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Erdogan manda congelar bens de secretários dos EUA

4 de agosto de 2018

Medida é uma resposta a sanções impostas por Washington a dois ministros turcos. Relações entre os dois países estão abaladas desde a prisão de pastor evangélico americano.

Türkei, Präsident Recep Tayyip Erdogan in Ankara
"As sanções norte-americanas são uma grande falta de respeito em relação à Turquia", disse Erdogan.Foto: picture-alliance/AP Photo/B. Ozbilici

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu neste sábado (04/08) o congelamento de bens na Turquia dos secretários de Justiça e Assuntos Internos dos EUA. É uma resposta a sanções similares impostas por Washington a dois ministros turcos por causa da prisão de um pastor americano.

"Nós mantivemos pacientes até ontem à noite, hoje eu dou a ordem: congelaremos os ativos na Turquia dos secretários da Justiça e do Interior dos EUA, se eles os tiverem", disse Erdogan em um discurso transmitido pela televisão.

"Não queremos fazer parte de um jogo que só vai ter perdedores. Levar uma disputa política e judicial ao campo econômico prejudica os dois países", acrescentou. "As sanções norte-americanas são uma grande falta de respeito em relação à Turquia. Aqueles que pensam que podem fazer recuar a Turquia com uma linguagem ameaçadora e sanções absurdas não conhecem o país.”

A prisão do pastor americano Andrew Brunson, que organizou uma igreja protestante na cidade de Izmir, é um dos muitos casos que têm prejudicado a relação entre os dois países.

As autoridades turcas acusaram o pastor de terrorismo e espionagem e de atuar em conluio com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), classificado como "organização terrorista" pelo governo Erdogan, e ainda com o religioso Fethullah Gülen. Exilado nos EUA desde 1999, o oposicionista Gülen é apontado por Erdogan como o mentor da tentativa frustrada de golpe de Estado de julho de 2016 na Turquia.

Andrew Craig Brunson, que rejeita as acusações, corre o risco de receber pena de até 35 anos de prisão. Preso em outubro de 2016, seu julgamento já transcorre desde o segundo trimestre do ano corrente. Devido a "problemas de saúde", ele foi colocado em prisão domiciliar no dia 26 de julho, por decisão de um tribunal turco.

Em reposta ao caso, os Estados Unidos anunciaram na última quarta-feira (01/08)  sanções contra os ministros do Interior e da Justiça da Turquia, Suleyman Soylu e Abdulhamit Gul, que foram acusados de ter desempenhado um papel ativo na prisão do pastor.

A prisão do pastor americano Andrew Brunson, que organizou uma igreja protestante na cidade de Izmir, é um dos muitos casos que têm prejudicado a relação entre os dois países.

JPS/afp/efe

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