Segundo especialista Michael Lüders, golpe fracassado contra presidente turco, Recep Erdogan, deverá reforçar posição do chefe de Estado, que pode utilizar a ocasião para acerto de contas com opositores e críticos.
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Em entrevista à Deutsche Welle, o editor e estudioso do Islã Michael Lüders, presidente da Sociedade Árabe-Alemã, afirma que é muito simplista imaginar que o Movimento Gülen esteja por trás do levante e que esse fosse capaz de realizar sozinho o golpe de Estado que se sucedeu na noite de sexta-feira (15/07) Turquia.
O especialista em assuntos islâmicos disse ainda que o presidente turco deverá sair fortalecido da tentativa fracassada de golpe de Estado e que "irá, obviamente, agir com o maior rigor contra todos os seus adversários, não apenas dentro das Forças Armadas."
DW: Como você avalia a situação atual na Turquia?
Michael Lüders: Aparentemente, os golpistas não alcançaram o objetivo de derrubar o governo. As forças fiéis ao governo, dentro e fora do Exército, foram capazes de tomar o controle da situação. Assim, o golpe pode ser visto como fracassado.
Aparentemente, a totalidade das Forças Armadas não participou do levante. Já se sabe quem está por trás dessa tentativa de golpe?
Até agora, não temos nenhuma informação sobre os antecedentes e os responsáveis pelo golpe. É certo que somente parte dos militares se rebelou. Mas, no presente momento, ainda não se conhecem detalhes.
Você acha que é possível que Fethullah Gülen esteja por trás da tentativa de golpe, como afirma o presidente Recep Tayyip Erdogan?
O governo Erdogan reage de forma um pouco reflexiva ao fazer tal acusação. É certamente muito simplista imaginar que o Movimento Gülen – ou seja, uma organização transnacional, que está bastante enraizada na Turquia e defende uma visão de um mundo islâmico conservador – esteja por trás do levante.
Anteriormente, esse movimento esteve intimamente ligado ao AKP, partido de Erdogan. Então, os dois brigaram, em parte devido a diferentes pontos de vista sobre a distribuição de poder e recursos. A extensa reivindicação de poder por parte de Erdogan também desagradou ao movimento iniciado pelo imã Fethullah Gülen.
Pode-se descrever tal movimento como uma rede que reúne pessoas com a mesma visão de mundo, tentando fazer com que elas assumam postos importantes no governo e na sociedade. Parece-me um pouco absurdo pensar que os seguidores do imã Gülen sejam capazes agora de realizar, sozinhos, esse golpe.
O que poderia ter motivado os golpistas?
O provável motivo pode ser a insatisfação de partes do Exército e da população com a política do governo Erdogan. No centro das críticas devem estar a reivindicação de poder absoluto por parte do presidente e a questão de como lidar com a crescente violência na Turquia – ou seja, com os atentados terroristas, com o conflito no sudeste do país, como também na Síria.
Possivelmente, houve opiniões divergentes quanto a esses pontos – mas também contas que os golpistas queriam acertar com Erdogan devido a algumas de suas decisões. Mas tudo isso são suposições, até agora não temos nenhuma certeza.
Houve alguma indicação de que os militares ou elementos das Forças Armadas poderiam se posicionar contra Erdogan e o governo AKP?
Não, não houve. Nos últimos tempos, as relações entre Erdogan e os militares turcos estavam, na verdade, boas. Nos anos anteriores, o Exército via no presidente um adversário, porque ele havia enfraquecido os militares. Antes da subida ao poder pelo governo de Recep Tayyip Erdogan, em 2002, os militares eram a instância que dominava a política no país – até mesmo a execução de um golpe.
Erdogan reduziu maciçamente essa influência. Em contrapartida, ele concedeu privilégios aos membros das Forças Armadas. Por esse motivo, as relações entre o chefe de Estado e os militares eram tão boas. Assim, esse golpe foi uma surpresa. E ele não foi muito bem preparado, pois os golpistas não conseguiram nem mesmo assumir o controle completo dos meios de comunicação. Esse é um dos pré-requisitos para que um golpe seja bem-sucedido. Eles também não foram capazes de atrair para seu lado partes indecisas do Exército.
Ainda na noite da tentativa de golpe, Erdogan retornou de suas férias para Ancara. Isso não é sem risco. Ele já estava certo de que o golpe iria fracassar?
