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Criminalidade

Espírito Santo começa a retornar à normalidade

13 de fevereiro de 2017

Após onda de saques e violência em meio à paralisação da Polícia Militar, autoridades afirmam que ordem foi restaurada no estado. Mais de 1.200 policiais voltam a patrulhar as ruas, e lojas e escolas abrem as portas.

Protesto de familiares continua, mas muitos PMs já deixaram os batalhões e voltaram ao trabalho
Protesto de familiares continua, mas muitos PMs já deixaram os batalhões e voltaram ao trabalhoFoto: Reuters/P. Whitaker

Após dez dias de paralisação da Polícia Militar, o governo do Espírito Santo informou que o expediente nas repartições públicas voltará ao normal nesta segunda-feira (13/02), assim como as aulas nas escolas da rede estadual e o atendimento em postos de saúde.

Os ônibus do Sistema Transcol também voltam a operar em horário normal na região metropolitana de Vitória nesta segunda-feira, com exceção de algumas linhas e do serviço noturno.

Leia mais: Segurança não pode depender apenas da PM

As lojas devem voltar a abrir as portas. Na semana passada, shopping centers e grandes redes de supermercados funcionaram em horário reduzido. Durante a paralisação da PM, centenas de estabelecimentos foram saqueados, e o prejuízo total do comércio foi estimado em cerca de 300 milhões de reais.

Após um acordo entre associações de policiais militares e o governo estadual, PMs começaram a retornar ao trabalho no sábado. A Secretaria de Segurança Pública do estado informou neste domingo que 1.236 voltaram a patrulhar as ruas. Em dias normais, o policiamento é feito por 2 mil PMs.

No total, a corporação conta com 10 mil homens. Os agentes que voltaram ao serviço no fim de semana, atendendo ao chamado do Comando-Geral, se somaram aos cerca de 3 mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional convocados em meio à crise.

"Vida bem mais tranquila"

Neste domingo, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que a ordem e a segurança pública haviam sido restauradas no ES. Segundo ele, a paralisação da PM estava em declínio, e os homens das forças Armadas permanecerão no estado enquanto for necessário.

"A grande Vitória está levando uma vida bem mais tranquila [...] A determinação do presidente da República, de recuperar a ordem, está sendo atendida", afirmou Jungmann.

Esposas dos PMs reivindicam melhores salários e condições de trabalhoFoto: Reuters/P. Whitaker

A PM, com o apoio do Exército, retirou de helicóptero, neste domingo, agentes do Batalhão de Missões Especiais, a tropa de elite da corporação no Espírito Santo, para fazer o policiamento ostensivo nas ruas da região metropolitana da capital capixaba. A entrada do quartel continua bloqueada pelas mulheres dos policiais, que deram início ao movimento grevista há dez dias.

No sábado, 70 policiais foram retirados de helicóptero do Quartel do Comando-Geral da corporação em Maruípe, na região central de Vitória. Segundo a SSP-ES, esses PMs queriam voltar ao trabalho e estavam impedidos de sair pelo movimento das mulheres.

O objetivo das mulheres dos PMs é pressionar o governo por melhores salários e condições de trabalho para os policiais. As esposas alegam estar à frente da paralisação, mas autoridades veem uma tentativa de acobertar um motim dos policiais. Por lei, os agentes são proibidos de fazer greve.

Desde o sábado da semana passada, dia 4 de fevereiro, até as 17h deste domingo, 144 homicídios foram registrados no estado. O maior número de mortes violentas, 40, ocorreu na segunda-feira passada.

LPF/abr/ots

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