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Espanha declara "emergência climática"

21 de janeiro de 2020

Medida prevê que governo envie ao Parlamento proposta de nova legislação sobre o clima no prazo de cem dias. Metas coincidem com as da União Europeia, incluindo zerar as emissões líquidas de carbono até 2050.

Premiê espanhol, Pedro Sánchez discursa diante de logomarca da COP25
Premiê espanhol, Pedro Sánchez, durante Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas, em Madri, em dezembroFoto: picture-alliance/J. Carlos Lucas

O novo governo da Espanha declarou "emergência climática" nesta terça-feira (21/01), dando um primeiro passo formal para promulgar medidas ambiciosas para combater as mudanças do clima.

A declaração afirma que o governo socialista enviará ao Parlamento, dentro de cem dias, sua proposta de legislação climática. As metas coincidem com as da União Europeia, incluindo a redução das emissões líquidas de carbono para zero até 2050.

O governo de coalizão da Espanha quer que 95% da eletricidade do país seja produzida a partir de fontes renováveis ​​até 2040. O plano prevê também a eliminação da poluição por ônibus e caminhões e a transformação da agricultura numa prática neutra em carbono.

Os detalhes do plano devem ser divulgados quando a proposta for enviada para aprovação parlamentar.

Com a declaração de "emergência climática", a Espanha se coloca entre os primeiros países a aprovarem tal medida, de cunho principalmente simbólico. Entre os governos no mundo a implementarem declarações do tipo estão Irlanda, Canadá e França.

Em novembro passado, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução declarando "emergência climática", tornando a Europa o primeiro continente a adotar a medida.

Além disso, mais de duas dezenas de cidades ao redor do planeta declararam "emergência climática" nos últimos anos.

Cientistas dizem que a década que acabou foi de longe a mais quente já registrada na Terra.

MD/efe/ap

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