Especialista da ONU acusa Israel de atos genocidas em Gaza
26 de março de 2024
Relatora para direitos humanos das Nações Unidas diz haver "motivos razoáveis" para apontar vários atos de genocídio, alertando também sobre a "limpeza étnica". Israel rejeita acusações.
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Uma especialista em direitos humanos da ONU disse nesta segunda-feira (25/03) haver "motivos razoáveis" para determinar que Israel cometeu vários atos de "genocídio" em sua guerra em Gaza, alertando também sobre a "limpeza étnica".
Francesca Albanese, relatora especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos nos territórios palestinos, disse que há indícios claros de que Israel violou três dos cinco atos listados na Convenção de Genocídio da ONU.
"A natureza e a escala esmagadoras do ataque de Israel a Gaza e as condições destrutivas de vida que ele infligiu revelam uma intenção de destruir fisicamente os palestinos como um grupo", disse ela em um relatório, que foi imediatamente rejeitado por Israel como uma "inversão obscena da realidade".
Albanese, especialista independente nomeada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, mas que não fala em nome das Nações Unidas, disse ter encontrado "motivos razoáveis para acreditar que o limite que indica a prática de (...) atos de genocídio contra os palestinos em Gaza foi atingido".
O relatório, intitulado Anatomia de um Genocídio, listou esses atos como: "matar membros do grupo; causar sérios danos corporais ou mentais aos membros do grupo; e infligir deliberadamente ao grupo condições de vida calculadas para provocar sua destruição física total ou parcial".
Israel rejeita relatório
A missão diplomática de Israel em Genebra disse que o país "rejeita totalmente o relatório", descrevendo-o como "simplesmente uma extensão de uma campanha que busca minar o próprio estabelecimento do Estado judeu".
"A guerra de Israel é contra o Hamas, não contra os civis palestinos", disse em um comunicado, criticando as "acusações ultrajantes" de Albanese.
Há muito tempo Israel vem criticando duramente Albanese e seu mandato, que os Estados Unidos chamaram na segunda-feira de "tendencioso contra Israel".
Washington está "ciente" do relatório de Albanese, mas "não tem motivos para acreditar que Israel tenha cometido atos de genocídio em Gaza", disse um funcionário dos EUA à agência de notícias AFP.
No mês passado, Israel negou visto a Albanese depois que ela fez comentários negando que o ataque de 7 de outubro do Hamas, que desencadeou a guerra em Gaza, tenha sido antissemita.
O relatório teve apresentação agendada para esta terça-feira no Conselho de Direitos Humanos da ONU.
O documento de 25 páginas publicado nesta segunda conclui, após analisar os padrões de violência e as políticas de Israel em seu ataque a Gaza, que Israel comete intencionalmente ao menos três "atos genocidas" definidos como tal pela Convenção sobre a Prevenção e a Punição do Crime de Genocídio de 1948.
Estas seriam o "assassinato de membros de um grupo", com mais de 30 mil palestinos mortos em cinco meses de conflito, "graves danos físicos ou mentais a membros de um grupo", e "causar em um grupo deliberadamente condições calculadas para sua destruição física parcial ou completa".
Os danos físicos e mentais graves seriam comprovados, entre outras provas, pelos mais de 70 mil palestinos feridos no conflito, ou por causarem deliberadamente uma escassez de material médico que, nos casos mais dramáticos, forçou a realização de amputações sem anestesia.
A geração de condições de vida para a "destruição física" dos palestinos, defende o relatório de Albanese, ficaria comprovada com a destruição de 77% das instalações sanitárias do enclave, 68% da infraestrutura de telecomunicações e 60% das habitações e centros educativos, incluindo todas as universidades.
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Lógica "genocida" e projeto colonial
"De forma mais ampla, as ações de Israel são impulsionadas por uma lógica genocida essencial ao seu projeto colonial na Palestina", destaca o relatório, que recorda também a existência de "práticas que visam a limpeza étnica dos palestinos" no período 1947-1949 e em 1967.
A natureza deliberada das ações israelenses que poderiam constituir genocídio nos cinco meses de conflito é comprovada, segundo o relatório, por acontecimentos como a retórica de altos funcionários israelenses, muitas vezes repetida por líderes religiosos, jornalistas, artistas, comentaristas políticos e outros atores.
