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Sem ofensa a Maomé

7 de agosto de 2009

Professor universitário diz se alegrar com a referência ao profeta e pede um pouco mais de humor aos dois lados: "Maomé tinha coisas mais importantes para fazer do que entender de futebol".

Foto: AP

O polêmico hino do Schalke, um dos mais populares clubes de futebol da Alemanha, não contém ofensas ao profeta Maomé, segundo a avaliação de um especialista em islamismo divulgada no site do clube. Com base na avaliação, o Schalke divulgou que não fará alterações na letra.

O pesquisador Bülent Ucar, da Universidade de Osnabrück, disse que a canção não difama o líder religioso e que ele se alegra em ver "o profeta Maomé ser, há quase meio século, mencionado e confirmado na letra do clube do revier – a minha terra". Revier é uma expressão popular utilizada para designar a região carbonífera do vale do rio Ruhr, na Alemanha.

Ucar pediu aos dois lados um pouco mais de humor e descontração. "Também o profeta era, na visão unânime de todos os muçulmanos, apenas uma pessoa. Ele não podia adivinhar o futuro e, desta maneira, não podia ser um especialista em futebol. Além disso, ele tinha coisas mais importantes para fazer."

O Conselho Central dos Muçulmanos na Alemanha concordou com a análise de Ucar e disse que os recentes protestos de muçulmanos são um exagero. "É preciso manter o humor. O hino diz que Maomé não entendia nada de futebol. É óbvio que não entendia, ele viveu antes da invenção do futebol", afirmou o secretário-geral Aiman Mazyek à emissora de televisão N24.

Nos últimos dias, o Schalke recebeu centenas de e-mails e cartas de muçulmanos enfurecidos com a letra do hino do clube. Para eles, a canção ofende o profeta Maomé ao afirmar que ele nada entendia de futebol, mas ainda assim escolheu as cores do Schalke, azul e branco.

AS/sid/ap/epd

Revisão: Rodrigo Rimon

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