Em entrevista à DW Brasil, coordenador do Instituto de Defesa da Pessoa Negra critica desrespeito aos direitos observado em operação policial que deixou 24 mortos na favela do Jacarezinho.
Anúncio
O Rio de Janeiro foi palco da operação policial mais letal de sua história na última quinta-feira (06/05), com 25 mortos - incluindo um policial - na favela do Jacarezinho, Zona Norte da cidade. A Polícia Civil justificou a ação citando de maneira vaga denúncias referentes ao aliciamento de crianças e adolescentes para a prática de ações criminosas.
Relatos de moradores ouvidos pela Defensoria Pública estadual indicam que ocorreram execuções durante a incursão policial. A corporação nega. Foi a 23ª operação com dez ou mais mortos no Rio desde 1989, primeiro ano de vigência da Constituição Federal, segundo o Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (Geni-UFF).
Em junho do ano passado, uma liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin proibiu a realização de incursões policiais em favelas do Rio de Janeiro durante a pandemia. Embora a decisão tenha sido respeitada nos primeiros três meses, passou a ser deliberadamente descumprida posteriormente, com aumento do número de mortes nas operações.
O advogado criminalista Joel Luiz Costa, coordenador do Instituto de Defesa da Pessoa Negra (IDPN), participou no mês passado de uma audiência no STF para debater o cenário da letalidade policial. Criado no Jacarezinho, ele esteve ontem em sua comunidade após a operação. Em entrevista à DW Brasil, diz ter encontrado um cenário de guerra.
"Imagine uma sala que tem um sofá, um espelho e três buracos de tiro na parede. Não tem explicação, não tem lógica e a gente não consegue mensurar o impacto psicológico disso sobre as pessoas que vivem naquela residência e presenciaram aquilo, direta ou indiretamente”, afirma.
Para o advogado, a indefinição legal sobre quais seriam os casos de excepcionalidade citados na decisão do STF dá margem ao descumprimento da determinação legal pelas forças policiais. A situação é agravada, em sua opinião, pelo cenário de desrespeito aos direitos que vigora nas favelas.
"Todas as cláusulas do artigo 5° da Constituição não se fazem valer nesse território, onde o único contato que essa população tem com o Estado é o encontro com a ponta do fuzil de um policial”, critica.
Nesta sexta-feira (07/05), o Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU), com sede em Genebra, pediu ao Ministério Público do Rio que realize uma investigação independente, completa e imparcial da operação no Jacarezinho, de acordo com as normas internacionais.
DW: Qual foi o cenário com que você se deparou ontem no Jacarezinho?
Joel Luiz Costa: Passando pelo local após o final dos confrontos, vi um cenário de guerra. Havia portas com quarenta, cinquenta buracos de tiro, e não é exagero. Os disparos realmente foram concentrados. Tinha estilhaços de granada e muitos pedaços de concreto, cimento, resíduos que ficam quando uma parede é quebrada. E rios de sangue. Você via rastros de sangue espalhado, deixado por corpos que foram arrastados ou puxados em um lençol. Este era o cenário externo, das vielas e becos.
Nas casas, era uma coisa desesperadora entrar na sala de alguém e ver marcas de tiro dentro daquele ambiente. Não foram disparos de fora para dentro. Imagine uma sala que tem um sofá, um espelho e três buracos de tiro na parede. Não tem explicação, não tem lógica e a gente não consegue mensurar o impacto psicológico disso sobre as pessoas que vivem naquela residência e presenciaram aquilo, direta ou indiretamente.
Houve casos como o de uma senhora de 60, 70 anos, que foi retirada de casa antes de realizarem uma execução ali dentro. Mas, em outro local, o assassinato ocorreu dentro do quarto de uma menina de oito anos, e a mãe dela contou que todos da família presenciaram a morte. Qual é o impacto disso no subconsciente dessas pessoas? Difícil mensurar.
Como advogado, quais arbitrariedades você enxerga na operação e que direitos foram violados?
A gente nunca vai naturalizar eventos desse tipo, e nem aceitar, mas ontem rompeu a barreira do assustador, até para nós que lidamos com segurança pública e defendemos os Direitos Humanos.