Neste sentido, o relatório cita declarações como a do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, referindo-se aos palestinos como "monstros", do presidente Isaac Herzog culpando toda a nação palestina pelos ataques terroristas de 7 de outubro do ano passado, ou do ministro da Defesa, Yoav Gallant, chamando o povo da Palestina de "animais humanos".
"Os apelos a uma violência aniquiladora são dirigidos às tropas em serviço, fornecendo provas claras de incitamento direto e público ao cometimento de genocídio", destaca o relatório. O documento também condena o uso de "camuflagem humanitária" por parte de Israel para cometer estes abusos com supostas justificativas no direito humanitário internacional para fornecer uma base para sua ofensiva em Gaza.
Francesca Albanese dá como exemplos o argumento israelense de que o Hamas utiliza toda a população de Gaza como escudo humano, sua estratégia de ligar todos os tipos de instalações a esse grupo armado (incluindo hospitais, mesquitas, escolas e edifícios da ONU) ou considerar toda a faixa como um todo um "objetivo militar".
O relatório inclui dados como os de que, em cinco meses de campanha militar, Israel utilizou 25 mil toneladas de explosivos contra Gaza, o equivalente a duas bombas nucleares.
Embargo de armas
À luz das suas conclusões, o relatório solicitará ao Conselho dos Direitos Humanos um embargo imediato de armas a Israel e o avanço no sentido de uma investigação independente das violações dos direitos humanos em Gaza.
Também apela a medidas para garantir a reparação da Faixa de Gaza, incluindo o pagamento integral por parte de Israel e "Estados cúmplices" da reconstrução de Gaza, e a implantação de uma "presença protetora internacional" naquele território palestino para evitar a continuação da violência contra a população.
O relatório é publicado exatamente dois meses após a Corte Internacional de Justiça (CIJ), o tribunal da ONU, em Haia, ter pedido a Israel, em uma decisão preliminar, que tomasse todas as medidas necessárias para evitar um genocídio em Gaza, embora ainda não tenha determinado se tal genocídio existe ou não no enclave, já que tal conclusão poderia levar anos de processo.
md/cn (AFP, EFE)
O mês de março em imagens
Veja alguns dos principais acontecimentos do terceiro mês do ano.
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O papa Francisco fez um apelo à paz e pediu para que "não nos rendamos à lógica das armas" após celebrar a missa de Páscoa no Vaticano. O papa mencionou ainda os diversos conflitos que afetam o mundo. "Meu pensamento se dirige, sobretudo, às vítimas dos muitos conflitos em andamento no mundo, começando pelos que ocorrem em Israel, na Palestina e na Ucrânia", disse. (31/03)
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Polícia detém homem que fez quatro reféns em café na Holanda
Um drama com reféns na Holanda que durou várias horas terminou sem feridos ou mortos, com todos os reféns liberados e um homem preso. O incidente ocorreu em um café na cidade de Ede, a 85 quilômetros de Amsterdã. Meios de comunicação locais informaram que um homem "confuso" invadiu o café e fez ameaças, mantendo quatro pessoas como reféns. (30/03)
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Repórter do "WSJ" completa um ano detido em prisão na Rússia
O repórter Evan Gershkovich completou um ano de detenção na Rússia. Ele foi detido em 29 de março de 2023, enquanto reportava como jornalista credenciado. Foi a primeira detenção de um jornalista dos EUA em solo russo sob acusação de espionagem desde o fim da Guerra Fria e ocorreu dias após o WSJ ter publicado um artigo com o título "A economia russa está começando a desmoronar". (29/03)
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Câmara baixa do Parlamento francês aprova PL contra discriminação por cabelo e penteado
Autor da proposta, parlamentar negro diz que projeto de lei também veta discriminação a loiros, ruivos e carecas. Texto agora segue para o Senado. Críticos afirmam que lei é desnecessária, já que discriminação baseada em aparência já é vetada por lei. (28/03)