Logo após sua chegada à Ancara, ele deu uma coletiva de imprensa, para sinalizar que a situação era estável. Quando um golpe de Estado acontece, certamente faz sentido que o presidente se mostre à população. Que ele sinalize aos seus apoiadores: Eu estou aqui, vocês podem continuar a contar comigo. Mas, é claro, que isso pode ser arriscado. Não se podem descartar ataques quando Erdogan sobrevoa a Turquia com seu helicóptero.
Os partidários de Erdogan se posicionaram contra o golpe. Isso poderia contribuir para que o presidente veja a sua posição reforçada e que ele dê continuidade à sua política, sobretudo a de enfraquecimento da democracia?
Depois da tentativa fracassada de golpe, Erdogan irá, obviamente, agir com o maior rigor contra todos os seus adversários, não apenas dentro das Forças Armadas. Qualquer pessoa que, no passado ou no presente, tenha falado de forma crítica contra ele ou seu governo, estará agora sob suspeita generalizada de traição. Certamente, o país será varrido agora por uma chamada onda de expurgo. Os opositores de Erdogan serão afastados de seus postos. Em última análise, o golpe vai ajudar Erdogan a fortalecer ainda mais a sua posição absoluta de poder.
Que implicações essa tentativa de golpe terá para a Europa, Otan e para a luta contra o "Estado Islâmico" na Síria e no Iraque?
Acredito que nada vai mudar. Erdogan teve muita solidariedade, do presidente Barack Obama até a chanceler federal alemã, Angela Merkel. Ambos se posicionaram contra essa tentativa de golpe. Isso fortalece, indiretamente, o apoio ao presidente turco. Então é de se esperar que os políticos turcos deem continuidade ao seu curso anterior, com todas as suas vantagens e desvantagens.
O mês de julho em imagens
Alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: picture-alliance/PA Wire/G. Fuller
Lula se torna réu
A Justiça Federal aceitou denúncia apresentada pelo MPF do Distrito Federal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-senador Delcídio do Amaral e mais cinco pessoas acusadas de obstrução das investigações da Operação Lava Jato. Eles são acusados de tentar impedir o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró de assinar acordo de delação premiada. (29/07)
Foto: Getty Images/AFP/N. Almeida
Al Nusra anuncia sepração da Al Qaeda
Numa inédita aparição num vídeo difundido pela emissora Al Jazeera, o líder da Frente Al Nusra, Abu Mohamad al-Jolani, anunciou a desvinculação da rede terrorista Al Qaeda. Além disso, ele comunicou que o mais importante grupo jihadista na Síria depois do EI, seu grande rival, mudará seu nome para Frente Fateh al-Sham. (28/07)
Foto: picture alliance/ZUMA Press/M. Dairieh
Papa pede que Polônia acolha refugiados
O papa Francisco pediu ao governo da Polônia para se mostrar disposto a receber "aqueles que fogem da guerra e da fome", em discruso com a presença do presidente polonês, Andrzej Duda. Em contraste com outros países europeus, a Polônia se nega a acolher um número elevado de refugiados vindos de regiões em crise, como Síria, Iraque e Afeganistão. (27/07)
Foto: picture alliance/dpa/P. Supernak
Hillary é candidata democrata à Casa Branca
A ex-secretária de Estado americana Hillary Clinton foi oficialmente nomeada candidata do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos durante a convenção nacional da legenda na Filadélfia. Com isso, Hillary torna-se a primeira mulher a concorrer à Casa Branca por um dos dois grandes partidos americanos. "Este momento é para todas as garotas que sonham alto", comemorou a democrata. (26/07)
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Mortos em ataque no Japão
Um homem matou pelo menos 19 pessoas e feriu outras 45 a facadas após invadir uma clínica para pacientes com deficiência em Sagamihara, no Japão. O suspeito se entregou à polícia e disse ser um ex-funcionário da instituição. Segundo o jornal japonês "Asahi Shimbun", o agressor teria dito às autoridades que desejava "se livrar dos deficientes desse mundo". (25/07)
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Ataques no sul da Alemanha
Um refugiado sírio de 21 anos matou uma mulher e feriu outras cinco pessoas na cidade de Reutlingen, no sul da Alemanha, usando um facão. O jovem, que já tinha passagens pela polícia por crimes como agressão e roubo, foi preso. Já em Ansbach, também no sul do país, um sírio de 27 anos detonou uma bomba caseira na entrada de um festival de música e feriu 12 pessoas. Ele morreu no atentado. (24/07)
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Munique presta homenagens a vítimas
