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Estação espacial chinesa se desintegra sobre o Pacífico

2 de abril de 2018

Queda do laboratório Tiangong-1 não provoca danos. Objeto vagava sem controle no espaço desde 2016, quando agência perdeu contato.

China Tiangong 1
O laboratório espacial chinês Tiangong-1 ("Palácio Celeste 1").Foto: picture alliance/AP Photo/Fraunhofer Institute

A estação espacial chinesa Tiangong-1 ("Palácio Celeste 1") entrou na atmosfera da terra e explodiu sobre o Oceano Pacífico nesta segunda-feira (02/04), afirmou o Departamento de Engenharia Espacial Tripulada da China (CMSEO).

A estação explodiu durante a entrada, que ocorreu por volta de 21h15 de domingo (horário de Brasília), disse o CMSEO em comunicado publicado em seu site, sem dizer exatamente onde os pedaços da estrutura podem ter caído.

"A maior parte do material foi destruída na fase de entrada na atmosfera", afirmou o CMSEO.

O astrofísico Brad Tucker, da Universidade Nacional da Austrália, disse que aparentemente os resquícios da Tiangong-1 caíram cerca de 100 quilômetros a noroeste do Taiti.

O laboratório, colocado em órbita em setembro de 2011, deslocava-se de forma descontrolada desde 2016 e entrou na atmosfera um pouco antes da estimativa da última previsão. A agência chinesa havia anunciado no domingo que o retorno à Terra aconteceria às 0h42 GMT (21h42 de Brasília), o que teria provocado uma queda no Atlântico Sul, na altura da costa de São Paulo.

O Tiangong-1 foi utilizado para realizar experimentos médicos. O laboratório também era considerado uma etapa preliminar na construção de uma Estação Espacial Chinesa.

A China tentou tranquilizar as pessoas sobre a reentrada na Terra do laboratório espacial de quase oito toneladas, assegurando que ela não provocaria danos. As autoridades chinesas prometeram um espetáculo "esplêndido", similar a uma chuva de meteoros.

A rede militar americana de radares e sensores confirmou que o Tiangong-1 entrou na atmosfera sobre o Pacífico, mas afirmou que isso aconteceu um minuto depois do que foi anunciado pelos chineses.

A queda numa das áreas mais remotas do mundo privou os observadores de estrelas de um espetáculo de bolas de fogo caindo do céu.

O astrônomo Jonathan McDowell, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, disse que o módulo se aproximou de Pyongyang e da cidade japonesa de Kyoto durante o dia, reduzindo assim as probabilidades de ser observado antes de chegar ao Pacífico.

"Teria sido divertido para as pessoas observá-lo. A boa notícia é que não provocou nenhum dano quando caiu", declarou McDowell.

JPS/efe/rtr

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