A polícia perdeu a vergonha, o mínimo de respeito, e sequer tentou suavizar a barbárie e a violência deles. Para quem é do asfalto e não tem conhecimento da plena vivência do que é existir em um território de favela e periferia, foi demonstrado que naquele território não há leis. Não há Estado democrático de direito, ou Constituição Federal, e nós estamos ao bel-prazer das polícias, que fazem o exercício de poder naquele local.
Fica claro como esse tipo de atuação não é pontual. Não se trata de um caso isolado, mas da realidade das periferias do Rio de Janeiro. Há uma média de três a cinco mortes por operação policial – o que, repito, não iremos naturalizar. Mas foi uma operação mais violenta do que a gente costuma se deparar, chegando a esse absurdo de 24 mortes por agentes do Estado.
É uma prova cabal de que não há direito à vida, inviolabilidade do domicílio e presunção de inocência. Todas as demais cláusulas do artigo 5° da Constituição não se fazem valer nesse território, onde o único contato que essa população tem com o Estado é o encontro com a ponta do fuzil de um policial.
Você participou, em abril, da audiência do STF sobre a redução da letalidade policial. Qual é o quadro que se observa neste momento no Rio, sob a vigência da proibição de operações em favelas pela suprema corte?
Sobretudo nos 90 dias posteriores à liminar do ministro Fachin, tivemos um número bem reduzido de operações, o que poupou muitas vidas. Mas, depois, isso foi se afrouxando. A partir do momento em que a polícia percebeu que não haveria um controle dessa ordem judicial — ou seja, se ela descumprisse, nada ia acontecer, porque o Ministério Público não cumpre seu papel constitucional de fiscal externo dessa atuação —, ela foi esticando a corda e assim continua.
As operações aumentaram, assim como as mortes, gradativamente. E chegamos hoje a um cenário que se assemelha ao que estávamos acostumados antes da ADPF 635, que proibiu operações policias em tempos de pandemia. Mas o fato de ontem está acima de qualquer costume do que é praticado pelas polícias do Rio de Janeiro.
Em outubro do ano passado, o secretário de Polícia Civil do Rio, Allan Turnowski, afirmou que o estado vive uma situação de excepcionalidade permanente, o que justificaria o descumprimento da determinação do STF. Como você vê esse argumento?
O que é a excepcionalidade? O que é a operação policial? A gente deveria ter uma resposta do Estado para essas perguntas, o que não é feito. Essa dubiedade confusa facilita a atuação arbitrária, ilegítima e fora das regras do jogo. Se a gente não sabe o que é, tudo pode ser excepcionalidade.
O que não tem conceito é tudo e nada ao mesmo tempo. Você pode interpretar que uma excepcionalidade só é caracterizada por casos de guerra entre países, ou por quaisquer ameaças de direito, ainda que abstratas. Sem uma definição, realmente tudo é possível. Para a polícia, essa confusão é muito estratégica, porque permite que eles façam seus malabarismos e sua narrativa falaciosa a seu favor.
Você acha que é possível haver um padrão de ação policial mais democrático no delicado contexto de segurança pública do Rio de Janeiro, com as instituições envolvidas nessa atuação hoje
O Brasil não é dado a rompimentos, é um país feito de acordos. Todas as transições históricas do Brasil, como a Independência e a Proclamação da República, deram-se a partir de acordos. Isso é muito problemático, porque dá continuidade a um passado autoritário. Sem romper com essa falsa democracia racial, essa sobreposição de raças em uma supremacia branca com relação à população negra e aos indígenas, eu realmente não consigo visualizar como a gente vai praticar a segurança pública nesse contexto. Uma segurança pública que visa à proteção de alguns não é segurança pública, mas proteção individual, manutenção de privilégios
É preciso pensar que a polícia é para todos e parar de comparar polícia e bandido, como se fossem versões diametralmente opostas. O bandido é chamado assim justamente por não ter que cumprir nenhuma lei. Por isso, ele tem que ser investigado e, se culpado, condenado, bem como neutralizado pelo Estado, seguindo as leis, no sentido de que pare de cometer crimes e não que deixe de viver. A pena de morte não é permitida neste país, salvo em casos de guerra. Ao policial cabe cumprir a lei, no sentido de trazer a todos uma pacificação social para que possamos viver em harmonia, mas dentro dos limites da lei. Se o policial não cumpre a lei, a oposição não é policial contra bandido, mas bandido A contra bandido B.
