Tremor de magnitude 7,8 deixa ao menos 350 mortos e mais de 2 mil feridos. "Temo que a cifra aumente", alerta o presidente Rafael Correa. Cerca de 10 mil membros das Forças Armadas trabalham nas operações de resgate.
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Equipes de busca continuam nesta segunda-feira (18/04) o trabalho de resgate das vítimas do terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o litoral norte do Equador no último sábado.
As autoridades do país contabilizaram ao menos 350 mortos e mais de 2 mil feridos. "Temo que essa cifra aumente, porque seguimos removendo os escombros", afirmou neste domingo o presidente equatoriano Rafael Correa, que interrompeu uma viagem oficial à Itália para visitar as áreas afetadas. "O Equador foi atingido com dureza tremenda."
Edifícios, ruas, estradas e balneários foram atingidos. O fornecimento de energia elétrica foi interrompido na região. Cerca de 10 mil homens das Forças Armadas do país foram mobilizados.
Aumenta número de mortos em terremoto no Equador
01:17
Na cidade costeira de Pedernales, uma das mais afetadas, sobreviventes passaram a madrugada nas ruas ao lado dos escombros de suas casas. Barracas improvisadas foram montadas no estádio da cidade para acolher desabrigados. A estrutura intacta também é usada para guardar corpos das vítimas.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) e a União Europeia (UE) ofereceram ajuda ao governo equatoriano para enfrentar o desastre. Os países-membros da UE disponibilizaram 1 milhão de euros em ajuda humanitária ao Equador.
O abalo sísmico de sábado é a pior tragédia ocorrida no país em 67 anos, desde o tremor de Ambato em 1949, que fez mais de 5 mil vítimas, destacou Correa.
KG/rtr/efe/rtr
Terremoto no Equador
Após a série de abalos no Japão, um tremor de magnitude 7,8 fez dezenas de mortos e centenas de feridos no país sul-americano. Solidariedade internacional com as vítimas é grande.
Foto: picture-alliance/dpa/J. Jacome
Tremor de alta magnitude
Às 18h58 (hora local; 20h58 em Brasília) de 16 de março de 2016, um terremoto registrando 7,8 pontos na escala Richter atingiu o litoral norte do Equador, derrubando prédios e causando dezenas de mortes.
Foto: picture-alliance/dpa/Usgs
Estado de emergência
O governo declarou estado de emergência nas províncias mais afetadas: Esmeraldas, Manabí, Guayas, Santo Domingo de los Tsáchilas, Los Ríos e Santa Elena. Mas os efeitos do sismo também chegaram a outras áreas, como a capital, Quito. Em todo o território nacional vigora o estado de exceção.
Foto: picture-alliance/dpa/J. Jacome
Dezenas de mortos
Em poucas horas o número de mortos já chegava a 77, além de quase 600 feridos. O vice-presidente equatoriano, Jorge Glas, mobilizou 10 mil soldados das Forças Armadas e 3.500 policiais para as áreas afetadas.
Foto: Getty Images/AFP/A. Ochoa
Nação solidária
Jorge Glas agradeceu o "patriotismo e solidariedade" das "forças de segurança, médicos e trabalhadores que se mobilizaram para socorrer as vítimas da tragédia" E assegurou: "Nenhum equatoriano está só. Somos uma nação forte, solidária, que está unida e sairá fortalecida desta emergência."
Foto: picture-alliance/dpa/J. Jacome
Apoio internacional
As manifestações de solidariedade de todo o mundo não se fizeram esperar. O papa Francisco orou pelas vítimas, lembrando também os recentes tremores no Japão. "Que a ajuda de Deus e de seus irmãos lhes de força e apoio", conclamou o pontífice argentino diante de milhares de ouvintes em Roma.
Foto: picture-alliance/dpa/J. Jacome
Mecanismo Europeu de Proteção
A pedido das Nações Unidas, a União Europeia ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil. Integrado por 34 nações, o sistema de ajuda em desastres naturais e humanitários fornecerá know-how na avaliação de danos. O envio de auxílio e equipagem também está sendo estudado.