1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Erlangen floriu com os huguenotes

cs / lk2 de abril de 2005

Com uma história milenar e pouco mais de 100 mil habitantes, a cidade que sedia a Siemens e a segunda maior universidade da Baviera se considera a menor "cidade grande" da Alemanha.

A Orangerie, construída em 1705/06Foto: Illuscope

Situada na Baviera, nas proximidades de Nurembergue, Erlangen dificilmente faz parte do roteiro de algum brasileiro que não venha especificamente à Alemanha para trabalhar ou estudar lá.

A cidade, mencionada em documento pela primeira vez no ano de 1002, tem a oferecer a seus visitantes não somente o passado, que se reflete inclusive em seu planejamento urbano. Com uma população de pouco mais de 100 mil habitantes, Erlangen é tão pujante que seus habitantes a consideram a menor "cidade grande" da Alemanha.

O dinamismo se deve em grande parte aos universitários – com 25 mil estudantes, a Universidade de Erlangen é a segunda maior da Baviera – e à presença da Siemens, que mantém na cidade cinco de suas unidades de negócios, responsáveis por um terço do faturamento mundial do conglomerado.

Florescimento graças aos franceses

O impulso decisivo para que a cidade crescesse partiu do rei francês Luís 14. Com seu edito de 18 de outubro de 1685, o rei sol aboliu a tolerância da Igreja Reformada na França, fazendo com que 200 mil protestantes fugissem do país. Da mesma forma que outros príncipes alemães, o então regente de Erlangen, margrave Christian Ernst, ofereceu refúgio aos chamados huguenotes.

Christian Ernst não o fez apenas por amor ao próximo, e sim porque esperava que os protestantes franceses, conhecidos como artesãos hábeis, contribuíssem para o crescimento econômico da cidade. Para abrigar os recém-chegados, mandou construir em 1686/86 a "cidade nova" (Neustadt), ao sul do centro histórico (Altstadt).

O teatro da cidade, também do início do século 18Foto: dpa

Planejado segundo os moldes arquitetônicos mais modernos da época, o centro novo de Erlangen, barroco, com suas ruas retas traçadas como num tabuleiro de xadrez, determina até hoje o caráter da cidade. Com sua construção, o margrave imortalizou também seu próprio nome.

Cerveja famosa

Um setor em que Erlangen adquiriu fama além de suas fronteiras foi a produção de cerveja. Na época de ouro, a cidade chegou a ter 20 cervejarias, que se serviam de amplas caves na colina do castelo para armazenar a preciosa bebida. Hoje a cerveja é conservada em refrigeradores gigantes, mas o turista interessado pode ficar conhecendo o sistema de caves por meio de visitas guiadas.

Locomoção sobre duas rodas

Erlangen tem fama também de ser uma cidade das bicicletas. Em parte, porque a locomoção sobre duas rodas é mais rápida: avançar com o carro é difícil nas inúmeras ruas de mão única. Mas a rede de 180 quilômetros de ciclovias é um convite também para tours prolongados pela região da Francônia, em rotas que conduzem por restaurantes típicos, onde se pode saborear carpas criadas em lagos locais.

Pular a seção Mais sobre este assunto
Pular a seção Manchete

Manchete

Pular a seção Outros temas em destaque