Tendo sido criado no Jacarezinho, como você se sentiu ontem ao encontrar o cenário que descreveu no início da entrevista?
Foi bem ruim. A morte é inerente à vida do humano, é a única certeza que a gente tem. Qualquer um pode presenciar uma fatalidade, ver uma pessoa morta por um acidente de trânsito, um AVC, ou mesmo uma bala perdida. Duas coisas impactaram muito ontem. Primeiro, a quantidade de mortes: 25 em um período de 24 horas é assustador. O segundo ponto é o cenário do pós-guerra que eu descrevi. Dói na alma visualizar isso no território onde você cresceu e se desenvolveu, na mesma rua onde você toma cerveja com seus amigos, onde você toma banho de mangueira na festa de final de ano, onde botou seu filho para andar de bike.
A dor é ainda maior por saber que isso é a continuação de um projeto longo, histórico, amplo. Só materializa o que a gente pensa: que este país é um território hostil para os nossos, para pessoas pretas, pobres e faveladas. E mostra que o Estado brasileiro declarou uma guerra a seu próprio povo. Não formalmente, porque não se tem a honestidade de dizer isso, mas o Estado declarou guerra informal ao seu povo e executa essa guerra em territórios de favelas e periferias. Sobre as tragédias de 2006, as Mães de Maio dizem que guerra é quando os dois lados se opõem. Quando só um lado mata, e outro lado só morre, não é guerra. Isso é massacre.
O mês de maio em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Annette Riedl/dpa/picture alliance
China vai permitir três filhos por família
O Partido Comunista da China anunciou que aumentará de dois para três o limite de filhos por casal, numa tentativa de aumentar a taxa de natalidade e desacelerar o envelhecimento da população. A mudança foi anunciada três semanas após a divulgação dos dados do censo do país, que mostraram que a população chinesa cresceu no ritmo mais lento desde os anos 1960. (31/05)
Foto: VCG/imago images
Casório envolto em segredo
A foto dos recém-casados foi divulgada um dia após a cerimônia, realizada com presença de cerca de 30 convidados de última hora. A união havia sido noticiada na imprensa, mas só foi confirmada oficialmente a posteriori. Ao se casar com sua noiva, Carrie Symonds, o premiê Boris Johnson se tornou o primeiro chefe de governo britânico em quase 200 anos a contrair matrimônio durante o mandato. (30/05)
Milhares foram às ruas de cidades brasileiras para protestar contra a gestão da pandemia do governo federal, pedir o impeachment de Bolsonaro e mais vacinas contra covid-19. Também ocorreram atos no exterior, como em Londres, Berlim e Paris. A maioria dos ativistas usava máscaras. Apesar das orientações dos organizadores por respeito ao distanciamento, foram registradas aglomerações. (29/05)
Foto: Jose Lucena/Zumapress/picture alliance
Alemanha reconhece ter cometido genocídio na Namíbia
Mais de um século após as atrocidades cometidas na então colônia Sudoeste Africano Alemão, a Alemanha reconheceu que os crimes cometidos contra os povos herero e nama são um genocídio. O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, pedirá perdão pelos crimes, ocorridos entre 1904 e 1908, ao Parlamento da Namíbia, país africano que sucedeu a antiga colônia Sudoeste Africano Alemão. (29/05)
Foto: Jürgen Bätz/dpa/picture alliance
Relatório da ONU prevê recorde de temperatura anual até 2025
Relatório divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), vinculada à ONU, afirma que há 90% de chances de que ao menos um ano de 2021 até 2025 será o mais quente de todos os já registrados, e 40% de chances de que a temperatura média exceda os níveis pré-industriais em 1,5ºC, limite recomendado pelo Acordo de Paris para evitar efeitos mais catastróficos das mudanças climáticas.(27/05)
Foto: Getty Images/AFP/P. Huguen
Nova variante do coronavírus é identificada no interior de São Paulo
