míssil, que matou uma idosa, na cidade de Druzhkivka, na região de Donbass.
Foto: Aris Messinis/AFP/Getty Images
Confinados em bunkers
A cidade de Soledar, na região de Donetsk, tinha cerca de 11 mil habitantes antes da guerra. Agora, os poucos civis que ainda permanecem na cidade estão confinados em bunkers. A foto é de 30 de maio.
Foto: Rick Mave/ZUMAPRESS/picture alliance
Sem casa e sem carro
Destroços de um prédio bombardeado por forças russas atingem carros estacionados em frente a um edifício em Kharkiv, no dia 31 de maio.
Foto: Stringer/AA/picture alliance
Escola bombardeada
Uma escola foi destruída no fim de maio por bombardeios na vila de Smolyanynove, a leste de Sievierodonetsk, na região de Donbass.
Foto: Alexander Reka/ITAR-TASS/IMAGO
Era uma vez um mercado
Um morador local observa os escombros do que era um mercado na cidade de Sievierodonetsk, região de Donbass, em 16 de maio.
Foto: Serhii Nuzhnenko/REUTERS
Vida arruinada
A foto de 24 de maio mostra uma moradora entrando em seu prédio destruído por bombardeios russo em Borodianka. A cidade foi palco de massacre atribuído às tropas russas, com centenas de civis mortos.
Foto: Natacha Pisarenko/AP Photo/picture alliance
Bicicleta em meio a ruínas
Semanas após ataques, uma bicicleta queimada é tudo que restou de uma casa destruída em Moshchun. Muitas cidades ao norte de Kiev foram fortemente danificadas pelas forças russas, no começo do conflito.
Foto: Alexey Furman/Getty Images
Olhar vazio
Um menino observa uma área destruída, sentado nas ruínas de um prédio demolido por um ataque russo em Kramatorsk, na região de Donbass, em 25 de maio.
Foto: Aris Messinis/AFP
Silos destruídos
Enquanto moradores sitiados sofrem com escassez de alimentos na Ucrânia, silos de grãos na região de Donbass foram destruídos por bombardeios russos, em 25 de maio.
Foto: Alex Chan/ZUMA Wire/IMAGO
Vivendo entre escombros
Moradores de Lyssytschansk, na região de Lugansk, em Donbass, viviam em meio a escombros, temendo novos bombardeios russos, antes de conseguirem deixar a cidade, em 24 de maio.
Foto: Mykola Berdnyk/DW
Cratera em Slovyansk
O menino Maxim posa para foto, em 10 de maio, dentro de uma cratera causada por uma explosão após bombardeio russo ao lado do Skete ortodoxo em homenagem a São João de Xangai, em Adamivka, perto de Slovyansk, na região de Donetsk.
Foto: Andriy Andriyenko/AP Photo/picture alliance
O fim do maior avião do mundo
Foto do dia 5 de maio mostra os restos do Antonov An-225, o maior avião de carga do mundo, que agora repousam ao lado de veículos militares russos completamente destruídos durante combates entre forças russas e ucranianas, no aeroporto Antonov, em Hostomel, nos arredores de Kiev.
Foto: Efrem Lukatsky/AP/picture alliance
Desespero dos moradores
Morador mostra escombros de um prédio de apartamentos destruído em Mariupol, leste da Ucrânia, em 2 de maio de 2022.
Foto: Alexei Alexandrov/AP Photo/picture alliance
Vista surreal
Moradores de Mariupol passam por blocos de apartamentos em ruínas em 30 de abril de 2022.
Foto: Nikolai Trishin/ITAR-TASS/IMAGO
Ligações interrompidas
Esta fotografia tirada em 29 de abril de 2022 mostra uma ponte ferroviária destruída em meio à invasão russa da Ucrânia. Ela fica sobre o rio Siverskyi Donets, em Raygorodok, no leste da Ucrânia.
Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP/Getty Images
Isso era um posto de saúde
Um posto de saúde de atendimento primário destruído em Makariv, na Ucrânia, em 27 de abril de 2022. A imagem foi obtida a partir de um vídeo de mídia social.
Foto: Ukrainian Healthcare Center/REUTERS
Nada sobrou
Uma casa completamente destruída por um bombardeio aéreo em Teterivske, na região da capital, Kiev, em 23 de abril.
Foto: DW
Buscando a normalidade
Os aposentados Vladimir Yakovlev,69, e sua esposa Lyudmila, 67, estão sentados em um banco em um pátio perto de um bloco de apartamentos fortemente danificados durante o conflito Ucrânia-Rússia na cidade portuária de Mariupol, Ucrânia, em 18 de abril de 2022.
Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS
Ataque a Kharkiv
Bombeiros trabalham na extinção de vários focos de incêndio após um ataque russo em Kharkiv, próximo a Kiev, em 16 de abril.
Foto: Felipe Dana/AP Photo/picture alliance
Teatro destruído
Esta foto feita com um drone registra a destruição do prédio do teatro na cidade portuária de Mariupol em 10 de abril.
