1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Equatorianos escolhem novo presidente

19 de fevereiro de 2017

Mais de 12 milhões de pessoas vão às urnas para escolher sucessor de Rafael Correa e representantes parlamentares. Últimas pesquisas mostram candidato governista, Lenín Moreno, na frente.

Ecuador Präsidentschaftswahl | Wahllokal in Quito
Foto: Reuters/M. Bazo

As eleições presidenciais e legislativas começaram sem incidentes neste domingo (19/02) no Equador, onde 12,8 milhões de pessoas estão aptas a eleger o sucessor do atual presidente, Rafael Correa, assim como o vice-presidente, cinco representantes para o Parlamento Andino e 137 integrantes da Assembleia Nacional para o período 2017-2021.

Além disso, os eleitores vão responder a uma consulta popular sobre uma iniciativa do governo que quer proibir todo funcionário público de ter bens em paraísos fiscais. As urnas abriram às 7h (9h de Brasília) e serão fechadas às 17h (19h), momento em que se conhecerão os resultados das pesquisas de boca de urna.

Para três horas mais tarde há a expectativa da divulgação de uma contagem rápida organizada pelo Conselho Nacional Eleitoral, com os resultados de uma apuração rápida de votos dos candidatos à presidência, com uma margem de erro inferior a 1%. Cinco horas depois do fechamento das urnas serão disponibilizados os primeiros resultados da eleição legislativa.

As últimas pesquisas davam vantagem ao candidato governista, Lenín Moreno, ex-vice-presidente de Correa (2007-2013) e que forma chapa com o atual vice-presidente, Jorge Glas. Atrás de Moreno aparecem o ex-banqueiro Guillermo Lasso, a social-cristã Cynthia Viteri, o social-democrata Paco Moncayo, os populistas Abdullah "Dalo" Bucaram e Patrício Zuquilanda, e os independentes Ivan Espinel e Washington Pesántez. Este são os principais candidatos:

Lenín Moreno, ex-vice-presidente

Moreno propõe seguir o curso da Revolução CidadãFoto: Getty Images/AFP/R. Buendia

Eleito em 2007 vice-presidente de Correa, Moreno tem sido o rosto afável e bem-humorado do "correismo". Sob uma cadeira de rodas desde 1998, após ser assaltado, ele é formado em administração pública. Os programas desenvolvidos sobre a defesa dos direitos das pessoas com necessidades especiais lhe deram prestígio internacional. Moreno, que nasceu em 1953, propõe seguir o curso social e econômico da chamada Revolução Cidadã e criar universidades de ensino técnico. Ele não fez novas propostas para tirar o país da severa crise econômica.

Guillermo Lasso, ex-ministro e ex-banqueiro

Este administrador de empresas de 61 anos foi presidente do Banco de Guayaquil entre 1994 e 2012, uma das instituições financeiras mais importantes do país. Em 1997, ele foi nomeado governador de Guayas, uma das três províncias mais importantes da nação, e logo se tornou ministro da Economia. Membro da Opus Dei e contrário ao aborto, Lasso prometeu durante a campanha criar um milhão de empregos – porém, não deu muitos detalhes de como irá fazê-lo – e reduzir impostos. Ele apoia o livre-comércio e os acordos comerciais com os EUA e a União Europeia e se declarou abertamente contra o chamado Socialismo do Século 21.

Cynthia Viteri, ex-apresentadora de televisão

A probabilidade de Viteri chegar ao 2º turno é baixaFoto: Getty Images/AFP/R. Buendia

Ligada desde o começo da década de 1990 ao Partido Social-Cristão do Equador, Viteri é uma advogada que nasceu em 1965 em Guayaquil, e ficou conhecida como apresentadora de televisão. Como legisladora desde 1998, ela tem ocupado muitos cargos, entre eles o de vice-presidente do Legislativo. Para as eleições de 2017, depois de vários anos de intensa e ativa oposição à Revolução Cidadã, suas probabilidades de chegar ao segundo turno são baixas. Suas principais propostas são um plano de recuperação econômica familiar, a criação de 200 mil postos de trabalho e que o setor privado seja o promotor do emprego e desenvolvimento. Viteri buscaria a retirada do Equador de associações regionais, como a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba).

Paco Moncayo, um militar com honras

A lista de condecorações que o general Paco Mocayo recebeu em seus 40 anos de vida militar preenchem uma página. Economista especializado em ciências internacionais, Mocayo – depois de se aposentar da carreira militar – foi duas vezes prefeito de sua cidade natal, Quito, entre 2000 e 2009. Antes de se aposentar do Exército, ele participou ativamente da política, apoiando os movimentos cívicos que eram contra a má gestão e fraudes nos governos que antecederam a 2007. Uma análise da Faculdade Iberoamericana de Ciências Sociais (Flacso) coloca Moncayo – como único dos oito candidatos à presidência – no centro do espectro político.

FC/dw/efe