Flores foram espalhadas na região do shopping Olympia, no noroeste de Munique, um dia depois do ataque que deixou nove mortos e 16 feridos. Um atirador de 18 anos disparou contra clientes de uma filial do McDonald's e frequentadores do centro de compras. O prefeito de Munique decretou luto de um dia na capital da Baviera. (23/07)
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Trump encerra convenção republicana
O empresário Donald Trump aceitou oficialmente a indicação como candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos. O anúncio foi realizado num longo discurso durante o encerramento da convenção nacional da legenda em Cleveland. Ao longo de 75 minutos, Trump focou na promessa de reviver os EUA e restaurar "a lei e a ordem" no país, citando políticas rigorosas de imigração. (21/07)
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Merkel recebe May em Berlim
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, reuniu-se com a chanceler federal alemã Angela Merkel, em Berlim, em sua primeira viagem ao exterior. Um dos temas principais da agenda foi a saída britânica da União Europeia. May pediu mais tempo para preparar pedido formal de Brexit, que só deve ser feito em 2017, e expressou desejo de relações estreitas com aliados europeus após saída. (20/07)
Foto: picture alliance/AP images/Sight
Trump oficializado candidato à Casa Branca
O magnata Donald Trump foi nomeado oficialmente candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos durante o segundo dia da convenção nacional da legenda. No evento, que ocorre em Cleveland, Trump garantiu os 1.237 votos dos delegados do partido – o mínimo necessário para oficializar a indicação pela legenda. "É uma honra", declara o empresário. (19/07)
Foto: Reuters/M. Segar
Ataque em trem no sul da Alemanha
Um jovem do Afeganistão de 17 anos invadiu um trem regional na cidade de Würzburg, no sul da Alemanha, e feriu pelo menos cinco passageiros com golpes de machado e faca. O suspeito, que chegou sozinho ao país como requerente de asilo, foi morto pela polícia ao tentar fugir do local. Quatro pessoas estão em estado grave. As motivações do ataque não foram inicialmente esclarecidas. (18/07)
Foto: picture-alliance/AP Photo/K.-J. Hildenbrand
Novas mortes de policiais no sul dos EUA
Dez dias após morte de cinco policiais em Dallas, três outros foram fuzilados em Baton Rouge, Luisiana. Há também feridos. Os agentes da lei foram vítimas de uma emboscada quando atendiam a um chamado de emergência relativo a tiros ouvidos. Um dos suspeitos do ataque foi abatido, dois outros estão foragidos, informou porta-voz da polícia. (17/07)
Foto: Reuters/J.Bachman
Apoio em massa para Erdogan
No dia após o golpe de Estado frustrado, com saldo de 160 mortos, grande parte da população de Ancara atendeu ao apelo de políticos turcos de ponta, entre os quais o próprio chefe de Estado Recep Tayyip Erdogan, para ir às ruas reafirmar seu apoio ao governo. Na operação de limpeza subsequente já foram presos cerca de 2.800 militares e destituídos mais de 2.700 juízes. (16/07)
Foto: DW/D. Cupolo
Tentativa de golpe militar na Turquia
Militares turcos geraram caos ao declarar que tomaram "totalmente o comando" de Ancara. As autoridades locais, porém, negaram ter perdido o controle, e uma onda de ataques, manifestações e conflitos se iniciaram em Istambul e na capital. A confusão adentrou a madrugada e, na manhã do dia seguinte, o presidente Erdogan declarou ter retomado o controle da situação e fracassado o golpe. (15/07)
Foto: Reuters/T. Berkin
Dezenas de mortos em ataque na França
Um caminhão avançou sobre uma multidão e matou dezenas de pessoas em Nice, no sul da França. As primeiras declarações oficiais falavam em mais de 70 mortos. Milhares de pessoas estavam reunidas para acompanhar a queima de fogos de artifício em comemoração ao Dia da Bastilha, data nacional da França. O motorista do caminhão, carregado com armas e explosivos, foi morto a tiros pela polícia. (14/07)
Foto: Getty Images/AFP/V. Hache
A nova premiê britânica
A líder do Partido Conservador, Theresa May, tornou-se primeira-ministra britânica depois de ser nomeada pela rainha Elizabeth 2ª em audiência no Palácio de Buckingham, em Londres. May, de 59 anos, é a segunda mulher a ocupar o cargo, depois da também conservadora Margaret Thatcher (1979-1990). "Depois do referendo, temos diante de nós uma época de grandes mudanças", afirmou. (13/07)
Foto: Reuters/S. Wermuth
Funeral de policiais em Dallas
