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Escalando moinhos de vento

lk6 de agosto de 2003

Para quem já enjoou de bungee jump, rafting e paraglider, o norte da Alemanha oferece uma alternativa: os cata-ventos que produzem energia eólica são o novo objeto do desejo dos amantes de esportes radicais.

Nova forma de aventura para quem aprecia as alturasFoto: AP

Em cidades grandes, eles se atiram do alto de arranha-céus com apenas um pára-quedas minúsculo preso às costas. Saltam de helicópteros por sobre picos quase inacessíveis, para percorrer em corridas arriscadas pistas nunca antes tocadas por seres humanos com seus esquis. Mas em Klanxbüll— um povoado na fronteira entre a Alemanha e a Dinamarca —, onde não existem arranha-céus nem montanhas para ser sobrepujados, os entusiastas dos esportes radicais descobriram um novo desafio: escalar moinhos de ventos.

Galgar alturas em meio à paisagem plana

Foto: AP

Até há pouco tempo, seria preciso ter muita imaginação para acreditar que a planície em que se situa Klanxbüll se tornaria uma atração para os aficionados em alturas. O que talvez nunca teria acontecido, não fosse a idéia de um grupo de operadores de turismo, de dar nova utilidade às turbinas de 48 metros de altura que se multiplicam na paisagem, aproveitando o vento constante para produzir energia elétrica.

Agora o tour faz parte do programa turístico de Klanxbüll: de maio a setembro, corajosos de pelo menos 14 anos de idade podem dedicar as tardes das quartas-feiras à produção de doses extras de adrenalina. Quem quiser colocar sua intrepidez à prova, paga 18 euros pela aventura.

Subir passo a passo os cem degraus de um dos 28 moinhos de vento da região exige coragem, mesmo que cordas metálicas especiais protejam o candidato à aventura contra descidas precipitadas e involuntárias. E, naturalmente, também um bom preparo físico para galgar os 48 metros enfrentando o vento que sopra forte. Ute Rolfs, diretora do centro de informação turística de Wiedingharde, na vizinhança, garante que nunca ocorreu nenhum acidente na prática do novo esporte radical.

A recompensa, além da satisfação de ter vencido um novo desafio e — principalmente — o próprio medo, é a vista espetacular de 360 graus de todo o norte da Frísia, o litoral do Mar do Norte, o baixio costeiro do Wattenmeer, e as ilhas de Sylt e Föhr.