Produto contaminado com inseticida fipronil já é encontrado em 16 países europeus e também na Ásia. Escalada da crise leva União Europeia a convocar cúpula extraordinária.
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O escândalo de contaminação de ovos que abala a Europa agora já envolve 16 países no continente e chegou até a Ásia, anunciou a Comissão Europeia nesta sexta-feira (11/08). Os ovos contaminados com fipronil, um inseticida tóxico, foram encontrados em Hong Kong, na Suíça e em 15 países pertencentes ao bloco europeu.
Usada para combater pulgas, piolhos e carrapatos de animais, a substância é banida da indústria alimentícia da União Europeia.
Granjas foram fechadas em Bélgica, Holanda, Alemanha e França – países em que ovos contaminados com filpronil foram produzidos. Os outros países – Suécia, Reino Unido, Áustria, Irlanda, Itália Luxemburgo, Polônia, Romênia, Eslováquia, Eslovênia e Dinamarca – receberam os ovos por meio de importações.
Hong Kong também recebeu alguns ovos contaminados importados da Holanda, tornando-se o primeiro local na Ásia a ser afetado. A Comissão Europeia não deu mais detalhes.
A escalada da crise a um nível global levou autoridades europeias a propor uma reunião extraordinária em setembro para discutir o tema.
O objetivo seria "tirar as lições relevantes e discutir formas de melhorar a eficácia do sistema da UE para lidar com fraudes alimentares”, disse a porta-voz da Comissão Europeia Mina Andreeva.
A ideia é realizar o encontro apenas em setembro para dar distanciamento do evento e considerar o maior número de fatos possível.
Com a retirada de milhões de ovos e produtos contendo o alimento de supermercados europeus desde que o escândalo veio a público, em 1° de agosto, países envolvidos têm trocado acusações sobre quem seriam os responsáveis.
A Bélgica acusou a Holanda de ter conhecimento das contaminações desde novembro de 2016 e não ter notificado outros países, o que os holandeses negam.
Mas a Bélgica também admitiu que sabia do problema em junho e o manteve em segredo por quase dois meses devido a uma investigação criminal. Investigadores realizaram batidas em diversos locais na quinta-feira e prenderam duas pessoas em uma empresa holandesa.
A Organização Mundial da Saúde afirmou que, quando ingerida em grandes quantidades, a substância pode prejudicar rins, fígado e glândulas tiroides.
No entanto, a maioria dos alemães diz não estar muito preocupada com o tema. De acordo com a pesquisa "Politbarometer”, da emissora alemã ZDF, 61% dos entrevistados não acreditam que sua saúde esteja em perigo.
PJ/afp/ap/dpa
Dez ações contra as mudanças climáticas
Três quartos dos gases estufa são produzidos pela combustão de carvão, petróleo e gás natural; o resto, pela agricultura e desmatamento. Como se podem evitar gases poluentes? Veja dez dicas que qualquer um pode seguir.
Foto: picture-alliance/dpa
Usar menos carvão, petróleo e gás
A maioria dos gases estufa provém das usinas de energia, indústria e transportes. O aquecimento de edifícios é responsável por 6% das emissões globais de gases poluentes. Quem utiliza a energia de forma eficiente e economiza carvão, petróleo e gás também protege o clima.
Foto: picture-alliance/dpa
Produzir a própria energia limpa
Hoje, energia não só vem de usinas termelétricas a carvão, óleo combustível e gás natural. Há alternativas, que atualmente são até mesmo mais econômicas. É possível produzir a própria energia e, muitas vezes, mais do que se consome. Os telhados oferecem bastante espaço para painéis solares, uma tecnologia que já está estabelecida.
Foto: Mobisol
Apoiar boas ideias
Cada vez mais municípios, empresas e cooperativas investem em fontes energéticas renováveis e vendem energia limpa. Este parque solar está situado em Saerbeck, município alemão de 7,2 mil habitantes que produz mais energia do que consome. Na foto, a visita de uma delegação americana à cidade.
Foto: Gemeinde Saerbeck/Ulrich Gunka
Não apoiar empresas poluentes
Um número cada vez maior de cidadãos, companhias de seguro, universidades e cidades evita aplicar seu dinheiro em companhias de combustíveis fósseis. Na Alemanha, Münster é a primeira cidade a aderir ao chamado movimento de desinvestimento. Em nível mundial, essa iniciativa abrange dezenas de cidades. Esse movimento global é dinâmico – todos podem participar.
Foto: 350.org/Linda Choritz
Andar de bicicleta, ônibus e trem
Bicicletas, ônibus e trem economizam bastante CO2. Em comparação com o carro, um ônibus é cinco vezes mais ecológico, e um trem elétrico, até 15 vezes mais. Em Amsterdã, a maior parte da população usa a bicicleta. Por meio de largas ciclovias, a prefeitura da cidade garante o bom funcionamento desse sistema.
Foto: DW/G. Rueter
Melhor não voar
Viajar de avião é extremamente prejudicial ao clima. Os fatos demonstram o dilema: para atender às metas climáticas, cada habitante do planeta deveria produzir, em média, no máximo 5,9 toneladas de CO2 anualmente. No entanto, uma viagem de ida e volta entre Berlim e Nova York ocasiona, por passageiro, já 6,5 toneladas de CO2.
Foto: Getty Images/AFP/P. Huguen
Comer menos carne
Para o clima, também a agricultura é um problema. No plantio do arroz ou nos estômagos de bois, vacas, cabras e ovelhas é produzido o gás metano, que é muito prejudicial ao clima. A criação de gado e o aumento mundial de consumo de carne são críticos também devido à crescente demanda de soja para ração animal. Esse cultivo ocasiona o desmatamento de florestas tropicais.
Foto: Getty Images/J. Sullivan
Comprar alimentos orgânicos
O óxido nitroso é particularmente prejudicial ao clima. Sua contribuição para o efeito estufa global gira em torno de 6%. Ele é produzido em usinas de energia e motores, mas principalmente também através do uso de fertilizantes artificiais no agronegócio. Esse tipo de fertilizante é proibido na agricultura ecológica e, por isso, emite-se menos óxido nitroso, o que ajuda a proteger o clima.
Foto: imago/R. Lueger
Sustentabilidade na construção e no consumo
Na produção de aço e cimento emite-se muito CO2, em contrapartida, ele é retirado da atmosfera no processo de crescimento das plantas. A escolha consciente de materiais de construção ajuda o clima. O mesmo vale para o consumo em geral. Para uma massagem, não se precisa de combustível fóssil, mas para copos plásticos, que todo dia acabam no lixo, necessita-se uma grande quantidade dele.
Foto: Oliver Ristau
Assumir responsabilidades
Como evitar gases estufa, para que, em todo mundo, as crianças e os filhos que elas virão a ter possam viver bem sem uma catástrofe do clima? Esses estudantes estão fascinados com a energia mais limpa e veem uma chance para o seu futuro. Todos podem ajudar para que isso possa acontecer.