Em discurso durante o funeral dos cinco policiais mortos por um franco-atirador em Dallas, o presidente americano, Barack Obama, afirmou que o massacre expôs a "falha mais profunda" da democracia dos EUA. "Estou aqui para dizer que devemos rejeitar tamanho desespero. Estou aqui para insistir que não estamos tão divididos quanto parecemos. (12/07)
Foto: picture-alliance/AP Photo/E. Gay
Festa em Lisboa
Milhares de portugueses recepcionaram a seleção de Portugal no aeroporto de Lisboa após a inédita conquista da Eurocopa. Com um gol do atacante Éder, na segunda etapa da prorrogação, a Seleção das Quinas derrotou a anfitriã França, neste domingo, e conquistou seu primeiro título no futebol mundial. (11/07)
Foto: picture-alliance/dpa/P.Duarte
Protesto violento em Berlim
Berlim viveu a manifestação mais violenta dos últimos cinco anos na cidade, com 123 policiais feridos e 86 detidos. O protesto contra a desocupação de um prédio no bairro de Friedrichshein começou de forma pacífica. Horas depois, centenas de manifestantes encapuzados entraram em confronto com a polícia, atirando pedras, garrafas e fogos de artifício. A violência se estendeu por horas. (10/07)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Gambarini
Massacre em Dallas
Franco-atiradores fizeram uma emboscada e abriram fogo contra policiais durante um ato contra a morte de dois negros nos EUA. Cinco agentes de segurança foram mortos e seis ficaram feridos no incidente mais mortal para a polícia americana desde o 11 de Setembro. Três suspeitos foram detidos. Um deles disse que "queria matar pessoas brancas". (08/07)
Foto: picture-alliance/dpa/S. N. Pool/The Dallas Morning News
Cunha renuncia à presidência da Câmara
O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), renunciou à presidência da casa. Cunha disse que é alvo de perseguição por ter aceito a denúncia que deu início ao processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. "Resolvi ceder ao apelos generalizados dos meus apoiadores. Somente a minha renúncia poderá pôr fim a essa instabilidade sem prazo." (07/07)
Foto: Reuters/U. Marcelino
Relatório critica invasão britânica no Iraque
Um relatório divulgado em Londres criticou o ex-premiê Tony Blair e seu governo pela decisão de se unir à invasão do Iraque, liderada pelos EUA, sem que houvesse base legal satisfatória ou planejamento adequado. O chamado relatório Chilcot conclui que o Reino Unido se uniu à invasão sem esgotar as alternativas pacíficas e subestimou as consequências de sua participação na guerra. (06/07)
Foto: picture-alliance/Photoshot
Sonda Juno entra na órbita de Júpiter
Após uma viagem de cinco anos e 870 milhões de quilômetros, a sonda Juno da Agência Espacial Americana (Nasa), movida a energia solar, entrou na órbita de Júpiter. Durante 20 meses, a nave não tripulada dará 37 voltas ao redor do planeta até chegar à sua superfície. A sonda deslocou-se a uma velocidade de mais de 200 mil quilômetros por hora. Custo da missão? Cerca de 1 bilhão de dólares. (05/07)
Dois dias antes do fim do mês sagrado muçulmano do Ramadã, homem-bomba detonou colete explosivo próximo à Mesquita do Profeta, a segunda mais sagrada do islã. A explosão matou quatro seguranças, além dos próprio agressor. Horas antes, o país registrou detonações perto de uma mesquita em Qatif, cidade de maioria xiita, e de consulado americano em Jidá. (04/07)
Foto: Reuters
Mais de 100 mortos em Bagdá
Um atentado com carro-bomba matou mais de cem pessoas e feriu quase 200 numa área comercial do centro da capital iraquiana. O ataque foi reivindicado pelo grupo "Estado Islâmico" (EI). Um suicida detonou os explosivos quando passava de carro no meio de uma multidão de maioria xiita que fazia compras na véspera do final do mês sagrado muçulmano do Ramadã. (03/07)
Foto: picture-alliance/dpa/A. Abbas
Ataque em Bangladesh
Vinte reféns foram mortos por terroristas do grupo "Estado Islâmico" (EI) num restaurante frequentado por estrangeiros na região diplomática de Daca, capital de Bangladesh, anunciou o Exército do país. A maioria das vítimas era da Itália e Japão. Seis jihadistas e dois policiais foram mortos. (02/07).
Foto: Reuters/M. Hossain Opu
Cem anos da Batalha do Somme
Reino Unido e França lembraram o centenário do início da Batalha do Somme, em que os dois países combateram as linhas de defesa alemãs em território francês. O combate é considerado um dos mais sangrentos da Primeira Guerra Mundial. Mais de 1 milhão de pessoas morreram, ficaram feridas ou desapareceram durante a Batalha do Somme, que durou de julho até novembro de 1916. (1º/07)