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Idioma

Maik Meuser (sv)17 de fevereiro de 2008

Especialistas apontam que o aprendizado de dois idiomas na infância é a porta de entrada para o sucesso no mundo globalizado. Cadeia de escola particular aposta na idéia e abre filiais nas grandes cidades do país.

Aprender inglês o mais cedo possível?Foto: dpa

Segundo as últimas, há na Alemanha aproximadamente 600 escolas bilíngües. Há dez anos, eram apenas 380. A demanda por este tipo de estabelecimento de ensino cresce no país, o que gera, ao mesmo tempo, uma tendência à abertura de escolas particulares.

Uma delas é a cadeia Phorms, que possui filiais em Berlim, Munique, Colônia e Frankfurt. Para a professora Verena Herz, que dá aulas na escola da capital alemã, "enviar uma criança a uma escola bilíngüe não implica de forma alguma em sobrecarregá-la".

"Há pesquisas provando que quanto mais cedo uma criança tem contato com um idioma estrangeiro, mais prazer ela terá no aprendizado de novas línguas em idade adulta. Na infância, é também mais fácil aprender um outro idioma, já que a fase de aprendizado da primeira língua também não está ainda concluída", explica Herz.

De olho no futuro

A cadeia Phorms planeja inaugurar ainda este ano uma segunda escola de ensino fundamental em Berlim. Nos próximos anos, a idéia é expandir a cadeia para o resto do país, com a abertura de mais 40 estabelecimentos. "Os pais dos nossos alunos são profissionais que trabalham muito e têm interesse em garantir uma educação especial para seus filhos. Não são apenas pessoas com muito dinheiro, mas sim pessoas com visão de futuro", diz a diretora Celia Budge.

O que se esconde atrás do enorme interesse por idiomas estrangeiros é, na maioria das vezes, a expectativa de que o aluno se dê excepcionalmente bem no mercado de trabalho na idade adulta. As mensalidades da escola variam de caso para caso, de acordo com a condição financeira dos pais, podendo oscilar dos 200 aos 900 euros.

Compreender outra cultura

Mas a tendência às escolas bilíngües não se resume a estabelecimentos criados para gerar futuros "vips". No bairro operário de Neukölln, em Berlim, Norbert Weiser coordena um projeto sui generis numa região considerada problemática pela administração da cidade: uma escola pública franco-alemã, numa área habitada basicamente por imigrantes e seus descendentes.

"A compreensão de um outro idioma aumenta rapidamente, quando a criança se confronta diariamente com uma outra língua. E o aluno não precisa ser extremamente inteligente para dar conta. Mesmo para uma criança que tem rendimentos médios na escola, é uma grande vantagem aprender cedo outra língua", garante Weiser.

O projeto das escolas franco-alemãs existe em quatro estabelecimentos de ensino fundamental em Berlim. Para o coordenador Weiser, a relevância do aprendizado vai muito além da expectativa de uma melhor qualificação profissional no futuro. "Não se trata apenas de um idioma, mas também de uma outra cultura que se aprende", resume.

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