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Espanha volta ao Maracanã para sua primeira decisão

Philip Verminnen18 de junho de 2014

Em 1950, a "Fúria" venceu o Chile por 2 a 0 no Rio de Janeiro, e repetição do resultado colocaria os atuais campeões mundiais de volta na disputa. Técnico Vicente Del Bosque deve fazer mudanças na equipe.

Foto: Javier Soriano/AFP/Getty Images

Quase um ano após perder a final da Copa das Confederações contra a seleção brasileira, a Espanha volta nesta quarta-feira (18/06) ao Maracanã para tentar evitar repetir os vexames históricos de Brasil, em 1966, e França, em 2002.

Em ambas as ocasiões, os então campeões mundiais foram eliminados ainda na fase de grupos. Depois da surpreendente goleada de 5 a 1 sofrida na estreia frente à Holanda, uma nova derrota contra o Chile significaria a eliminação precoce dos comandados de Vicente Del Bosque.

Como não poderia ser diferente, o treinador espanhol saiu insatisfeito de Salvador e anunciou que fará mudanças no time titular. "Revi todas as situações do jogo [contra a Holanda]. E aqueles que não jogaram contra a Holanda também atuam em grandes clubes e podem receber uma oportunidade", declarou Del Bosque.

Ao que tudo indica o zagueiro Gerard Piqué, o volante Xavi Hernández e o meia-atacante David Silva vão pagar o preço da derrota humilhante na estreia. Em seus lugares, o treinador deve optar pela escalação de Javi Martínez, do Bayern de Munique, e efetivar os barcelonistas Cesc Fàbregas e Pedro Rodríguez, que havia entrado no decorrer da partida de Salvador.

"Devemos ser corajosos e agressivos, pois eles [o Chile] têm um futebol que busca o ataque. Temos quer ter cuidado com isso, mas precisamos confiar em nossos pontos fortes", prosseguiu Del Bosque. "Será um jogo muito intenso, o Chile conquistou o respeito de todos. Precisamos ter paciência. Não podemos deixar a ansiedade tomar conta."

Os chilenos, que venceram a primeira partida por 3 a 1 contra a Austrália, devem vir para o confronto com os espanhóis com uma mudança também, mas por questões táticas. Se contra os australianos a equipe treinada por Jorge Sampaoli atuou com quatro na linha defensiva, o treinador argentino testou a possibilidade de entrar com três zagueiros e fechar o meio-campo com cinco atletas. Isso significaria que Francisco Silva, do Osasuna, entraria no time e Jorge Valdívia perderia a vaga.

Piqué tomou um baile do ataque holandês e deve ser um dos substituídos na partida contra o ChileFoto: Getty Images

Uma coincidência marca a partida desta quarta-feira. Espanha e Chile já se enfrentaram no Maracanã em uma fase de grupos de Copa do Mundo. Foi em 1950, e os espanhóis venceram por 2 a 0. Além desta partida, o único confronto em Copas foi na campanha do título espanhol, em 2010, com nova vitória para a Espanha por 2 a 1.

De olho no Maracanã, mas concentrada na partida no Beira-Rio, a Holanda pode confirmar a classificação às oitavas de final no outro jogo deste Grupo B. Para tal, Robben e companhia precisam vencer a Austrália e torcer para que a Espanha não vença.

Importante também nesta quarta-feira é o jogo do grupo do Brasil entre Croácia e Camarões, na Arena Amazônia. Ambas as seleções precisam vencer para se manterem vivas no torneio. Os africanos terão o desfalque de seu principal astro, o atacante Samuel Eto'o, que voltou a sentir dores no joelho direito.

Prováveis escalações

Espanha: Iker Casillas; Cesar Azpilicueta, Sergio Ramos, Javi Martínez, Jordi Alba; Xabi Alonso, Sergio Busquets e Cesc Fàbregas, Andrés Iniesta; Pedro Rodríguez e Diego Costa. Técnico: Vicente Del Bosque.

Chile: Claudio Bravo; Gonzalo Jara, Gary Medel e Francisco Silva; Mauricio Isla, Arturo Vidal, Marcelo Díaz, Charles Aránguiz e Eugenio Mena; Alexis Sánchez e Eduardo Vargas. Técnico: Jorge Sampaoli.

Local

Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro

Arbitragem

Mark Geiger (Estados Unidos), auxiliado por Mark Hurd (Estados Unidos) e Joe Fletcher (Canadá)

Caso o goleiro Claudio Bravo não sofra gols no Maracanã, Chile dará passo à classificaçãoFoto: Reuters

Destaques

Espanha

Andrés Iniesta: Autor do gol que deu à Espanha o título mundial em 2010, Iniesta é um dos poucos que não foram bombardeados com críticas após a goleada contra a Holanda. O meia de criação é o jogador responsável por fazer a conexão com entre meio-campo e o atacante Diego Costa.

Chile

Alexis Sánchez: Companheiro de Iniesta e outros seis atletas da seleção espanhola – e do brasileiro Neymar – no Barcelona, Sánchez é um atacante veloz, com drible rápido e que não tem medo em arriscar um chute, mesmo sem ângulo. Em diversas partidas do Campeonato Espanhol, ele foi o escolhido pelo técnico Tata Martino em detrimento de Neymar.

Retrospecto

Espanha e Chile já se enfrentaram em dez oportunidades. Os espanhóis estão invictos, com oito vitórias e dois empates. São 21 gols da Espanha contra apenas sete dos chilenos. Em Copas, foram duas vitórias espanholas: 2 a 0, em 1950, no mesmo Maracanã, e 2 a 1 na campanha do título mundial, na África do Sul.

Último confronto

O último confronto não faz muito tempo. Foi em setembro de 2013, num amistoso em Genebra, na Suíça, e terminou empatado em 2 a 2.

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