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Visita de Macron quebra jejum de mais de 10 anos nas relações Brasil-França
Viagem ocorre após período de distanciamento com a instabilidade política no Brasil e o clima de animosidade durante o governo Jair Bolsonaro (2019-2022). Nas imagens que circularam até agora da visita, nota-se um clima amistoso entre Macron e Lula – tal que internautas fizeram piada sobre elas lembrarem um ensaio de fotos pré-nupcial. (27/03)
Ponte desaba nos EUA após ser atingida por navio
Uma ponte desabou sobre o rio Patapsco, na cidade de Baltimore, nos EUA, após ser atingida por um navio cargueiro. Vários veículos que atravessavam a Ponte Francis Scott Key, que tinha aproximadamente 3 km de extensão, caíram na água. Uma operação de busca foi lançada para encontrar sobreviventes. Segundo as autoridades, o navio sofreu uma falha elétrica antes de atingir a estrutura. (26/03)
Foto: WJLA/AP/picture alliance
Conselho de Segurança da ONU aprova resolução de cessar-fogo em Gaza
Após várias tentativas fracassadas ao longo de mais de cinco meses de conflito, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, com os votos de 14 de seus 15 membros e a abstenção dos EUA, uma resolução que exige um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. A resolução tem caráter vinculativo e seu descumprimento, portanto, pode levar à imposição de sanções internacionais. (25/03)
Foto: Lev Radin/Sipa USA/picture alliance
Seis anos depois, PF prende suspeitos de mandar matar Marielle Franco
Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) e deputado federal pelo União Brasil, respectivamente, foram apontados como mandantes do crime – que estaria relacionado a disputas fundiárias envolvendo a milícia. O chefe da Polícia Civil do Rio à época, o delegado Rivaldo Barbosa, também foi preso sob suspeita de obstruir a investigação. (24/03)
Foto: Cris Faga/Zumapress/picture alliance
Chuvas fazem mais de 20 mortos no RJ e no ES
Em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, quatro pessoas morreram soterradas. Uma criança de quatro anos foi resgatada com vida (foto), após passar cerca de 15 horas sob os escombros. Há previsão de temporais para toda a região Sudeste. (23/03)
Foto: Pablo Porciuncula/AFPSchäden durch Überschwemmungen in Rio de Janeiro
Atentado terrorista em Moscou
Um grupo de atiradores abriu fogo contra o público da sala de concertos Crocus City Hall na região metropolitana de Moscou, deixando dezenas de mortos. O local também foi palco de pelo menos duas explosões antes de ser tomado pelas chamas. Grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI) reivindicou autoria do ataque. (22/03)
Foto: AP Photo/picture alliance
Kiev novamente sob ataque russo
Moradores da capital ucraniana tiveram que se refugiar em estações de metrô na quinta-feira após a Rússia ter disparado mísseis contra a cidade. Pelo menos 17 pessoas ficaram feridas e escolas, edifícios residenciais e instalações industriais foram atingidos, segundo autoridades. Foi o primeiro ataque do tipo em 44 dias. (21/03)
Foto: Alina Smutko/REUTERS
Filhote de espécie ameaçada de hipopótamo nasce em Atenas
Um filhote de hipopótamo-pigmeu, espécie sob risco de extinção, nasceu no zoológico de Atenas, na Grécia. Há apenas cerca de 2.000 a 2.500 hipopótamos-pigmeus vivendo em seu habitat natural, no oeste da África. O zoológico promoverá uma votação para escolher o nome do filhote, que veio ao mundo em 19 de fevereiro e pesa atualmente 7 quilos. (20/03)
Foto: Stelios Misinas/REUTERS
PF indicia Bolsonaro por falsificação de comprovante vacinal
A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público, no caso que apura a falsificação de certificados de vacinas contra covid-19. Também fazem parte da lista de indiciados o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), além de 14 outras pessoas. (19/03)