A Sociedade Brasileira de Virologia (SBV) anunciou a descoberta de uma nova variante do coronavírus, identificada em municípios do interior estado de São Paulo. A nova cepa foi batizada de P.4. Segundo a SBV, a variante contém a mutação L452R na proteína "spike" do vírus, alteração também presente na cepa indiana (B.1.617). (26/05)
Foto: DW/Jelena Djukic Pejic
Hansi Flick substituirá Joachim Löw no comando da seleção alemã
Hansi Flick foi anunciado como o novo treinador da seleção alemã de futebol. Ele assumirá o cargo após a saída de Joachim Löw e meses depois de deixar o comando do Bayern de Munique, onde conquistou sete títulos em 18 meses, inclusive a Liga dos Campeões de 2020. Flick atuou como assistente de Löw entre 2006 e 2014 e participou da conquista da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. (25/05)
Foto: Frank Hoermann/picture-alliance/Sven Simon
Ativista do Black Lives Matter é baleada na cabeça
Uma ativista britânica do movimento Black Lives Matter, Sasha Johnson, está internada em estado crítico num hospital em Londres após levar um tiro na cabeça. As circunstâncias do crime estão sendo investigadas, mas a polícia afirma não haver indícios de que ela tenha sido alvo proposital dos tiros. O partido dela, por sua vez, declarou que Johnson já recebeu "numerosas ameaças de morte". (24/05)
Foto: Victoria Jones/PA Wire/picture alliance
Belarus desvia avião e prende jornalista
A oposição de Belarus acusou o governo do país de ter desviado um avião ao aeroporto de Minsk para prender Roman Protasevich (foto), um jornalista crítico ao regime do presidente Alexander Lukashenko. O voo da Ryanair partiu da Grécia com destino à Lituânia, mas foi redirecionado para pousar em Belarus. Países europeus condenaram o ato e exigiram esclarecimentos do governo belarusso. (23/05)
Foto: Michal Fludra/NurPhoto/picture alliance
Carta manuscrita de Einstein é leiloada por R$ 6,7 milhões
Uma carta de Albert Einstein na qual ele escreveu sua famosa equação da teoria da relatividade, E=mc², foi vendida em leilão por $ 6,7 milhões. Arquivistas afirmam haver apenas outros três exemplares de manuscritos do cientista com a equação escrita à mão. "Estou convencido que isso (...) esclarecerá as constantes atômicas", afirmou Einstein na carta endereçada a físico polonês. (22/05)
Merkel promete doar 30 milhões de vacinas para países pobres
A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que seu país se comprometeu a direcionar mais 100 milhões de euros (R$ 650 milhões) para o consórcio global de vacinas Covax Facility e doar, até o fim deste ano, 30 milhões de doses de vacinas excedentes para países pobres. As promessas foram feitas durante a Cúpula Global de Saúde do G20, que ocorreu de forma virtual. (21/05)
Foto: oekt.de
Cessar-fogo em Gaza
O governo de Israel anunciou um cessar-fogo com o Hamas, após 11 dias de conflito entre o Exército israelense e militantes palestinos na Faixa de Gaza. Os confrontos deixaram um saldo de 232 do lado palestino e 12 em Israel. (20/05)
Foto: Adel Hana/AP/picture alliance
Em CPI, Pazuello poupa Bolsonaro e diz que tinha autonomia
Em depoimento à CPI da Pandemia no Senado, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello defendeu sua gestão à frente da pasta, que foi marcada por uma explosão de casos e mortes de covid-19 e pela lentidão na aquisição de vacinas. Pazuello tentou poupar o presidente Bolsonaro, afirmando que "nunca teve decisões contrapostas pelo presidente". (19/05)
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Índia supera 25 milhões de casos de covid em meio a ciclone
A contagem de pessoas já infectadas pelo coronavírus na Índia superou os 25 milhões enquanto um ciclone violento na costa oeste do país coloca ainda mais pressão sobre o sistema de saúde nos estados de Gujarat e Maharashtra, dois dos mais atingidos pela atual onda da pandemia. (18/05)
Foto: Punit Paranjpe/AFP/Getty Images
Reino Unido libera área interna de restaurantes e viagens ao exterior