Foto: Pavel Klimov/REUTERS
Mortos na estação de trem
Ao menos 39 pessoas morreram e 87 ficaram feridas após dois mísseis atingirem uma estação de trem lotada na cidade de Kramatorsk, no leste da Ucrânia, na manhã desta sexta-feira (08/04), afirmaram autoridades do país, em meio à tentativa de civis de deixar a região de Donbass e escapar das tropas russas.
Foto: FADEL SENNA/AFP/Getty Images
Igreja atingida
Objetos religiosos em parte destruídos em um prédio da igreja ortodoxa danificado por bombardeios pesados Tchernihiv, na Ucrânia, em 6 de abril de 2022.
Foto: Serhii Nuzhnenko/REUTERS
Fragilidade do vidro
Vidros de janelas estilhaçados em prédio de apartamentos em Irpin, na Ucrânia, neste dia 31 de março de 2022.
Foto: Zohra Bensemra/REUTERS
Só ruínas do mercado
Restou apenas a estrutura do mercado central de Chernihiv, destruído por um bombardeio em 30 de março de 2022.
Foto: Vladislav Savenok/AP/picture alliance
Escombros na periferia de Kiev
Um jornalista caminha em meio a escombros de casas e prédios após um ataque russo em Byshiv, na periferia de Kiev, capital da Ucrânia, em 27 de março.
Foto: Rodrigo Abd/AP Photo/picture alliance
Destruição por toda parte
Fileira de ônibus queimados colocados pelos defensores do Batalhão Azov ucraniano para impedir o avanço das forças russas na cidade portuária de Mariupol neste dia 23 de março.
Foto: Maximilian Clarke/SOPA Images via ZUMA Press/picture alliance
Centro comercial destruído
Um centro comercial no bairro de Podilskyi, no noroeste de Kiev, foi completamente destruído por um ataque russo em 21 de março, 26º dia da invasão da Ucrânia. Autoridades informaram que ao menos oito pessoas morreram em decorrência do bombardeio.
Foto: Daniel Ceng Shou-Yi/ZUMA/picture alliance
Vista da destruição
Homem remove uma cortina em uma escola danificada entre outros edifícios residenciais em Kiev, Ucrânia, em 18 de março. Forças russas intensificaram ataques a cidades ucranianas, com novos lançamentos de mísseis e bombardeios nas proximidades da capital, Kiev.
Foto: Rodrigo Abd/AP Photo/picture alliance
Pertences para trás
Mulher e criança saem às pressas de prédio residencial bombardeado por militares russos em Kiev, em foto divulgada em 16 de março.
Foto: State Emergency Service of Ukraine/Handout/REUTERS
Em chamas
Bombeiros tentam em 15 de março controlar incêndio em prédio de apartamentos em Kiev danificado por bombardeio russo.
Foto: State Emergency Service of Ukraine/REUTERS
Cidade sob cerco
Mulher caminha em 13 de março em frente a edifícios residenciais atingidos por bombardeios na cidade litorânea de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, que está cercada por militares russos e enfrenta falta de luz, mantimentos e remédios.
Foto: Evgeniy Maloletka/AP Photo/picture alliance
Viagem interrompida
Imagem de 12 de março mostra um carro alvejado por balas ou estilhaços de bomba, abandonado em rua na cidade de Irpin, ao norte de Kiev, ao lado de boneca.
Foto: Sergei Supinsky/AFP/Getty Images
Culto adiado
Soldado ucraniano tira foto em 10 de março de igreja danificada por ataque russo na cidade litorânea de Mariupol.
Foto: Evgeniy Maloletka/AP/dpa/picture alliance
Restos de uma casa
Homem caminha em 8 de março em frente a casa destruída por bombardeio russo na vila de Sopino, na região de Donetsk, controlada por separatistas, no leste da Ucrânia.
Foto: Alexey Kudenko/SNA/Imago
Destruição em Borodyanka
Casas queimam após serem atingidas por bombardeios na cidade de Borodyanka, perto de Kiev, Ucrânia, em 2 de março. Tropas russas entraram na Ucrânia em 24 de fevereiro, levando o presidente do país a declarar lei marcial e desencadeando uma série de severas sanções econômicas impostas por países ocidentais à Rússia.
Foto: Alisa Yakubovych/EPA-EFE
Em busca de algo para salvar
Mulheres inspecionam destroços dentro de um apartamento de um edifício residencial que os moradores locais disseram ter sido danificado pelos recentes bombardeios, na cidade de Gorlovka, controlada pelos separatistas na região de Donetsk, Ucrânia, em 2 de março.
Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS
Ruínas após ataque a Kharkiv
Entrada de um prédio completamente destruída após o bombardeio pelas forças russas, na Praça da Constituição, em Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, em 2 de março.
Foto: Sergey Bobok/AFP
Veículos destruídos
Um homem caminha entre veículos militares russos destruídos em Bucha, próximo a Kiev, em 1º de março.
Foto: Serhii Nuzhnenko/AP/picture alliance
Prefeitura de Kharkiv em ruínas
Um membro do Serviço de Emergência da Ucrânia olha para o edifício da prefeitura após bombardeio na praça central de Kharkiv, em 1º de março.