Foto: picture alliance / ASSOCIATED PRESS
Nova obra de Banksy em Londres
O artista britânico Banksy confirmou a autoria de uma obra surgida em Londres, na qual utilizou tinta verde sobre a lateral de um edifício de quatro andares, criando a aparência de uma folhagem atrás de uma árvore podada a poucos metros da parede. A obra, localizada no bairro londrino de Finsbury Park, inclui uma estampa que mostra uma pessoa segurando um spray que derrama tinta verde. (18/03)
Foto: Vuk Valcic/Zuma/dpa/picture alliance
Putin vence eleição de fachada
Pesquisa boca de urna apontou que Vladimir Putin foi o vencedor da eleição presidencial russa. No poder desde 1999, Putin oficializa assim sua permanência por seis anos. O resultado não surpreendeu. A oposição, barrada oficialmente do pleito, apontou que tudo não passou de um jogo de cartas marcadas. A Alemanha criticou o que chamou de "pseudo-eleições". (17/03)
Alemanha começa a lançar ajuda sobre o norte de Gaza
Três dias após o ministro da Defesa Boris Pistorius ter autorizado a medida para aliviar a crise humanitária no enclave palestino, a Alemanha entregou por via aérea ajuda ao norte de Gaza. Um avião Hércules C130 lançou quatro toneladas de alimentos sobre Gaza, de uma altura de cerca de mil metros, informou a Força Aérea alemã na rede social X. (16/03)
Foto: Christian Timmig/Bundeswehr/dpa/picture alliance
Rússia vai às urnas em eleição com resultado já definido
Os russos começaram a ir às urnas em uma votação que deve durar três dias mas que já tem o resultado garantido: Vladimir Putin, que comanda o país há 25 anos, ganhará um quinto mandato. Com uma eleição de fachada, chefe do Kremlin quer manter verniz de democracia e mostrar à elite do país que continua tendo apoio da maioria da população. (15/03)
Foto: Stringer/AFP
Starship decola com sucesso, mas se "perde" no caminho de volta
A SpaceX realizou o terceiro voo de teste da Starship, a maior e mais potente espaçonave e foguete do mundo. Depois de duas tentativas fracassadas em abril e novembro de 2023, que terminaram em explosões, desta vez, a decolagem foi bem-sucedida. No entanto, a empresa confirmou a "perda" da espaçonave logo após a reentrada na atmosfera da Terra, antes de atingir o Oceano Índico. (14/03)
Foto: Joe Skipper/REUTERS
Parlamento Europeu aprova nova lei de liberdade de imprensa
Lei inédita visa garantir independência de jornalistas e dos meios de comunicação no continente, além de proteger profissionais de mídia de pressões políticas, da espionagem ciberética e criar salvaguardas legais para garantir a independência editorial. Projeto de lei surgiu em reação a preocupações com a liberdade de imprensa em países como a Hungria e a Polônia (13/03)
Foto: Artur Widak/NurPhoto/picture alliance
Ajuda por mar para Gaza
Um barco carregando cerca de 200 toneladas de comida para a Faixa de Gaza deixou um porto do Chipre nesta terça-feira, na primeira iniciativa do tipo para criar um corredor marítimo de ajuda aos palestinos em meio à guerra entre Israel e o Hamas. A viagem deve durar até dois dias. (12/03)
Foto: AFP
Bandeira da Suécia é hasteada na sede da Otan
A bandeira da Suécia foi na segunda-feira hasteada pela primeira vez na sede da Otan, em Bruxelas, marcando a adesão do país à aliança militar. Os suecos encerraram décadas de neutralidade iniciadas após a Segunda Guerra Mundial e decidiram entrar na Otan após a invasão da Ucrânia pela Rússia. A vizinha Finlândia fez o mesmo. (11/03)
Foto: John Thys/AFP
EUA e Jordânia lançam alimentos sobre o norte de Gaza
Os Estados Unidos e a Jordânia realizaram um novo lançamento aéreo de ajuda humanitária no norte de Gaza. Os pacotes incluíam arroz, farinha, macarrão e alimentos enlatados — suficientes para mais de 11.500 refeições. A entrega aérea pelos EUA e outras nações ocorre depois de Israel atrasar a ajuda por terra. (10/03)
Foto: Ariel Schalit/AP/dpa/picture alliance
EUA e aliados derrubam 28 drones dos houthis no Mar Vermelho