O Reino Unido deu mais um passo para a normalização das atividades econômicas e sociais em seu território. A nova flexibilização permite que bares, restaurantes e hotéis voltem a receber clientes em ambientes internos – áreas externas já haviam sido reabertas em abril – e autoriza viagens internacionais. (17/05)
Foto: Ioannis Alexopoulos/London News Pictures via ZUMA Wire/picture alliance
Conflito tem seu dia mais sangrento em Gaza
Sem cessar-fogo à vista, o atual conflito entre Israel e Hamas teve neste domingo seu dia mais sangrento, com a morte de 42 palestinos na Faixa de Gaza vítimas de bombardeios israelenses. O conflito começou na segunda passada com hostilidades em Jerusalém e logo virou o mais intenso combate na região desde 2014. Já são ao menos 188 mortos em Gaza – incluindo 55 crianças – e oito em Israel. (16/05)
Foto: Mohammed Salem/REUTERS
Chilenos votam em eleição que levará à nova Constituição
O Chile realiza neste fim de semana eleições históricas: 155 cidadãos e cidadãs serão escolhidos para redigir uma nova Constituição para substituir a atual, em vigor desde a ditadura de Pinochet. Este tipo de votação é inédita no país: em 200 anos de independência, o Chile teve três Cartas Magnas (1833, 1925 e 1980), mas nenhuma foi redigida por uma convenção de eleitos pelo voto popular. (15/05)
Foto: Jacier Salvo/Aton Chile/imago images
Israel bombardeia sistema de túneis do Hamas
Israel bombardeou o norte da Faixa de Gaza visando uma vasta rede de túneis do grupo militante islâmico Hamas. De acordo com o Exército israelense, 160 aeronaves estiveram envolvidas no ataque, com apoio de tanques. Autoridades de saúde no norte de Gaza disseram que uma mulher e seus três filhos foram mortos durante a operação. (14/05)
Foto: Ilia Yefimovich/dpa/picture alliance
EUA relaxam regras para vacinados
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos decidiram relaxar as normas para o uso de máscaras entre pessoas totalmente vacinadas contra a covid-19. O órgão deixou de recomendar que imunizados com as duas doses (ou com uma, no caso da Johnson & Johnson) usem máscaras em aglomerações ao ar livre e em várias outras situações em locais fechados. (13/05)
Foto: Kevin Lamarque/Reuters
Israel intensifica bombardeios em Gaza, e Tel Aviv vira alvo
As tensões entre Israel e o Hamas aumentaram nesta quarta, em meio ao maior confronto armado entre os dois lados desde a guerra de 2014. Baterias de mísseis lançadas da Faixa de Gaza levaram ao acionamento de sirenes de alerta em Tel Aviv. Em Gaza, ataques israelenses destruíram edifícios e várias instalações de segurança do Hamas, incluindo o complexo da central de polícia. (12/05)
Foto: Youssef Massoud/AFP/Getty Images
População da China cresce a ritmo mais lento desde anos 1960
A população da China cresceu 5,4% nos últimos dez anos, segundo dados divulgados nesta terça, a menor taxa desde o início da década de 1960. De 1980 a 2016, o país praticou controle de natalidade em nome da preservação de recursos escassos para a sua economia em expansão. A atual queda na taxa de natalidade, porém, é vista agora como ameaça ao progresso econômico e à estabilidade social. (11/05)
Foto: picture-alliance/AP Photo
Igrejas alemãs desafiam Vaticano e abençoam casais gays
Sob o lema "o amor vence", mais de cem igrejas católicas da Alemanha começaram a oferecer nesta segunda sua bênção a casais homossexuais, numa reação à decisão do Vaticano de não aprovar a união entre pessoas do mesmo sexo. "Levantamos nossas vozes e dizemos: continuaremos a apoiar as pessoas que se comprometem numa parceria e abençoamos o relacionamento delas", diz o site da iniciativa. (10/05)
Foto: Felix Hörhager/dpa/picture alliance
Destroços de foguete chinês caem no Oceano Índico
Destroços do foguete chinês que voltou à atmosfera se desintegraram sobre o Oceano Índico, anunciou a agência espacial chinesa após uma série de especulações sobre onde o objeto de 18 toneladas cairia. Autoridades chinesas já haviam afirmado que o retorno do foguete Longa Marcha 5B, que colocou em órbita o primeiro módulo de uma estação espacial em 29 de abril, representava pouco perigo. (09/05)
