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Esfaqueamento gera protesto de extrema direita na Saxônia

27 de agosto de 2018

Centenas de pessoas saem às ruas de Chemnitz após alemão ser morto durante briga que envolveu pessoas de "várias nacionalidades". Violenta manifestação convocada por grupos de extrema direita sobrecarrega polícia.

Cerca de 800 pessoas saíram às ruas de Chemnitz após homem ser esfaqueado e morto
Cerca de 800 pessoas saíram às ruas de Chemnitz após homem ser esfaqueado e mortoFoto: picture-alliance/dpa/A. Seidel

A morte de um cidadão alemão levou vários grupos de extrema direita a convocarem um protesto em Chemnitz, no leste da Alemanha, neste domingo (26/08). A polícia teve dificuldades de controlar a multidão, e algumas pessoas teriam perseguido e atacado estrangeiros.

Uma porta-voz da cidade de Chemnitz disse nesta segunda-feira que a polícia investiga diversos incidentes violentos ocorridos durante a manifestação, entre eles dois casos de lesões corporais, um de intimidação e outro de resistência à detenção.

O protesto levou aproximadamente 800 pessoas às ruas e foi organizado em resposta à morte de um homem de cidadania alemã de 35 anos. Ele foi esfaqueado na noite de sábado durante uma briga que envolveu dez pessoas de "várias nacionalidades", segundo fontes policiais.

Além da vítima, outros dois homens na casa dos 30 anos sofreram ferimentos graves, enquanto outros dois, de 22 e 23 anos, foram presos e estão sob investigação por homicídio. A polícia ainda não divulgou as nacionalidades dos envolvidos, alegando que a investigação se encontra num estágio inicial.

As autoridades também ainda não falaram sobre o que gerou a discussão e a briga, mas de acordo com a imprensa alemã, circularam rumores de que o entrevero começou depois que uma mulher foi supostamente assediada. Fontes policiais não confirmaram essa informação.

O protesto de domingo foi convocado via redes sociais. Entre os grupos que pediram aos seus partidários para irem às ruas estava o partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD). E, segundo o tabloide Bild, a torcida organizada de direita "Kaotic Chemnitz" também reuniu seus membros.

A polícia teve problemas para controlar a multidão. As autoridades relataram que os manifestantes não cooperavam e jogavam garrafas nos policiais. Sobrecarregada com a convocação espontânea do protesto, a polícia de Chemnitz recebeu reforços das cidades vizinhas de Leipzig e Dresden.

Fontes policiais relataram à revista alemã Der Spiegel que várias pessoas apresentaram acusações de agressão, incluindo um alemão, uma mulher de ascendência búlgara e um homem de origem síria. A morte e os protestos violentos forçaram o encerramento antecipado de um festival de rua na cidade.   

PV/dpa/ap

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