As forças americanas e aliadas derrubaram 28 drones disparados no Mar Vermelho e no Golfo de Áden por rebeldes iemenitas apoiados pelo Irã, informaram os militares dos EUA. Pouco tempo depois, os houthis reivindicaram o ataque, dizendo que haviam disparado mísseis contra um navio comercial "americano" e lançado drones contra navios de guerra dos EUA no "Mar Vermelho e no Golfo de Áden". (09/03)
Foto: Khaled Ziad/AFP/Getty Images
Dia Internacional da Mulher celebrado no mundo todo
Eventos ao redor do globo marcaram o Dia Internacional da Mulher. Milhares de pessoas participaram de atos públicos em Tóquio, São Paulo, Buenos Aires, Paris, Berlim, Milão, Manila e até em Pyongyang. Mulheres afegãs realizaram protestos pequenos, porém corajosos, pedido mais liberdade. Francesas comemoraram inclusão do direito ao aborto na Constituição. (08/03)
Foto: Eugene Hoshiko/AP Photo/picture alliance
Suécia se torna o 32º Estado-membro da Otan
A Suécia se tornou oficialmente o 32º Estado-membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), encerrando décadas de uma neutralidade adotada após a Segunda Guerra Mundial. A adesão foi formalizada em meio a preocupações com agressões da Rússia à Europa, na esteira da invasão russa da Ucrânia. (07/03)
Foto: NATO
Nikki Haley abandona disputa com Trump
A ex-embaixadora dos EUA na ONU Nikki Haley anunciou sua desistência da disputa pela indicação do Partido Republicano às eleições presidenciais. "Chegou a hora de suspender minha campanha", disse, em discurso na Carolina do Sul. No entanto, ela não declarou apoio ao ex-presidente Trump que, com a saída da rival, se livrou do último obstáculo para concorrer contra Joe Biden. (06/03)
Foto: Chris Carlson/AP/dpa/picture alliance
Blecaute na fábrica da Tesla nos arredores de Berlim
A fábrica da Tesla em Grünheide, nos arredores de Berlim, foi evacuada após um incêndio em uma torre de eletricidade ter interrompido o fornecimento de energia às instalações e a moradores da região. Um grupo de esquerda chamado Vulkangruppe (Grupo Vulcão), classificado como extremista, afirmou ter realizado o ataque à rede elétrica que abastece a montadora. (05/03)
Foto: Sebastian Gollnow/dpa/picture alliance
Aborto se torna direito constitucional na França
"Meu corpo, meu útero, minha escolha": o aborto é egal na França desde 1975, mas a garantia constitucional era uma promessa do presidente Macron, inspirado pela proibição nos EUA, em 2022. "Temos uma dívida moral com as mulheres", dissera o primeiro-ministro Gabriel Attal antes da votação no Parlamento, que se concluiu por 780 a 72. (04/03)
Foto: Abdul Saboor/REUTERS
Manifestação em favor da democracia
Cerca de 5 mil pessoas, segundo a polícia, participaram de manifestação em favor da democracia e contra o partido AfD na cidade de Bochum, na Alemanha. Manifestações como esta se tornaram comuns no país depois da revelação de que membros da AfD participaram de uma reunião com neonazistas na qual foi debatido um plano para a deportação em massa de imigrantes e "cidadãos não assimilados". (03/03)
Foto: Christoph Reichwein/dpa/picture alliance
Marcha a Jerusalém por trégua em Gaza
Cerca de 15 mil cidadãos juntaram-se a uma marcha a pé em Israel, liderada pelas famílias dos reféns, para exigir uma trégua com o Hamas que permita o regresso dos sequestrados. O ato se iniciou três dias atrás em Reim – onde, em 7 de outubro de 2023, o Hamas massacrou cerca de 360 presentes a festival de música – e culminou em Jerusalém, diante da residência do premiê Benjamin Netanyahu. (02/03)
Foto: Maya Alleruzzo/AP Photo/picture alliance
Navalny é enterrado em cerimônia repleta de apoiadores
Milhares participaram do funeral do político da oposição russa Alexei Navalny, em Moscou. Muitos carregavam flores e gritaram mensagens de apoio ao homem que foi um dos críticos mais duros do presidente Vladimir Putin. Fora feitas pelo menos 56 detenções em 14 cidades durante o dia. Navalny morreu aos 47 anos em circunstâncias misteriosas, em uma colônia penal no Ártico. (01/03)