Foto: Yang Xi/Xinhua News Agencypicture alliance
Pompa militar à moda russa
Uniformes elegantes, muitas armas, bandeiras ao vento: na Praça Vermelha de Moscou ensaia-se a parada solene pelo aniversário da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista. No ano anterior a festividade teve que ser cancelada devido à pandemia do covid-19 – para grande desagrado do Kremlin. Mas também o povo russo dá valor a tais atos simbólicos, e em 2021 a marcha está de volta. (08/05)
Foto: Maxim Shemetov/REUTERS
Alemanha vê primeiros sinais de superação da terceira onda de covid-19
Ministro alemão da Saúde, Jens Spahn, diz que Alemanha parece ter superado a terceira onda da pandemia, mas alertou para os riscos de um relaxamento precipitado das medidas de restrição. Depois de meses de lockdown, país vê infecções diminuírem, ainda que em velocidades diferentes entre as regiões. Melhora se daria pela adesão da maioria dos alemães às recomendações dos especialistas. (07/05)
Foto: Maja Hitij/Getty Images
Rio de Janeiro tem operação policial mais letal de sua história
Ação policial contra traficantes na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio, deixou ao menos 25 mortos. STF julgará decisão que impôs limites a operações desse tipo durante a pandemia. Polícia Civil do Rio de Janeiro afirma que agiu dentro da lei e critica o que chama de "ativismo judicial", que resultaria no fortalecimento do tráfico no estado. (06/05)
Foto: Silvia Izquierdo/AP Photo/picture alliance
Alemanha apresenta metas climáticas mais ambiciosas
O governo alemão anunciou metas mais ambiciosas para reduzir as emissões de CO2 em 65% até 2030, em comparação com os níveis de 1990, e em 88% até 2040. Até agora, o governo federal havia estabelecido a meta de redução de 55% até 2030, a mesma da União Europeia. O objetivo é tornar a Alemanha neutra em carbono até 2045. Para tal, será necessário reduzir as emissões em 95%. (05/05)
Foto: Ina Fassbender/AFP/Getty Images
Crimes de extrema direita batem recorde na Alemanha
Os crimes de motivação política cresceram 8,5% na Alemanha em 2020 e os cometidos pela extrema direita bateram recorde. No ano passado, 23.064 crimes foram contabilizados como motivados pelo extremismo de direita, um aumento de 5,7% em relação ao ano anterior. Dados indicam uma tendência perigosa, apesar de representarem apenas cerca de 1% de todos os crimes. (04/05)
Foto: Getty Images/AFP/O. Andersen
Bill e Melinda Gates anunciam divórcio
O fundador da Microsoft Bill Gates e sua esposa, Melinda, anunciaram a separação após 27 anos de casamento. "Depois de muita consideração e trabalho no nosso relacionamento, decidimos terminar nosso casamento" disseram ambos. Eles continuarão a trabalhar juntos na Fundação Bill e Melinda Gates, que promove programas filantrópicos na área da saúde, inovação e outras. (03/05)
Foto: Kamil Zihnioglu/REUTERS
Nave da SpaceX com quatro astronautas volta à Terra
A cápsula Crew Dragon, da empresa SpaceX, trouxe quatro astronautas de volta à Terra, após uma missão de seis meses a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS). Os americanos Michael Hopkins, Victor Glover, Shannon Walker e o japonês Soichi Noguchi se tornaram os primeiros astronautas em uma missão "operacional" a serem transportados para a ISS pela empresa espacial de Elon Musk. (02/05)
Foto: NASA TV/AP/picture alliance
Atos de 1º de maio pelo mundo
O Dia do Trabalhador foi marcado por uma série de protestos em várias partes do mundo, muitos deles em formato virtual por conta da pandemia de covid-19. Na Alemanha, a Confederação Alemã dos Sindicatos (DGB) realizou manifestações sob o lema "Solidariedade é o futuro" (foto). Em cidades europeias como Berlim e Paris, foram registrados confrontos entre policiais e manifestantes. (01/05)