Quem chega do Brasil ao país europeu com imunização completa contra a covid-19 não tem que fazer quarentena. São aceitas todas as vacinas autorizadas pela Anvisa, inclusive a CoronaVac.
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Viajantes com origem do Brasil com imunização completa para o coronavírus podem entrar na Espanha sem necessidade de fazer quarentena a partir desta terça-feira (24/08).
Segundo as novas regras, anunciadas pela embaixada da Espanha no Brasil, são aceitas todas as vacinas autorizadas no Brasil: Pfizer, Janssen, CoronaVac e AstraZeneca (incluindo a Covishield, que é a versão do imunizante da AstraZeneca fabricada pelo Instituto Serum da Índia).
Os passageiros devem ter o esquema vacinal completo e devem estar vacinados pelo menos 14 dias antes da data de entrada na Espanha. Nestes casos, não é necessário apresentar nenhum teste diagnóstico adicional.
Para entrar no país, é preciso apresentar o certificado de vacinação, que deve ser traduzido em espanhol, inglês, francês ou alemão.
Para vacinas aplicadass no Brasil, é necessário apresentar o certificado digital do Ministério da Saúde na versão em espanhol. Para vacinas aplicadas na Espanha ou em outro país da União Europeia (UE), o viajante deve apresentar o certificado digital covid da UE.
Exame na entrada
Todos os passageiros devem passar por um exame de saúde no aeroporto que incluirá, no mínimo, medição de temperatura, checagem dos documentos e verificação visual do estado de saúde. É possível que as autoridades espanholas considerem necessária a realização de um teste de diagnóstico na chegada.
Passageiros não vacinados e que não tenham tido covid-19 têm que apresentar um teste de diagnóstico para entrar na Espanha. Mas nesse caso, a entrada é permitida a um grupo restrito, que inclui, entre outros, cidadãos da União Europeia e residentes na UE (veja aqui outros casos permitidos e mais detalhes sobre as regras para entradas de brasileiros na Espanha e em outros países europeus).
Passageiros não vacinados que tiveram a doença podem apresentar certificado de recuperação, desde que já tenham decorrido mais de 11 dias desde a realização do primeiro teste NAAT positivo após o adoecimento. O certificado terá validade de 180 dias a partir de então. O documento deve ser traduzido ao espanhol, inglês, francês ou alemão.
Alemanha, Espanha, França, Finlândia e Suíça são algumas das nações que aceitam a entrada de turistas do Brasil totalmente vacinados. Já a Irlanda permite a entrada de qualquer viajante brasileiro – totalmente vacinado ou não.
md/lf (ots)
As variantes do novo coronavírus
Para evitar a estigmatização e a discriminação dos países onde as variantes do Sars-Cov-2 foram detectadas pela primeira vez, a OMS padronizou seus nomes conforme letras do alfabeto grego.
Foto: Sascha Steinach/ZB/picture alliance
Várias denominações para uma cepa
A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu que as novas variantes do coronavírus passam a ser chamadas por letras do alfabeto grego e não devem mais ser identificadas pelo local onde foram detectadas pela primeira vez. Cientistas criticavam ainda que estavam sendo usados vários nomes para a cepa descoberta na África do Sul, como B.1.351, 501Y.V2 e 20H/501Y.V2.
Foto: Christian Ohde/CHROMORANGE/picture alliance
Nomes científicos continuam válidos
A OMS pediu que os países e a imprensa passem a adotar a nova nomenclatura das variantes e evitem associar novas cepas aos locais de origem. A organização acrescentou, porém, que as novas denominações não substituem os nomes científicos, que devem continuar sendo usados em trabalhos acadêmicos.
Foto: Reuters/D. Balibouse
Variante alfa
A variante B.1.1.7 foi detectada em setembro de 2020 no Reino Unido e se espalhou pelo mundo. Segundo um estudo publicado em março na "Nature", há evidências de que a variante alfa seja 61% mais mortal do que o vírus original. Entre homens com mais de 85 anos, o risco de morte aumenta de 17% para 25%. Para mulheres da mesma faixa etária, de 13% para 19%, nos 28 dias posteriores à infecção.
Foto: Christian Ohde/imago images
Variante beta
Pesquisadores identificaram a variante B.1.351 em dezembro de 2020 na África do Sul. A cepa atinge pacientes mais jovens e é associada a casos mais graves da doença. Os cientistas sequenciaram centenas de amostras de todo o país desde o início da pandemia e observaram uma mudança no panorama epidemiológico, "principalmente com pacientes mais jovens, que desenvolvem formas graves da doença".
Foto: Christian Ohde/imago images
Variante gama
A variante P.1 foi detectada pela primeira vez em 10 de janeiro de 2021 pelo Japão em passageiros vindos de Manaus. Originária do Amazonas, ela se espalhou pelo Brasil e outros países vizinhos. A cepa possui 17 mutações, três das quais estão na proteína spike. São provavelmente essas últimas que fazem com que o vírus possa penetrar mais facilmente nas células para então se multiplicar.
Foto: Christian Ohde/imago images
Variante delta
A variante B.1.617, detectada em outubro de 2020 na Índia, causa sintomas diferentes dos provocados por outras cepas, é significativamente mais contagiosa e aparentemente aumenta o risco de hospitalização, segundo sugeriram estudos. "O vírus se adapta de forma inteligente. Muitos doentes recebem resultados negativos nos testes, mas desenvolvem sintomas graves", explicou um médico de Nova Déli.
Foto: Christian Ohde/imago images
Variante ômicron
A nova variante B.1.1.529, batizada de ômicron pela Organização Mundial da Saúde, foi descoberta em 11 de novembro de 2021 em Botsuana, que faz fronteira com a África do Sul, onde a cepa também foi encontrada. A ômicron contém 32 mutações na chamada proteína "spike" (S), número considerado extremamente alto. Cientistas avaliam que essa variante se dissemina mais rapidamente do que as anteriores.
Foto: Andre M. Chang/Zuma/picture alliance
A busca pela padronização
O novo padrão foi escolhido após "uma ampla consulta e revisão de muitos sistemas de nomenclatura", afirma a OMS. O processo durou meses e entre as sugestões de padronização estavam nomes de deuses gregos, de religiões, de plantas ou simplesmente VOC1, VOC2, e assim por diante.
Foto: Ohde/Bildagentur-online/picture alliance
Nomes e apelidos polêmicos
Desde o início da pandemia, os nomes utilizados para descrever o Sars-Cov-2 têm provocado polêmica. O ex-presidente americano Donald Trump costumava chamar o novo coronavírus de "vírus da China", como forma de tentar culpar o país asiático pela pandemia. O vírus foi detectado pela primeira vez na cidade chinesa de Wuhan.
Foto: picture-alliance/AA/A. Hosbas
Novas cepas podem ser mais perigosas
Mutações em vírus são comuns, mas a maioria delas não afeta a capacidade de transmissão ou de causar manifestações graves de doenças. No entanto, algumas mutações, como as presentes nas variantes do coronavírus originárias do Reino Unido, da África do Sul e do Brasil, podem torná-lo mais contagioso.
Foto: DesignIt/Zoonar/picture alliance
Associação ao local de origem
Historicamente, vírus novos costumam ganhar nomes associados ao local de descoberta, como o ebola, que leva o nome de um rio congolês. No entanto, esse padrão pode ser impreciso, como é o caso da gripe espanhola de 1918. As origens desse vírus são desconhecidas, mas acredita-se que os primeiros casos tenham surgido no estado do Kansas, nos Estados Unidos.
Foto: picture-alliance/National Museum of Health and Medicine